Pouco futebol. Muita confusão.

1 Postado por - 24 de outubro de 2016 - Artigos

Foto da capa do post: Bruno Alencastro / Agencia RBS

Passado o nervosismo do GREnal analisado de dentro do estádio, com pouca visão da confusão e sem entender direito o que acontecia lá dentro, vou comentar um pouco sobre o que achei do jogo de ontem.

Esperava mais do Grêmio. Esperava mais vontade, pra ser bem sincera. Ainda mais de um time treinado pelo Renato, um cara que sabe motivar a equipe.

O primeiro tempo do Grêmio foi marcado por excesso de passes errados. Passes simples. Um passe de 2m parecia se tornar um pesadelo pro Walace em algumas ocasiões. O nosso volante desarmava brilhantemente uma jogada e na hora de tocar a bola, entregava ela novamente pro time adversário, me obrigando a amar e odiar em menos de dois 5 segundos seguidamente na partida. Mas ele não era o único que errava. O Grêmio parecia sem foco nem propósito diante de um time ruim, mal organizado e que, nitidamente, chegou na Arena para empatar.

O Grêmio, por sua vez, que tinha grandes chances de ganhar, se preocupou demais em não levar gol e, sem criação no meio campo e com dois jogadores escondidos atrás da marcação adversária, não conseguiu levar perigo ao goleiro colorado no primeiro tempo. Bolaños e Pedro Rocha pareciam temer que a bola chegasse neles. E não adianta, o Douglas é o cara que pensa. Sem ele, dependemos de jogadas individuais ou dos nossos pontas. E nós sabemos, mas aparentemente o Renato não, que nosso melhor ponta é o Everton e ele também não estava no jogo, ou seja, dificilmente as coisas iriam funcionar bem.

Bolaños não criou nada enquanto tentou fazer a função do nosso 10 e o Luan teve que assumir esse cargo mais tarde, mas também acabava sem opção quando tentava passar para as laterais, pois quando a bola era para P. Rocha ou pro equatoriano eles dificilmente alcançavam e quando eram para os laterais, dificilmente alguém estava na área para completar. O Grêmio até teve posse de bola no segundo tempo, mas encontrou a retranca tradicional do Juarez disposta a levar pra casa um empate heróico que talvez os ajude – tomara que não – a permanecer na série A do Brasileirão.

Primeiro tempo horrível. O que mais se via era gente caída no chão e mais de 4 pessoas chutando a bola ao mesmo tempo. Parecia jogo de colégio. Mas no segundo tempo melhorou um pouco para os mais de 53mil torcedores que lotaram e bateram o recorde de público da Arena do Grêmio.

O Grêmio conseguia tocar melhor a bola e tinha posse da mesma a maior parte do tempo, agora sem tanta gente caída e sem tanto erro de passe. O problema é que logo aos 14 minutos se armou a confusão por culpa de um dos piores profissionais ali presentes: o juíz.

Kannemann deu um carrinho em Valdívia perto da entrada da área do Grêmio e o árbrito apitou a falta. Ok. Foi jogo perigoso, mesmo. Porém, um pouquinho antes, um pouco mais pro lado, Walace sofreu a MESMA ENTRADA só que SEM SER NA BOLA e nada foi apitado. Dois pesos, duas medidas. Mas ok, falta marcada. Kannemann se jogou protegendo a bola e Vitinho deu alguns socos nas costas dele pra recuperar a redonda e iniciar logo o jogo. Geromel – Que homem! – empurrou o camisa 11 pra afastar ele de perto do colega de zaga e Rodrigo Dourado aparentemente, na melhor das intenções veio separar a briga e levou vários socos do Edílson. Resultado: Edílson e Dourado expulsos. Um por bater e outro por apanhar. Vitinho, corretamente, levou o cartão amarelo.

Mas meu irmão me chamou atenção para um detalhe hoje. O Dourado pode ter tido a melhor das intenções, mas ele chega no bolo com os braços abertos e, aparentemente, acerta o cotovelo no rosto do Edílson que revida de forma desproporcional. É muito difícil juíz e auxiliares terem visto tudo isso. Mas acredito que tudo poderia ter sido evitado se ele tivesse apitado a primeira falta, ou se tivesse tirado o cartão na hora em que o Vitinho foi tirar a bola do Kannemann. Ele tem apito pra usar e não pra deixar no bolso.

Cotovelo do Dourado na cara do Edílson. Nada justifica o revide desproporcional.

Cotovelo do Dourado na cara do Edílson. Nada justifica o revide desproporcional.

Depois de toda a confusão o jogo ficou um pouco mais emocionante e os times tentaram um pouco mais. A entrada do Everton deu velocidade e qualidade na jogada pela ponta que o Grêmio não conseguia fazer anteriormente. Porém, não conseguíamos concluir com qualidade. Ramiro com chute de longe no canto e Kannemann de cabeça assustaram, mas não chegaram a acertar a goleira. E aí, não tem como sair gol a não ser que o zagueiro adversário ajude, né?

Eu cheguei a pensar que nos 8 minutos de acréscimo o Everton ia arrancar um golzinho salvador pra gente. Mas não aconteceu. Ficou no 0x0.

E pra esse post não ficar tão melancólico, agora vou falar da parte boa. Sempre tem uma parte boa e ela se chama: Kannemann. Que homem! Foi o melhor do time ontem. Não desiste nunca, se joga de cabeça, de tudo que é jeito, dá carrinho, antecipa, não tem frescura pra fazer a falta quando precisa. É lógico que ainda temos muitos problemas em relação à bola parada, mas com esse cara já evoluímos muito.

Kannemann ganhando bola pelo alto. Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Kannemann ganhando bola pelo alto. Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Outra parte boa: a festa estava linda no estádio. Casa cheia é a melhor coisa que tem. E eu não vejo a hora de voltar pra Arena.

Agora é se concentrar na Copa do Brasil e trazer um bom resultado de Minas. Falta pouco e eu quero esquecer esse jogo medíocre.

QUEREMOS A COPA!

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