Grêmio Libertador

A cadeira do presidente

Meu lugar na arena não é na Geral, não é sobre o espaço da Geral e nem perto da Geral. Mesmo assim, defendo a Geral. Por tê-la frequentado durante anos, por ter amigos que frequentam e por mais importante, por que são eles que incendeiam o estádio. Não consigo entender aqueles que apóiam essa (provável) decisão arbitrária de colocar cadeiras naquele espaço. A torcida, e consequentemente o Grêmio, não podem pagar por uma falha a OAS. Era fato que aquela grade não suportaria o peso da avalanche, e quando a torcida quis fazer o teste, muitos riram, outros tantos apoiaram o cancelamento. Se tivessem feito, ah se tivessem feito… Muitos argumentam que desde a fundação da Geral não tivemos nenhum título de importância, claro, é verdade se levarmos em consideração o tempo do jejum e da Geral. E será que sem o apoio incondicional dessa torcida, nossos anos passados não teriam sido muito mais negros? Por favor analisem o mesmo fato por dois ângulos. E tem mais, a torcida não contrata, não escolhe treinadores, às vezes nem o presidente. Não quero um estádio monocórdio, gritando somente Grêmio de maneira arrastada, com músicas da Ivete Sangalo, copiadas do Flamengo ou até mesmo calado. O futebol está cada vez mais bunda-mole e é na arquibancada que ele consegue não ser assim.

Por isso peço, Dr. Fábio, levante-se da cadeira de presidente e sente no degrau de cimento, melhor, não sente, fique de pé, pulando e cantando pelo Grêmio. Pois é isso que a Geral faz e é assim que nosso estádio pulsará sempre.

 

Bom carnaval a todos e cuidem-se.

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