A Copa dos negros e mordidas maravilhosas

2 Postado por - 25 de junho de 2014 - Artigos

A Copa das Copas é uma realidade. Porque é uma Copa das PESSOAS.

São estes brancos, indios, mamelucos, negros maravilhosos que fazem desta uma das melhores Copas dos últimos anos dentro e fora do campo.

Os exemplos não faltam: desde taxista que devolve 40 ingressos esquecidos nos seu local de trabalho, até baianos dando carona expontânea para torcedores americanos até o aeroporto.

Já era esperado. Somos um povo hospitaleiro, simpático, alegre e que adora conhecer pessoas, fazer amigos e curtir uma festa. Mas o mérito não é apenas nosso: os gringos também são assim. Simpáticos, alegres, curiosos e loucos por uma festa. Quer prova maior que isso do que o show da banda da BM e dos holandeses tocando juntos?

Essa é a magia das Copas.

Infelizmente, as excessões existem, como as brigas entre “torcedores” gremistas e colorados no Berga. Rídiculo, triste e vergonhoso. Tanto, que nem cabe aqui tentar encontrar explicações.

Dentro de campo, a Copa das Copas Pessoas também se confirma.

A vontade de ganhar tem gerado lances maravilhosos, gols em escala industrial e muita entrega dos jogadores.

Acabando a primeira fase, vemos o choro dos vencidos e a comemoração dos vencedores. E não tem como não se emocionar com o lamento do goleiro da Costa do Marfim depois de perder a classificação no último minuto.

Nem com a raça do lateral uruguaio Álvaro Pereira que, após desmaiar, se recusa a sair de campo.

 

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Até mesmo os exemplos negativos mostram como esta é a verdadeira Copa das Pessoas. O que pensar da mordida de Suarez? Como um atacante experiente, inclusive em mordidas já que foi suspenso algumas vezes por isso, imagina que pode abocanhar o adversário num dos eventos mais televisionados do mundo?

E o melhor: concordando ou não com o dinheiro investido na Copa do Mundo FIFA, quem consegue sair na rua sem se deixar contagiar pelos milhares de turistas circulando por Porto Alegre?

Hoje tem Argentina e Nigéria e as ruas estão azuis. Nossos eternos rivais desembarcaram nas praias do Guaíba emulando o Dia D na Normandia. É nossa obrigação cuidar para que o clima de festa continue assim, em festa.

A nossa parte na Copa das Pessoas é nada mais nada menos ser humano. Pense nisso, e deixe as mordidas maravilhosas e brigas para os jogadores dentro de campo.

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