A corneta está vencendo

3 Postado por - 3 de abril de 2015 - Artigos

Quero pegar de gancho o outro lado da história envolvendo o lateral Fabrício, do nosso rival: o da torcida. E não a que veste vermelho, mas as brasileiras num todo. E inicialmente quero te perguntar: o que te faz ir ao estádio?

Para mim, ir ao jogo do Grêmio é mais que um simples programa. É um compromisso, uma religião. Só algo muito grave me deixa de fora da Arena. Além da partida propriamente dita, encontrar os amigos, beber aquela ceva gelada e botar os assuntos em dia também são fatores primordiais nesse compromisso.

Dentro da Arena, procuro ajudar o Grêmio a conquistar mais uma vitória, e nada me irrita mais do que torcedor corneteiro. Aquele cara que com cinco minutos de jogo já resmunga por causa de um passe errado já me tira do sério. Não quero pautar ninguém sobre como se portar no estádio, mas até que ponto este tipo de comportamento ajuda o time? A vaia, ao meu ver, atrapalha.

CORNETA

Saliento que esse é um comportamento do torcedor brasileiro e que ocorre desde sempre. Mas mirando para os vizinhos argentinos, confesso sentir inveja da maneira que eles torcem e vivem o futebol. Lá, a relação com o time é sanguínea e quem vai à cancha alenta o time os 90 minutos. O máximo que fazem quando a equipe não corresponde é se calarem. Vaia, jamais. A paixão fala mais alto e o papel de ser parte do clube é cumprido a risca.

Claro que o futebol acaba sendo uma válvula de escape para nossos problemas pessoais, mas descontar isso na equipe que tu ama me parece erro. Evidente que a manifestação de insatisfação deve ocorrer, mas no meu ponto de vista após o apito final. Acredito que quando vamos ao estádio, estamos ao lado do nosso time e pela paixão. Somos parte daqueles 11 que estão em campo e é nosso dever ajudá-los.

Neste novo cenário do futebol brasileiro, onde os ingressos estão cada vez mais caros e o perfil de quem vai ao estádio parece mudar, a única coisa que ainda sobrevive ao tempo é a corneta. Ela parece ser invencível.

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6 + comentários

  • jorge brum 3 de abril de 2015 - 14:20 Responder

    Perfeito! !!!

  • mano 3 de abril de 2015 - 14:43 Responder

    Concordo em parte com o texto. O lado que concordo é que a vaia realmente não ajuda o time. E sob esse aspecto é preciso pensar se é o protesto mais adequado.
    Por outro lado, futebol é paixão apenas de tudo para a torcida. Para jogadores, dirigentes, empresários, essa paixão se mistura com interesses econômicos e políticos. E é difícil pro torcedor não ver a mesma paixão q ele tem desde criança na atitude dentro de campo, ou no dirigente bosta ou treinador bosta que coloca interesses pessoais acima do clube.
    Mais difícil ainda quando os preços praticados corroboram isso, quando o torcedor acaba dando muito mais do que recebe. Assunto complicado e complexo. Mas é preciso sim im comportamento mais sensato do torcedor.

  • juca 3 de abril de 2015 - 15:04 Responder

    HAHAHAHAHAHAHAHAHA

  • Marco Leotti 3 de abril de 2015 - 18:34 Responder

    Desconheço jogador sendo vaiado por errar uma única vez, Fabrício há muito tempo vem em declínio, haja sangue-de-barata pra vaiar só no final.

  • volantemutley 4 de abril de 2015 - 02:26 Responder

    Típica cronica de alentador. Sei o tipo de torcedor q é vc. Aquele que a cevinha com os “amigos” tira a noção e a capacidade de analise. Cantar e pular vendo seu time perder com jogadores sem capacidade técnica e sem espirito de gremio é no mínimo atitude bovina. Sim a manada deve ter o comportamento acefalo e ensaiado. É por essas e outras q estamos ha 15 anos sem taças. Claro, é feio vaiar a deficiência e isso faz a deficiência ser aceita. A cobrança media cai. A exigência baixa pois se instaura a famosa zona de conforto. Aqui é Gremio. Aqui temos q ter nível. Aqui se exige mais. Aqui tem pressão e quem não pode conviver com isso q vá alentar o zequinha com pingos de amor e o c4r4lh0.

  • israel 4 de abril de 2015 - 13:37 Responder

    Simplesmente não entendo quem paga a grana que é um jogo de futebol pra ficar reclamando! Investe esse dinheiro numa terapia meu velho, tua mulher, teus filhos e as outras pessoas a tua volta agradecem.

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