Grêmio Libertador

A Maldição das Três Traves

Há uma maldição no espectro gremista nos últimos 11 anos. Há várias, na verdade, mas quero falar de uma específica que apareceu de forma mais clara na temporada e evidenciada no último domingo. Um fenômeno chamado de “A maldição dos goleiros pós-Danrlei”.

E não se trata de um fenômeno paranormal, magia negra, trabalho, ou alguma profecia deixada pelo goleiro supercampeão por apego à camisa 1 tricolor. Nada disso. É uma maldição criada por nós torcedores desde que elegemos um MODELO de time e uma FIGURA de jogador que formam o que convencionamos CARA DO GRÊMIO.

Todos os times tem que ser como o de 95. Algo que nunca mais acontecerá. Da mesma forma que o time modelo Bi-campeão da América não seguia exatamente o do Campeão do Mundo em 1983 e não foi seguido pelo do nosso último título em 2001. Lidem com isso.

É daí que vem “A maldição dos goleiros pós-Danrlei”, a posição onde isso ocorre com mais evidência. Nem vou entrar no mérito de que o “de Deus” era melhor ou pior tecnicamente do que seus sucessores, mas ele foi o último campeão. Mais do que isso, o último campeão, foi ainda o MAIS campeão.

Desde então procuramos um pouco de Danrlei a cada goleiro. Todos eles com suas próprias características, qualidades e defeitos. O atual, é mais supercampeão que o Danrlei, muito mais que qualquer outro goleiro brasileiro. Mas não serve, Dida é muito velho, mesmo que não esteja lhe faltando o AGIGANTAMENTO e reflexo. O fato de não ter pego nenhum pênalti (uma de suas especialidades históricas) com a camisa do Grêmio dá mais munição.

Isso vai durar até tivermos um novo goleiro estereótipo que levante uma Libertadores, até lá todos serão apedrejados como falsos messias. E quem sou eu para pretender que este texto seja um pedido de trégua para o Dida, Grohe ou qualquer outro. Não é. Até por que, faço o mesmo com todos os zagueiros pós-CATALINO.

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