Grêmio Libertador

A terceirização da culpa

Em tempos de redes sociais todos têm espaço. Seja parte da direção, oposição ou simplesmente um torcedor que nada conhece sobre as entranhas do clube, todos palpitam sobre futebol e, principalmente, sobre o Grêmio.

A seca de títulos e os rachas políticos, que têm como pano de fundo os egos inflados, se afloram a cada bola na trave e anda intragável acompanhar algumas opiniões – de todos os lados – sobre o passado, momento e futuro do clube.

Nestes anos, a conta dos nossos fracassos foi repassada para a imprensa, para a FGF, para a CBF, para a Conmebol e até mesmo para o Inter. Aliás, o que tem de gremista que adora falar no coirmão…

Passou o momento de o Grêmio parar de terceirizar a culpa pelos seus fracassos e se fechar como instituição. Porém, quando o ego e a sanha pelo poder cegam os agentes políticos do clube, a culpada imprensa vira aliada e o fogo amigo come solto do café da manhã até a madrugada.

Falar que o momento é de união, é clichê. Já passamos desta fase. O atual estágio do Grêmio é delicado e a união é utopia num universo onde o meu grupo político é melhor que o teu e a minha vaidade está acima do que é bom para o clube.

Todos devem analisar até que ponto querem contribuir para que façamos as reformas profundas, que passam desde a eleição para o Conselho Deliberativo até o tempo de mandato do presidente, para que o Grêmio possa entrar de vez no século 21.

Se o momento exige uma atitude, ela passa por aceitar que criamos todos os nossos problemas e que precisamos resolvê-los. A terceirização da culpa é o pior erro deste jejum de conquistas.

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