Grêmio Libertador

Algumas questões táticas

O Grêmio está fazendo agora tudo o que se esperava dele desde o início do Ruralito: controlando o jogo, com alguns erros, mas com uma cara de time, com posicionamentos e comportamentos de jogadores padronizados. E, inclusive, com lances ensaiados, como aquele escanteio no primeiro tempo que o Rhodolfo concluiu mal pro gol no segundo pau, sozinho. Alguma dificuldade pela marcação dos adversários mas com qualidade suficiente para matar o jogo e controlar as iniciativas. E isso vem desde o jogo contra o Juventude. Por que isso? Bem, eu notei três coisas e quero compartilhar com vocês.

Com treinamento, temos cara de time. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

1- A “posição Edinho” do Marcelo Oliveira: não gosto do futebol do “reforço”. Acho ele esforçado, raçudo e ruim. Um novo Pará. Um cara que, como o Fellipe Bastos, sabe mais dar bote na intermediaria ofensiva do que na defensiva. E isso vem pela sua função no time do Felipão: aquela que o Abelão adorava botar o Edinho. Ele compõe com a defesa sempre que possível, como um zagueiro de sobra. Isso tranquiliza os zagueiros e dá mais espaço para os laterais.  Porém, sobrecarrega o Bastos e exige uma composição mais defensiva do Giuliano e do outro meia da linha de 3. Resta saber se, com um adversário mais qualificado, isso funciona.

2- A infiltração do Giuliano: ontem foi flagrante a quantidade de arremates que ele deu no jogo. E, se vocês olharem, vindo das mais diversas partes do campo. Embora não apareça muito carregando a bola, como fazia no ano passado, ele tem flutuado bastante ao longo do jogo. Isso dificulta muito a marcação do adversário. Provavelmente, ele terá o Cristian Rodriguez como espelho do outro lado, o que vai encorpar mais ainda o esquema. Ainda mais por que o uruguaio tem uma marcação bem melhor que ele. Os dois jogam de maneira muito parecida: toques rápidos e deslocamento. Haja qualidade de marcação pra enfrentar isso.

3- A movimentação do Marcelo Hermes: participando de três dos quatro jogos em que jogamos bem, essa cria da base tem mostrado muita qualidade no apoio, bons cruzamentos e muita movimentação. Ele sempre é opção para receber a bola e dificilmente perde para o lateral adversário. Costuma ir muito ao fundo e ocupa os espaços cedidos pela marcação adversária. É um jogador inteligente e uma ótima opção ao Junior. Não temos que nos estressar com o lado esquerdo.

E aí, notou alguma outra coisa? Comenta aí.

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