Grêmio Libertador

Batemos muito (bem na bola): Fluminense 0 x 2 Grêmio

Parece que nada mais faz falta pro Grêmio.

Quando não temos o centroavante de ofício, armamos o time com um meio-campista a mais e voltamos ao esquema do falso 9. Quando é preciso trocar um lateral, troca-se. Quando o jogo para de render, tira-se um volante, coloca-se mais um atacante e retoma-se o posicionamento original do meio-campo. Quando o juiz marca um gol impedidaço do adversário, o juiz VOLTA ATRÁS. Nada mais faz falta ao Grêmio. Nem gol de falta.

E é só porque ainda falta tanto tempo até chegar novembro/dezembro que ainda fazemos força para (tentar) disfarçar que estamos acreditando tanto no time do Renato. Só a folhinha presa atrás da porta da cozinha ainda é capaz de fazer nossos olhos pararem de brilhar.

Isto que o Fluminense x Grêmio de hoje foi mais um teste para os nervos do time do que para o seu futebol. Já no início do jogo, a proposta dos cariocas era marcar em cima cada jogador gremista que estivesse com a bola perto do meio-campo. Mas diminuir espaços e roubar a bola mais perto do seu campo de ataque é coisa que a gente faz muito bem. Eles faziam como quem tá com tanta fome que acaba mordendo o guardanapo junto com o sanduíche (no caso, o guardanapo era o tornozelo e a canela de algum dos nossos).

E nesta fome desvairada fizeram a falta na nossa intermediária de ataque. E o Renato disse pro Edílson bater e o Luan foi pra barreira. E o Edílson mandou aquele PATAZO – vejam e revejam clicando aqui (e aproveitem pra perceber que o Luan se abaixa o tanto exatinho, na hora exatinha pra bola passar incólume pela barreira e pegar o Júlio César no contra-pé). Um gol de falta que nos fazia falta desde há muito tempo.

Aí veio o lance do gol impedido, que foi marcado e desmarcado. Dedicaremos ao assunto apenas o necessário: não foi gol.

É claro que o Fluminense – desvairado desde o início e, naquele momento, perdendo e achando que tinha feito um gol  – ficou ainda mais desvairado. E assim o primeiro tempo deles virou uma correria cheia de trombadas, bateção de cabeça e jogador caindo no chão. No meio disso aí, não jogamos mais muita coisa.

Veio o segundo tempo, ânimos amainados pelo intervalo.

O Fluminense botou um pouquinho a bola no chão e resolveu não maltratá-la tanto quanto maltratava a nossa paciência no primeiro tempo. Nos primeiros 3 minutos, finalizou duas vezes com algum perigo. Depois disso, com menos correria deles, o jogo ficou mais jogado. Foi possível até ver o Grêmio controlando a posse de bola como de praxe.

Ainda assim, não estava funcionando bem. A avaliação do Renato foi de que era preciso mudar de volta para o esquema anterior e tirou Maicon para a entrada de Éverton. Em seguida, trocou Pedro Rocha (abaixo da média na recomposição da defesa no segundo tempo) por Fernandinho, apostando no pulmão do esforçadinho pra correr entre o ataque e a defesa.

O jogo seguiu sendo jogado e só porque ainda falta alguns milímetros pro iludômetro explodir, chegamos a pensar: ai ai ai, e se eles encontram um gol agora?

Mas aí eles fizeram outra falta. Luan e Edílson debateram quem batia. Bateu Luan. Gol. De falta. De novo.

Pra faltar só aquele um pontinho.

Momento exato em que o capitão Maicon pensava o que falta pro Grêmio e não conseguiu lembrar de nada. (FOTO: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.)

Comparilhe isso: