Batizado

0 Postado por - 14 de julho de 2017 - Artigos

(Foto Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação)

Foi difícil….mas foi importante. A vitória do Grêmio fora de casa ontem, mais precisamente na Ilha do Urubu, nova casa do Flamengo, ainda invicta, teve todos os componentes clássicos de vitórias gremistas e que, por um motivo ou outro, há algum tempo não tínhamos. Teve jogo truncado, pegado. Teve pressão adversária, bola na trave, goleiro fazendo grandes defesas, e por fim, vitória nossa por 1 x 0 e os 3 pontos na tabela.
O Grêmio vinha de uma quase sequência de 3 derrotas seguidas no Brasileirão. Digo quase sequência pois neste ínterim obtivemos vitórias, e vitórias importantes, na Copa do Brasil e na Libertadores. No Brasileiro, no entanto, nossa última vitória havia sido contra o Coritiba, em casa, dia 22/06. De lá para cá, Corinthians, Palmeiras e Avaí nos impuseram derrotas difíceis de serem digeridas, sendo duas delas em casa. Mas, falemos do jogo contra o Flamengo.
O Grêmio entrou em campo com praticamente o mesmo time que vem jogando, tendo apenas Fernandinho no lugar de pedro Rocha, contra o Flamengo de Diego e Everton Ribeiro, e para sorte nossa sem Guerrero. Damião o substituiu.  Os dois times entraram em campo dispostos a brigar por quaisquer centímetros de terrenos, ainda que isto não significasse necessariamente chances de gol. O clube carioca, como era de se esperar, tomou a iniciativa e tentou vir para cima do Grêmio, mesmo que de forma inócua. O tricolor Gaúcho deu campo ao adversário, fechando-se na defesa e especulando contra ataques, sem muito sucesso. Levamos metade do primeiro tempo para chutarmos à gol, tentativa de Ramiro, de fora da área. Curiosamente, não precisaríamos chutar muito para abrir o placar, e aqui cabe um parágrafo extra.
Réver já jogou no Grêmio, e já foi ídolo aqui, chegando à Seleção. Saiu para a Europa por um salário maior, para lá descobrir uma coisa chamada imposto de renda, que lá lhe tomava grande parte dos rendimentos. Voltou para o Atlético MG, e depois Inter. E, estando no Inter, participou ativamente do Grenal dos 5 x 0, sendo responsável pelo último gol, contra. Pois ontem Réver nos deus uma nova prova de que ainda serve aos propósitos gremistas. Ao tentar, com um carrinho, barra uma assistência de Luan, acabou tabelando e servindo ao próprio Luan, que agradeceu ao presente, escolheu o canto e tocou para o fundo das redes, abrindo o placar.

O escore permaneceria intacto por toda a partida, muito graças ao travessão e ao goleiro Léo. O travessão aparou um belo chute de fora da área de Everton Ribeiro. Léo aparou o resto, e também ele merece um parágrafo à parte.
Léo provou que acompanha muito de perto o trabalho de Marcelo Grohe, repetindo suas virtudes e defeitos, e ainda corrigindo alguns. Fez defesas elásticas, defesas rasteiras, no centro e nos cantos da meta, assegurando a vitória. Mas também fez cera e ainda foi responsável por um lance cômico. Ao repor a bola com um balão, perdeu a passada e deixou-a cair, sem chutar. Ao tentar novamente o chute, Damião atirou-se contra ela, rebatendo-a contra a goleira. A bola passou ao lado da meta, causando alvoroço em ambas as torcidas.
No segundo tempo o Flamengo veio com vontade, embora saibamos que só vontade não vence jogo.
À medida que o gol de empate não saía, o técnico ia trocando jogadores, empilhando atacantes e abrindo mão de defensores. Renato reagia reforçando a zaga e preparando contra ataques. Em dois destes, pelo menos, poderíamos ter matado o jogo. Num deles, uma entregada da zaga, ficamos no 2 contra 1, Fernandinho serviu Luan, que se atrapalhou e permitiu a recuperação do zagueiro. Em outra oportunidade, nossos atacantes fizeram uma roda de chimarrão em frente à área para decidir quem chutaria à gol. Como nenhum o fizera, voltaram ao mate e ao resto do ataque contra defesa que parecia a partida.
E assim chegamos ao final, agradecendo pelo apito do juiz, mas celebrando a vitória, os 3 pontos e a volta à vice liderança, 10 pontos atrás do líder-de-campanha-sobrenatural Corinthians. Se ainda é possível alcançá-los, aí já é outra história.

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1 comentário

  • Artur Wolff 14 de julho de 2017 - 21:50 Responder

    Veja como é o futebol. Hoje Léo é elogiado e para muitos eleito o melhor do jogo.
    “Tudo fica bem quando acaba bem” diz o ditado.
    Se aquela (cagada) bola do Damião tivesse entrado, não tenho dúvida, era o fim de sua carreira no Grêmio.
    Detalhes, detalhes………..

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