1º de abril. Dia da mentira. Dia dos tolos. Dia dos bobos. Entre as verdades recentes do esporte bretão, além do ‘não existe mais bobo no futebol’, a afirmação de que o camisa 9 clássico não existe mais também povoa o pensamento de alguns.
Partindo da definição tosca de que o camisa 9 antigo era o tal do ‘centroavante aipim’, é lógico que este tipo de jogador está em extinção. Mas única e exclusivamente pela evolução do jogo. Num passado recente, onde os homens de frente e principalmente o centroavante pouco ajudavam na marcação, esse tipo de jogador teve seu espaço. A medida em que evoluções táticas foram realizadas, não permitindo mais esse sossego a quem joga na frente, o papel do 9 mudou.
Foto: Flickr Grêmio Oficial
Bobô chegou ano passado num Grêmio consolidado sem a figura do centroavante. Luan, num toque tático contemporâneo de Roger, virou falso 9. E falso em termos, porque seu papel era sim o de marcar gols, o que mudou foram suas funções táticas, as quais Bobô sempre exerceu quando entrou no time.
Criticado por alguns, Bobô sempre foi útil ao time, se adaptando ao esquema e não sendo o 9 aipim imaginado por alguns. A prova disso é que ele tem boa movimentação e inúmeras vezes dá assistências para seus colegas finalizarem. No joga da última quarta, além de marcar o dele serviu Walace fazendo o papel de pivô.
Bobô não é e nunca vai ser um camisa 9 de exímia técnica, e é erro esperar isso dele. Porém, até agora vem sendo peça importante ao time que ao longo do ano precisará muito de todo o elenco.
7 + comentários
Perfeiro caro gremista. Também acredito que ele é e ainda será muito, pois não apenas mostra qualidade no papel de pivô como também em jogos mais truncados com ele no time temos o desafogo de um centroacante de força muito bom na bola aérea, tanto ofenciva como defenciva.
Pelo contrário, quando ele chegou acabou com esquema tático do Grêmio em 2015!! Lento e com pouca técnica nunca conseguiu encaixar no time, levando o Grêmio a quase não classificação para a Libertadores 2016. Fora Bobo!!!
O Bobo se não é o melhor está entre as 3 melhores medias, de tempo jogado/por gol.
Está longe de ser um Bolanos, mas serve sim para o Grêmio… esperamos dele gols, não técnica e velocidade, e ele está fazendo… me agrada!!
Sou baita viúva do 9 clássico. Entendo a evolução e necessidade do futebol atual, mas por vezes ainda me angustia/incomoda a ausência de uma referência explícita na frente (claro que isso nem sempre foi garantia de efetividade e gol). Mas se os de outrora conseguiram sobreviver ao fim dos “pontas” de ofício, conseguirei me adaptar ao futebol sem o centroavante aipim.
Estou trabalhando pra dissociar o Bobô dessa figura de homem referência e percebo sua evolução comparando ao Bobô de 2015. Talvez pq ele mesmo esteja se adaptando melhor ao estilo do jogo imposto pelo Roger. É um jogador mediano, mas que pode ser útil num campeonato longo como o BR.
Bobo é o André Lima 2016, um pouco melhor até. Acho ele esforçado e conseguiu não cair em desgraça com a torcida, o que o Brian não conseguiu, apesar das chances. Acho que este ano, pela primeira vez em décadas, temos além de numero, algumas características diferentes entre nosso atacantes. Isso é otimo, pois cansamos de perder “o cara” no meio da competição e não conseguir suprir isso. Imaginem se tivessimos contratado o Miller e ele saísse do time alguns anos atras?
Lembro que o Leandro CNH chegou em uma libertadores como o cara que ia resolver o time… Ou seja, gostem ou não de determinado jogador, ele será útil de alguma maneira este ano.
A impunidade é mais um dos motivos que está terminando com o futebol! È inadimissível a maneira que atletas estão usando os cotovelos nos jogos do Noveletão! Sugestão para um post muito interessante que deve ser discutido.
abçs
Ele dividiu a bola do gol do Lincon na Argentina. Ponto. Estava onde tinha que estar.