Grêmio Libertador

BOLA PRA FRENTE: Grêmio 3 x 1 Flamengo

(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Este Grêmio x Flamengo foi feito sob medida para um final de feriado – seja para quem vinha de 72 horas de loucura e ressaca, seja para os que passaram os três dias anteriores curtindo uma fossa qualquer ou até trabalhando num plantão desolador. E nem é o caso de falar qualquer clichê sobre virar o jogo, é bem melhor, etc etc etc blá blá blá. Três gols tirados da cartola, nascidos do tão desacreditado (não sem motivo!) balãozão, são a metáfora ideal do que precisamos fazer para aguentar a semana que inicia. É bola pra frente e o famoso “vai dar”.

Mas se deu neste domingo, é preciso reconhecer que não foi pro Grêmio que começou o jogo meio titular, meio reserva. Este Grêmio não jogou mal, botou bola no chão, mas não achava o que fazer do meio campo pra frente com a unanimidade do joga abaixo Jael e o Fernando mais uma vez nos fazendo pedir substituição já no primeiro tempo – e até porque Luan também não parecia lá muito interessado. Ao mesmo tempo, encontrou um Flamengo jogando com a bola no chão do mesmo jeitinho que tentava o nosso meio campo. Com as marcações acertadas como num espelho, o primeiro tempo foi de bom jogo e poucas emoções. Se elas existiram, foram mais rubro-negras do que tricolores.

Aí veio o segundo tempo e o Flamengo abriu o placar como vinha fazendo antes, trocando passes de frente para o gol. Só que, desta vez, nenhum dos homens de meio campo acompanhou Éverton Ribeiro. Sozinho no centro da grande área, ele cabeceou como quis.

Foram mais 20 minutos vivendo com aquela sensação de “que desgraça de fim de feriado”. Até que Renato decidiu que não precisava mais esconder o jogo – só isso explica manter Jael e Fernando tanto tempo em campo.

Em um minuto, Beto da Silva e Éverton já estavam dentro da área desorganizando a marcação flamenguista. Quando Michel chutou pra frente e Ramiro escorou cruzando, o primeiro não acertou a bola, mas o segundo apareceu no meio dos três defensores e deslocou Diego Alves pra igualar o placar.

Dois minutos depois, Éverton decidiu que era o momento exato de reforçar que não podem existir milhões de gremistas equivocados ao pedir a sua titularidade. Aproveitou A Falha de Pará, que não cortou O Chutão do Edílson, o moleque correu como um ponta de responsa e finalizou desde um ângulo que só quem sabe muito – e treina muito – consegue.

Dali em diante, poderia não acontecer mais nada. Já tínhamos a virada pra dizer que vivemos de emoção e a partidaça de Éverton pra nos dar razão.

Porém, ainda teve Beto da Silva esperto e técnico pra roubar a bola na lateral, passar liso pela marcação e chutar meio mascado. A zaga perdidinha do Flamengo deixou chegar (risos). E quem chegou foi Luan, pra só tocar pra rede.

Fim de jogo, vitória em casa, elenco mostrando o que pode fazer. Agora, é só balãozão pra aturar a semana.

Eles merecem! (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

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