Carta aberta pra Placar e correlatos

10 Postado por - 29 de agosto de 2014 - Artigos

O processo de conscientização, como já escrevi aqui hoje, é repetitivo. Ele também é lento e trabalhoso. E é muito mais fácil de ser destruído do que construído. E, antes de publicar qualquer coisa, precisamos pensar se estamos cooperando com esse esforço. Não creio que foi o caso da escolha de vocês e outros veículos no dia de hoje. Por isso resolvi usar esse espaço para manifestar alguns questionamentos.

Não sei se vocês nos conhecem. Somos também parte da torcida do Grêmio. Eu, que escrevo agora, os outros Gremistas Libertadores e os nossos leitores. Se vocês tiverem um pouco de paciência para buscar aqui nos arquivos dos sete anos de blog, verão que a torcida do Grêmio é um coletivo de várias cabeças que pensa de forma particular. E que, de forma alguma, eu poderia fazer uma média e dizer: esse é o torcedor do Grêmio Libertador, ou esse é o blogueiro do Grêmio Libertador. E mesmo para fazer uma média, eu precisaria estabelecer critérios. Assim, gostaria de saber: quais são os critérios que vocês usaram para dizer que eu sou parte da torcida mais racista do Brasil? Como é que se infere esse título? É pelo número de denúncias? Pois eu tenho uma novidade pra vocês: existir mais denúncias aqui do que no resto dos clubes do Brasil também é sinal de que não se aceita mais isso aqui. Não é mais normal e aceitável, como outra hora. Quantos ainda silenciam?

Mais uma campanha institucional "chata" do Grêmio, em 2007. Foto do Grêmio.

Mais uma campanha institucional “chata” do Grêmio, em 2007. Foto do Grêmio.

Não haver denúncias no Flamengo não é sinal direto que não existe racismo no Rio de Janeiro. Nem que possa se fazer um ranking das torcidas de clubes brasileiros mais racistas em função desse número. Muito menos dos clubes mais relapsos em relação a isso. O que é fazer menos: um vídeo chato para colocar na Arena (o Grêmio instituição já fez outros “vídeos chatos”, diga-se) ou simplesmente nunca tocar no assunto, como o Goiás, por exemplo? Há um problema histórico na sociedade. O próprio futebol veio pro Brasil seis anos depois da “Lei Áurea”. Colocar a pecha apenas em uma torcida não faz com que ela, injuriada, esqueça de se auto-criticar e passe a se achar ofendida? Como podemos ser, ao mesmo tempo, a torcida mais racista do Brasil se é uma minoria, como diz nos textos? Quanto é “uma minoria”? Aquelas pessoas de Caxias do Sul, aqui no Rio Grande do Sul, que discriminaram os ganeses é formada só de torcedores do Grêmio? Não gostam de futebol, de repente (se gostassem, eram gremistas). Ou o caso do colorado aquele que falou um monte de asneiras sobre os nordestinos faz da torcida colorada a mais xenófoba do Brasil? Por acaso o Antônio Carlos era jogador do Grêmio quando ofendeu ao vivo o Jeovânio em 2006? Ou melhor, os torcedores do Grêmio aplaudiram, né? Assim como botaram bananas no carro do Márcio Chagas da Silva ano início do ano. Se vocês querem eleição por denúncias, de repente, perguntem pro Felipe, do Flamengo, se ele lembra de já ter sofrido o mesmo que o Aranha.

O racismo é um problema sério demais para chamadas caça clique. Tem racismo no Grêmio porque ele é uma forma particular de organização social, porque existe racismo no Brasil todo. Num estado que tradicionalmente segrega. Mas podemos dizer que o Rio Grande do Sul é o estado mais racista do Brasil? Seria correto? Com base no quê? Em 2010, de 2035 mortes por assassinato no estado, 633 eram negros. Em São Paulo, de 5529, quase metade (2319) eram negros. O RS é menos racista que SP? Aqui se hostiliza, em São Paulo mata? A torcida do São Paulo e do Palmeiras, por exemplo, chamando os corintianos de gambá se referem só a cor do uniforme? Ou os urubus do Flamengo? Aliás, se somos apenas a oitava torcida em número no Brasil, haja racista para ser a campeã nacional. Mais uma vez: de onde veio esse dado?

Temos muitos racistas na nossa torcida. Isso é gritante todas as vezes que fazemos postagens aqui contra o uso da palavra macaco para se referir aos colorados (como fazem os torcedores do Guarani com a Ponte Preta – gremistas, eu presumo). É algo que nos preocupa e tem preocupado diversos outros gremistas. Aliás, desde que passei a frequentar o Olímpico como sócio assíduo, em 2006, a quantidade de babacas imitando macacos diminuiu muito. Ainda existe o péssimo exemplo das letras das músicas – e, espero, a posição da Torcida Jovem seja exemplo pro estado inteiro. Porém, preciso perguntar: colocar tudo na conta da torcida do Grêmio (afinal, é a MAIS RACISTA DO BRASIL) ajuda em quê na luta contra o racismo? Como taxar a torcida com essa alcunha ajuda a combater o racismo dentro da própria torcida? Perdi essa parte. Gostaria de esclarecimentos. Se vocês realmente se preocupam com a questão do racismo, é bom esclarecer.

Em suma: NO QUE “ELEGER” A TORCIDA MAIS RACISTA AJUDA A COMBATER O RACISMO?

 

Até aqui no site mesmo amadurecemos as nossas posições durante os anos. Não dói. Façam o mesmo. Deixem de reforçar estereótipos que menos do que ajudar, só atrapalham. Precisamos de ajuda para extirpar o racismo – e a homofobia, misoginia e outras podridões naturalizadas no futebol. Seria bom contar com vocês. Se  quiserem mesmo ajudar, pensem um pouco.

Saludos,
Fagner – blogueiro do Grêmio Libertador

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37 + comentários

  • Pedro Gremista 29 de agosto de 2014 - 22:03 Responder

    Sobre os atos de racismo de uma jovem torcedora dentro do estádio de futebol devemos considerar reprovável? Deve ela ser considerada culpada? Deve o Grêmio ser punido?
    Penso que sim. Mas se você disser sim, vamos ter que parar o jogo cada vez que um time da dupla Gre-Nal jogar em RJ, SP, SC ou PR? Afinal a torcida local, no estádio, passa cantando e gritando: “Gaúcho-Viado”…É só assistir a TV, pois isso é tão corriqueiro como esses xingamentos. Vamos fechar os olhos para isso ou vamos escutar só aquilo que nos interessa?
    Homofobia e Racismo, são crimes. São irmãs gêmeas da estupidez humana. Preconceito e exclusão étnica ou regional são igualmente tão ou mais reprováveis que as primeiras, pois deixam sequelas irreversíveis.
    Penso que não existem pessoas “meio” éticas ou “meio” politicamente corretas. Ou se é ético ou não. Meio justo significa dizer que deixou de ser justo em outra ponta. O resto é hipocrisia e oportunismo.

    • sergio 31 de agosto de 2014 - 02:16 Responder

      Tecnicamente homofobia ainda não é crime, ta em transição no congresso para se tornar um, mas por enquanto não é.

  • Cleber 29 de agosto de 2014 - 22:05 Responder

    Está tudo errado!! não que não me ofenda, sou gremista, negro, e isso é apenas a ponta do iceberg.
    Ex: ESPN adoram vomitar que o Grêmio é racista, então porque não tem UM NEGRO! no time de ponta deles, o trouxa da PLACAR que postou um comentário hoje, o ele generalizando daquela forma é pior qual a atitude burra que alguns GREMISTAS, COLORADOS, PERUANOS, ESPANHÓIS e diabo a quatro tomam, o futebol não é o começo, nem o fim deste CÂNCER!! EX: um “amigo” colorado no fato do Paulão vomitou um monte de m….meu irmão ficou com a irmã desse “amigo” acabou a amizade, pois ele é negro, EX: em uma entrevista para uma promoção em uma empresa que trabalhei perdi a vaga, mesmo mais qualificado, pois era negro(fontes RH), os que gritaram lá, que se fo….essas pessoas, não me interessa, não irá mudar em nada minha vida!! Agora atingir-me diretamente como no emprego, onde entra questão de vida, família, no mercado ficarem te monitorando atrás das prateleiras esse é bem maior! O racismo não começou no Grêmio, muito menos terminará no Grêmio, está apenas no meio, aquilo é apenas um jogo, com certeza o RACISMO SOCIAL, que esses trouxas aplicam-nos é bem mais letal!!

    • Luciano R. Pierucci 30 de agosto de 2014 - 08:03 Responder

      Concordo plenamente, sendo assim devemos eleger torcida a torcida mais assassina pois ainda não temos aqui estes crimes relacionados ao nosso meio do futebol enquanto que em alguns estados do pais nós temos.
      Foi nojenta a atitude daqueles idiotas no estádio. Sou gremista, NÃO sou racista e NÃO vou aceitar este rótulo.

  • Marcos 29 de agosto de 2014 - 22:18 Responder

    Se sentiu ofendido?
    É o primeiro a escrever bobagens, e agora quer defender o clube.
    Vá se catar, bocaberta!

    • Fagner 29 de agosto de 2014 - 22:28 Responder

      Não me senti ofendido, nem estou defendendo o clube. É tão difícil entender que não estou falando de Grêmio, mas de racismo? Que falar isso da torcida do Grêmio não ajuda no que realmente interessa, que é acabar com o racismo? Não sei se sou bem eu o “bocaberta”.

      Saludos,
      Fagner

    • Maurício 31 de agosto de 2014 - 01:18 Responder

      Marcos, vtc!

  • matheus 29 de agosto de 2014 - 23:14 Responder

    Gente, o Brasil recentemente viveu um episódio de generalização que foi nos protestos das passagens de ônibus.
    Levou um bom tempo para imprensa se dar conta de que manifestante não era tudo block.
    Levou ainda mais tempo para a polícia, que baixava o cacete de forma GENERALIZADA.
    Acho uma situação parecida. E nós gremistas não apenas temos o dever de ajudar no combate ao racismo, mas também temos o dever de combater a generalização da imprensa.
    Está na hora da imprensa também levar esse aprendizado para o futebol e entender que manifestantes não são todos black blocks e gremistas não são todos racistas.

  • Rafa Bandeira 30 de agosto de 2014 - 00:31 Responder

    Prezado Fagner

    Muito interessante teu ponto de vista e a forma como te expressas neste texto. Olhando realmente pelo prisma de “utilidade”, se é que podemos chamar assim, se querem de fato, tratar da questão de racismo, simplesmente taxando o nosso Grêmio de O CLUBE MAIS RACISTA OF BRAZIL, talvez não nos leve, de fato, a lugar algum. Entretanto meu caro, aqui pra nós, eu já tenho 40 anos de praia nas costas. Fui sócio patrimonial do Clube desde 1975, religiosamente em dia, até 2012. Deixei de ser pois já venho me desiludindo com as coisas relacionadas ao Futebol em si. Pra ti teres uma idéia , eu sou do tempo que o nosso pavilhão (no Olímpico) todo praticamente gritava UH UH UH UH quando o Norberto do Inter pegava na bola lá nos áureos e gloriosos Anos 80/90. Eu gritei meu velho! Deixei de gritar no início dos anos 2000, creio que quando o mundo começou a prestar atenção na campanha da FIFA, Say No To Racism. Acho que parei pra pensar exatamente ali.

    Acredito que nesses anos todos, NÓS gremistas nunca demos muita bola pra isso mesmo, pois pra gente de fato, não tinha uma conotação pejorativa muito grave. Levávamos na esportiva e tudo sempre passou batido. Só que o rótulo foi ficando, ficando e ficando cada vez mais grudado e pra mim hoje está quase indissociável.

    Agora já estamos em 2014, o mundo mudou e a gente (instituição e torcida) não!
    Perdemos o timming moral da história da sociedade. Este é o ponto. O que ocorre, mais fortemente de uns tempos pra cá envolvendo o nome GRÊMIO, nada mais é, do que a nossa nítida incapacidade de lidar com os novos tempos. Não existe mais espaço pra esse tipo de coisa e ponto.

    Ou acabamos com isso, com uma ação reformista muito agressiva, de dentro pra fora, ou mais cedo ou mais tarde, num médio e longo prazo, acabaremos como instituição. FIM

    Pode parecer um tanto trágica essa previsão, mas digo isso, principalmente observando alguns focos de resistência justamente em setores mais jovens da nossa torcida, que infelizmente não conseguem fazer a leitura correta deste problema. Chegamos num divisor de águas existencial. Ou mudamos ou morreremos.

    Enfim… Espero ter contribuído um pouco com meu ponto de vista

    Abs

  • […] ao Fagner dos Santos no Grêmio Libertador, ao Rodrigo Cardia no Cão Uivador. Leiam ainda […]

  • Márcio 30 de agosto de 2014 - 02:04 Responder

    Denegrir a imagem de uma torcida inteira – leia-se milhares de pessoas, de origens étnicas diversas – por causa de meia dúzia de indivíduos como certas revistas que sempre puxaram pros times do eixo fizeram não passa de O-P-O-R-T-U-N-I-S-M-O.

    Criticar o racismo é criticar o óbvio, além de bom senso é senso comum. Acrescentar algo realmente útil à questão do racismo no futebol é algo que a Placar não sabe fazer(a maioria da imprensa esportiva também não o fez). “Mimimi punam o clube”, “mimimi expulsem o clube”…

    Como tu vai dizer que um clube foi conivente se este clube puniu os torcedores? O clube tem a responsabilidade de punir no âmbito esportivo, o resto é com Ministério Público, polícia etc. O que mais o clube pode fazer? Instalar um sistema como o do filme Minority Report e expulsar os torcedores antes de abrirem a boca? Porra, que caiam na real.

    Concordo totalmente com a indignação do goleiro do Santos, assim como nosso clube também tem jogadores negros que condenam o episódio igualmente. Assim como, dentre os torcedores do clube, há negros. Mas que se punam os INDIVÍDUOS, cacete! É dever do clube identificar, do Estado punir civil/criminalmente.

    Pergunto o seguinte: que lógica permite atribuir a uma maioria a culpa pelo erro de uma minoria ínfima(basta saber matemática do primário)? Se eu estiver de camisa do Grêmio andando na rua e um cara com camisa do meu time cometer um crime na via pública, do meu lado, eu vou preso junto porque minha camisa é igual?
    Pergunta dois: racismo e injúria racial são crimes, bem como injúria de teor não racial também é. Vão prender e interditar estádios onde houver ofensas como “filho da puta”/”viado” à honra de alguém? Ou vão “punir exemplarmente” o Grêmio pra “servir de exemplo”?
    Essa do “servir de exemplo” também é usada por quem espanca marginal na rua e acorrenta pra todo mundo ver, diga-se de passagem. Só que não cola.

  • alexandre sanz 30 de agosto de 2014 - 08:48 Responder

    Fagner, gostei de teu post, foi íntegro e verdadeiro, mas, não concordo contigo, a torcida do Grêmio é racista, eu sou gremista e não sou racista, tu não é racista, a maioria da torcida não é racista, mas a menina racista que apareceu na TV para TODO O BRASIL VER, gritando com ódio nos olhos MACACO, estava na torcida do Grêmio, empunhava símbolos do Grêmio, os gritos de uh! uh! uh! vinham da torcida do Grêmio, com pessoas identificadas com os símbolos do clube, os casos de ofensas ao jogador Paulão no Grenal, vieram da torcida do Grêmio, o Grêmio foi julgado culpado e teve de pagar multa naquela ocasião, em vários jogos de toda a espécie se houve os gritos de macaco, uhuhuh etc… que vêm da torcida do Grêmio, o PAÍS TODO ELEGEU A TORCIDA DO Grêmio como racista, ou a mais racista do país, não são situações e exemplos pontuais, a torcida do Grêmio é RECORRENTE, na torcida do Inter têm racistas, mas os casos são pontuais, como um twitter xingando o Fabrício, ou um de poimento do Siegmann sobre uma situação que ocorreu nas cadeiras do Beira Rio, isso são fatos pontuais, que são observados em seu comentário, as torcidas Paulistas podem ser consideradas Homofóbicas sim pois é RECORRENTE que cantam Gaúcho Viado, quando vemos um jogo do Lázio da Itália e aparecem símbolos neonazistas e ofensas racistas, nós mesmos pensamos: “bando de racistas” porque é RECORRENTE, a opinião pública é sim muito importante, cria a fama que mais PEGA, para a torcida do Grêmio deixar de ser racista ela precisa agir CONTRA OS RACISTAS, cada um tem que fazer a sua parte, DENUNCIAR, TESTEMUNHAR, o Clube tem que fazer a sua parte, PUNIR dentro de suas atribuições e o Poder Público tem que fazer a sua parte, que é PRENDER, JULGAR e PUNIR e só isso não BASTA pois a FAMA JÁ PEGOU e é que nem apelido quanto mais se grita e esperneia mais cria raízes, tem que ser DIVULGADO cada racista que é BANIDO DE DENTRO DO ESTÁDIO, que é JULGADO, que é PUNIDO ai sim poderemos chegar e dizer que NÓS SOMOS DIFERENTES, que FIZEMOS NOSSA PARTE, do contrário cada vez mais seremos taxados injusta ou justamente de RACISTAS e nosso clube será reiteradas vezes prejudicado, por punições esportivas, econômicas, prejudicado por arbitragem tendenciosas como do último jogo (que passou batido pela gravidade do tema), qualquer jogador adversário poderá fazer cera como o Aranha, sob o pretexto de ter “ouvido” xingamentos etc…
    Saludos

    • Vitor Alencastro 30 de agosto de 2014 - 22:47 Responder

      alexandre sanz fecho com você, acho que os tempos mudaram, as coisas são vistas de formas diferentes, hoje professores não podem punir alunos, filhos não podem levar palmadas, se mudou para melhor ou para pior não vou entrar no mérito, somente gostaria de parabenizar sua colocação! Sou do tempo que em dia de GREnal no velho casarão, eu ia as 11 hrs da manhã para os portões abrirem as 14 hrs e o jogo começar as 15:30, e lotava, 60 % de gremistas e 40% de colorados, acontecia meia z de brigas sem importância e alguns sacos de urina de torcida para torcida, rsrsr Mas era um bom tempo , em que os torcedores podiam se divertir e torcer, algumas vezes perdíamos e saiamos tristes , outras vencíamos e saíamos fazendo muita festa. Mas estes tempos não existem mais, hoje se vai a campo arriscando a ser socado, esfaqueado ou roubado. perdi a vontade de ver futebol no estádio, sou gremista roxo, mas hoje vejo pela TV , não tenho mais paciência de ver os absurdos que acontecem nos estádios.

  • Marcio 30 de agosto de 2014 - 10:14 Responder

    Como falar de uma torcida inteira? Se a imagem bem nos mostra que ao lado da torcedora agressora havia uma loira olhando calada… por que generalizar e acusar toda a nação gremista de racista, meu filho tem 13 anos e não é racista, a revista placar faz acusações a todo um povo, mas o racismo é tão grave quanto as confusões realizadas pelas torcidas fora dos estádios? As mortes relacionadas há Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Vasco, Bahia, Vitoria, são menos importantes? um xingamento é pior do que um caixão? A torcida do Grêmio não pode aceitar este rotulo pois tenho certeza que como apenas uns poucos são violentos ao ponto de matar no eixo rio São paulo, no meio da torcida gremista há sim os racista que estão sendo punidos pelo clube, mas não se pode generalizar tem gente boa em nosso meio e as pessoas tem que respeitar este grupo sério que vai ao estadio apenas para torcer…

  • Guilherme Denda 30 de agosto de 2014 - 10:29 Responder

    Fagner, sou gremista doente e dói na alma (como disse o aranha) ser chamado de racista, agora tem fatos que são inegáveis e é hora de se fazer um mea culpa, os cantos de gente pra cá macaco pra lá entoados nos anos 90 por todo estádio são uma prova que não são 10… 3 ou 4 como Dr fabio Koff disse. Em todo jogo tem uma manifestação, contra inter, santos, bahia não importa…. antigamente era muito mais, mas ainda hj tem quem defenda que não é racismo, já faz alguns anos que venho falando sobre isso. Desde o caso Geovânio x Roberto Carlos estava claro pra mim que seria um problema a ser enfrentado por todos os gremistas não por meia duzia. Abraço e vamos em frente que é mais um obstaculo para atravessarmos, uma parte feia da nossa história que deve ficar para traz em breve.

  • diego 30 de agosto de 2014 - 10:46 Responder

    enquanto voces e o mundo estao perdendo tempo com essas besteiras, tem gente no mundo morrendo de fome, sofrendo um muitas injusticas.
    Nao, vamos defende o coitadinho do aranha, que esta na sua casa comendo duas loiras e bebendo champagne, e oque voces nao entendem e que “eleeeeeeee” e racista, “eleeeeee” por dar bola pra todo esse tipo de coisa é racista, alguem me diga qual é a diferenca em ser chamado de macaco, ou filho da puta, ou japones do pal pequeno, ou alemao do cu roxo, todas essas sao ofensas pesadas, mas nao temos que defende – lo com unhas e dentes o coitadinho do negaozinho.
    pq a nossa escritora deste texto, que aparte gosto muito doque escreve, e todas as outras pessoas que estao engajadas nisso, pq nao vao defender a devastacao da floresta amazonica, tem bixinho inocente e plantas morrendo todos os dias!!, nao néh?? isso nao da audiencia néh??? somos todos hipocritas, pq agora estao defendendo o aranha, mas depois estao cometendo algum ato racista de outra natureza.
    Vou deixar uma grande frase pra refletir, NINGUEM E 100% BOM E NEM 100% MAL, por isso foram criadas as leis, deixem que a lei seja aplicada e vao falar de outra coisa pelo amor de deus!!!
    obrigado

  • diego 30 de agosto de 2014 - 11:07 Responder

    por outro lado digo que em vez de ficar apontando com o dedo nossos irmaos, temos que nos unir pq somos todos iguais, nós sofremos neste sistema capitalista que ferra a todos sem diferenciar cor e raca.
    sabem oque as pessoas que estao no poder dizem de todos nós em geral? GADOOOOOOO
    somos todos peoes dessas pessoas que estao no poder nos ferrando a todos. QUEM É RACISTA ENTAO??
    esses politicos e banqueiros politicamente corretos, mas que pelas costas sao os mais racistas, e nao so dos negros, da populacao em geral.
    Abram os olhos pessoal, pra ver quem é o verdadeiro enemigo, oque eles querem é “DIVIDIR PRA CONQUISTAR” en quanto estamos divididos brigando por todas estas besteiras, eles estao metendo a mao no nosso bolso.
    os deixo com uma grande frase, “A UNIAO FAZ A FORCA”
    OBRIGADO

  • Getulio Oliveira 30 de agosto de 2014 - 13:32 Responder

    O que já se falou a respeito de racismo, poderia estar com o problema resolvido. Um jogo de futebol e apenas um jogo. O que aconteceu naquela partida que ninguém fala, é que esse rapaz fez cera e retardou o jogo o tempo todo, fingindo inclusive que foi acertado pelo jogador do Grêmio. Considerando ainda que o juiz da FIFA, errou duas vezes no pênalti no Zé Roberto e na levada de bola escandalosamente no braço que deu origem ao segundo gol do Santos. Não tem torcedora que agüente tanta incompetência. A imprensa também deixa de falar nos lances capitais que prejudicaram o Grêmio, para falar de racismo que dá mais IBOPE. ME AJUDE, não quero deixar de assistir futebol pela TV. Mas desse jeito não dá para continuar….

  • Artur Wolff 30 de agosto de 2014 - 14:25 Responder

    Deixo uma perguntinha. no mesmo momento desta avalanche midiática de injúria racial .
    No próximo jogo do Grêmio se eu for na beira do alambrado e chamar o juiz ou qualquer jogador de corno, filha da puta, chupador, dá o c…, ladrão,vagabundo,como SEMPRE OCORREU com grande parte da torcida que vai a campo, não tem problema nenhum???
    O vou ser acusado de injuriador ? Digo, eu e mais uns 10 mil ???

    • lancaster 30 de agosto de 2014 - 18:34 Responder

      Meu caro Arthur, estas deveras equivocado. Chamar alguém de filha da puta, chupador,ladrão, etc é muito diferente do que ofender uma pessoa pela cor da sua pele.Com certeza você não se importa com a desigualdade racial que existe no país, e nem pensa em como um negro se sente vivendo num cenário assim. Não te culpo por isso, afinal, empatia é somente para os sábios de bom coração que conseguem fazer uma análise crítica da sociedade brasileira. Infelizmente não és o único a pensar assim, uns por não conseguirem compreender o mundo em que vivem e outros por que são realmente racistas ficam indignados quando alguém levanta a bandeira pelo fim do racismo.

      • Artur Wolff 1 de setembro de 2014 - 10:29 Responder

        Sr. Sábio de Bom Coração,

        O fato de responderes o comentário me referindo “Arthur” já demonstra que és pouco afeito observador ao que realmente foi escrito. Por sinal não respondeste a pergunta. Para o que chamo atenção é COERÊNCIA. Branco preto ou amarelo é o OFENDIDO que tem a capacidade de considerar-se assim ou não. Injúria pode ser racial, moral, etc. Sim, o juiz chamado de fdp pode se sentir tão ofendido como o negro chamado de macaco. E quem tá se importando prá isso em estádio ou na mídia ?. Ao contrário do que afirmas (com certeza!), sem me conhecer, tenho muita consciência sobre racismo e des. racial no Brasil. Ingenuidade tua é pensar que vamos resolver o problema (ou começar) “da sociedade brasileira'” crucificando e tomando para bode expiatório uma menina que por acaso foi filmada gritando bordões de insulto comuns em qq estádio. Um abç e leia mais (não ZH).

  • alexandre sanz 30 de agosto de 2014 - 16:40 Responder

    Não importa o que nós somos ou achamos que somos, da para elencar 1001 situações defendendo o clube e sua torcida, da para dizer inclusive que a menina de 22 anos, também não é racista, até porquê estava com um namorado/amigo ou sei lá o que mulato, minutos antes da imagem, muito provavelmente ela somente queria extravasar e xingar o goleiro do santos, poderia ter sido fdp, corno, viado ou qualquer outra coisa, mas foi MACACO, e ai amigo o que passa a importar é a OPINIÃO PÚBLICA, é IGUAL A APELIDO, quanto mais tu grita esperneia, xinga etc… mais pega, temos duas opções agora: ou se começa a extinguir a palavra macaco dos xingamentos e começamos a punir, e divulgar as punições ou aceitamos a pecha de Racistas, não conseguiremos convencer o resto do País que não somos racistas e o grêmio será constantemente responsabilizado (vide PREJUDICADO) por causa disso.

  • Ercio 30 de agosto de 2014 - 22:56 Responder

    Caro Fagner
    Concordo com o que você diz, também acho que está se dando importância demais a este assunto, pois racismo é algo que ainda não foi erradicado no Brasil e talvez nunca seja.
    Mas devo alertar para algumas contradições, neste caso se fala em racismo porque alguns torcedores gritaram ‘macaco’ para o desconhecido goleiro ‘aranha’ quando o apelido advém de ‘macaco aranha’ então se assim for, se tivessem lhe gritado aranha estaria tudo bem.
    Mas a maior de todas as contradições é o fato de alguns meses atrás haverem surgido milhares de personagens populares nas redes sociais publicando fotos descascando bananas e subtitulando ‘eu sou macaco’ e quem iniciou isso foi nada menos que Neymar.
    E agora? Ser macaco é algo que incomoda ou é legal? é racismo? ou é pura vontade de aparecer? isso provoca uma confusão.
    Moro em SP e sei muito bem driblar as piadas de ‘gaúcho viado’ e sei que em jogos aqui e outros estados as torcidas gritam em coro ‘viado viado viado’ quando jogam times gaúchos, e esse racismo homofóbico que existe Brasil afora ninguém vê? Não sou racista e nem apoio atitudes racistas, mas sabemos que num jogo onde as emoções estão a flor da pele muitos se valem de tudo para provocar e desestabilizar os adversários. Então, qual foi a intenção desses torcedores, agredir ou provocar, irritar, enraivecer o jogador a ponto de desconcentrar? Já vimos torcidas inteiras gritarem ao juiz “filho da puta” em coro e repetidamente durante 90 minutos e nenhum deles colocou isso na súmula. Caramba, há hipocrisia demais na imprensa brasileira e porque não nos brasileiros. Só pra lembrar, estádio cheio e coro unanime gritando ‘dilma vai tomar no cú’ e dilma devolvendo com os dedos em riste…

  • zuhdi said 31 de agosto de 2014 - 00:00 Responder

    SOU CONTRA O RACISMO DE TODAS AS FORMAS QUE SEJAM,MAS ESTAMOS VIVENDO O DIA A DIA DE HOJE AQUI E NO MUNDO TODO COISAS MUITO PIORES QUE ISSO,COMO A FOME MUNDIAL,GUERRAS,DOENCAS,SEQUESTRO E MUITO MAIS,E TAO SE PREOCUPANDO COM QUEM SE ESQUENTA EM ESTADIO DE FUTEBOL COM TIMES E JOGADORES QUE NAO VAO FAZER NADA PARA MUDAR O MUNDO,EU CONSIDERO QUE NO MEIO DA MULTIDAO NAO E RACISMO,E O MOMENTO COM IGNORANTES QUE SE EXPRESSAM MAL,A PARTE DE TUDO HAVIA NEGROS OFENDENDO O JOGADOR NAQUELE MOMENTO,BUSQUEM ALGO REAL PARA FAZER UM MUNDO MELHOR DO QUE ISSO QUE FUTEBOL NAO VAI PAGAR SUAS CONTAS NEM MATAR A SUA FOME

  • Lucas 31 de agosto de 2014 - 09:03 Responder

    Sou paulista, e concordo com o seu texto. Não acredito que generalizar a torcida do Grêmio fará alguma diferença no quadro social e na luta contra o racismo.
    Com relação as ofensas sofridas pelo Aranha, entendo que um jogo de futebol mexe com o sentimento mais primitivo do ser humano. Acredito, não defendo os agressores, que o objetivo era desestabilizar o atleta, ofendelo de maneira a deixalo nervoso. Essas pessoas devem ser punidas sim. O Grêmio deve tomar atitudes severas!
    Não é a primeira vez que isso acontece em estádios e, conforme relatos, na vida de atletas no Rio Grande do Sul. Talvez, não posso afirmar pois como já disse sou paulista, o estado tenha uma cultura de segregação maior. Mas isso não é “privilégio” dos gaúchos, o preconceito étnico, sexual e de credo está enraizado no brasileiro.
    O combate deve ser feito em todos os lugares e segmentos da vida do brasileiro.
    Entendo que as pessoas não se ofederem sexualmente e/ou racialmente por medo de punições, é o mesmo que tapar o sol com a peneira, pois o preconceito ainda estará presente, apenas escondido. É preciso educar as pessoas para que o respeito seja algo mais do que comum, que se respeitem as diferenças pelo simples fato de entender que cada pessoa possui as suas características próprias. Respeito por medo de punições não é respeito.
    Abraços

  • Felipe 31 de agosto de 2014 - 10:24 Responder

    Sou Grêmio de Coração e de Alma, e concordo com o teu pensamento Fagner, mas antes disso estudo Direito e tenho um dever moral com a nossa legislação. penso que o grêmio deve ser punido, sim. Mas na medida de seu atos, exclusão hoje seria dar de bandeja ao santos, que eu duvido que não tenha racistas em seus torcedores, ou homofóbicos, pois quando a dupla vai jogar em qualquer outro estado, somos taxados de viados e isso é muito mais recorrente ou até maior do que os atos de racismo praticados por alguns torcedores do Meu Grêmio, hoje, Homofobia também é crime. e agora? vamos nós gremistas parar os jogos quando algum torcedor chamar de gaúcho viado? e pedir punição? penso que sim, por que a justiça precisar ser na medida para todos.

    Se estas pessoas forem punidas eu vou aplaudir. e o Grêmio sim vai ser punido, e sempre será para tudo, por que somos Gaúchos e por que o nosso futebol brasileiro ou melhor, eixo rio-são-paulino não gosta de nós, pelo fato de aqui no sul, digo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, temos uma melhor qualidade de vida estádios próprios, dentro desses três estados, ache algum time que não tenha seu estádio.
    Imagine nos gremistas e colorados tendo que pagar aluguel ou no Beira-Rio ou na Arena? isso nunca vai acontecer, pois aqui temos os times menos endividados e mais organizados, temos títulos conquistados na raça e no campo, e nunca no apito, como lá, ou duvido que algum colorado não se lembre da passada de mão para o Corintians? ou os gremistas para o são Paulo quando ficamos a dois pontos e por erros de arbitragens não conquistamos a campeonato brasileiro? ai me pergunto, eles nos aceitam? se nos chamam de viado acho que não. tenho filho, minha mulher e colorada, ela é negra, eu a amo e repudio todo e qualquer ato racial ou homofóbico, pois isso acontece e muito nos nosso estádios.

    não vejo a punição exemplar como meio de acabar como o racismo nos estádios, e pergunto a esse colunista da Placar que se diz gremista, se ele gosta de ser tachado de viado?

    Já fui em jogo na arena, e nossa torcida não é racista, em nenhum momento escutei palavras ou referencias disso no estádio. mas sei que tem, e como todo meliante, se acha impune e que nunca vai ser pego. mais eu digo. vai sim e tem que ser punido.

    CP – Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
    Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
    Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
    § 1º – O juiz pode deixar de aplicar a pena:
    I – quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
    II – no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
    § 2º – Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
    Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
    § 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem: (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)
    § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
    Pena – reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)

    esse é o Artigo para quem comete injuria Racial. deve ser aplicado a quem comete esses atos.

    defendo a punição severa, ou seja os três anos e multa pra quem cometeu o ato, a pessoa. e para a instituição grêmio, que eu duvido que apoie, o comprometimento de contribuir com que isso acabe, e fazer o mesmo como todos os outros clubes.

    Tenho Dito.

  • Adalberto 31 de agosto de 2014 - 11:20 Responder

    Antes de mais nada precisamos analisar os fatos a luz da razão e não com viés midiático , é errado ofender pessoas ? Com absoluta certeza . As normas básicas de educação devem prevalecer , porém há de se convir que a arena bem como os grandes estádios da antiguidade eram os lugares onde o povo externava suas emoções , onde as glórias e também as fortes emoções ocorriam.

    O que não podemos é nos tornar reféns de uma HISTERIA COLETIVA ou PARANÓIA anti racista promovida pelos MIDIÁTICOS que buscam bodes expiatórios pois esta não faz bem ao futebol e muito menos ao bom convívio entre as pessoas que são diferentes e que se respeitam e veem o futebol como um momento de amizade e união entre os povos e culturas.

  • edilar 31 de agosto de 2014 - 11:22 Responder

    Aranha macaco viado pato ganso sao todos animais o rscismo esta na cabeca das pessoas que se deixam levar pro lado ofencivo e em relacao a cor branco amarelo negro cada um deve se orgulhar da cor que tem ou devo me sentir ofendido sa me chamar de branquela

  • Társis Salvatore 31 de agosto de 2014 - 11:53 Responder

    Eu nem costumo mais falar sobre isso pq é uma HIPOCRISIA INCRÍVEL.
    Praticamente TODAS as torcida tem 6 dúzia de idiotas (algumas tem mais que isso) que promovem agressões racistas e homofóbicas. Infelizmente é um problema de educação e não do futebol em si.
    Se o goleiro Aranha se sentiu agredido tinha fazer o simples: chamava aquele INÚTIL do árbitro de linha, o cara comunicava o insulto ao juiz, o juiz dava parte para a brigada, que retirava os 2, ou 3 que estava xingando ele e ele abria um processo na polícia, porque racismo é CRIME e quem o ofendeu deveria ser punido de forma exemplar. Mas CLARO que ninguém fez isso e foi fazer mimimi no final da partida. HIPOCRISIA. Só pra chamar a atenção e foder o Grêmio. Uma desgraçado ofende o jogador e é culpa “do Grêmio”.
    Se quisessem, os juízes denunciam racismo e homofobia em estádio de futebol TODO JOGO. É só querer. Mas não, “só o Grêmio” faz isso. Mas a cereja do bolo é ainda ouvir a hipocrisia dos colorados (uma meia dúzia) que são RACISTAS HISTÓRICOS, mas que convenientemente se “esqueceram” do passado, ou melhor, estão sempre alterando a própria história. Ou seja, mais hipocrisia.
    Tomara que essa merda dê em NADA e vou torcer mais do que nunca para o Grêmio fazer 3 a zero no Santos, com 3 gols de jogadores negros, só pra ficar mais bonito!

  • giliard 31 de agosto de 2014 - 13:00 Responder

    http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/brasileirao/noticia/2011/07/jogador-do-flamengo-diz-ter-sofrido-ofensas-racistas-em-jogo-contra-o-santos-3421478.html essa e pra quem acha q so tem racistas na torcida do gremio ou nao lembram ou se fazem de esquecidos e tem outros casos se pesquisarem mais !!

  • Israel Santos 31 de agosto de 2014 - 16:51 Responder

    Eu não iria me manifestar sobre o fato ocorrido na quinta, mas ouvir as pessoas falarem que os gremistas são racistas é covardia e generalização. A revista placar agiu sem imparcialidade e acusando todos nos de racistas, nao consigo aguentar isso. Tenho vários amigos meus afro-decendentes e para mim não a distinçao, não existe diferença, daria minha vida por eles como todos os meus melhores amigos, pois somos todos iguais. Então aos colorados e a mídia: “Virem a boca antes de falar que somos racistas.” Se eu sei qual a solução para o racismo? Não. É uma questão muito grande para apenas uma resposta. Só sei que eu ignoro e repúdio este tipo de ato. Sigo a mensagem de Morgan Freeman:” A melhor forma de combater o racismo é ignorá-lo, não dar audiência. Pois se você se ofender com este tipo de coisa, você mesmo estará sendo cúmplice disso.” #paz #união #nãoaoRacismo

    Placar é a pior revista que já vi, generalizando toda uma torcida. Sinceramente vamos tirar essa revista do ar. São tão mau carater quanto o ocorrido quinta.

  • Elbio Pilar 31 de agosto de 2014 - 21:20 Responder

    Primeiro, quero esclarecer que apesar de muito colorado, meu único filho é gremista roxo, muitos de meus sobrinhos são gremistas, alguns cunhados e um irmão são gremistas, então, junto-me aos gremistas nesse desabafo. Mesmo a menina que as câmeras flagraram (que progresso a leitura labial), não acredito que seja racista (e isso não é uma defesa dela, apesar de ser advogado). Mas, atire a primeira pedra quem já foi a algum estádio, seja onde for, e não incorporou o grito das pessoas que estão ao seu redor? Quem não xingou a mãe do juiz, dos bandeirinhas e dos próprios jogadores? Se, por acaso, o Rafael Moura fosse negro, quantas pessoas seriam flagradas chamando de tudo o que é adjetivo (e muito provavelmente de negro), a cada gol que ele erra? Repito não serve esse escrito como defesa daquela menina (também penso que ela deve sofrer alguma punição – sei lá, prestar serviços à comunidade, ajudar em algum órgão que defenda os direitos das minorias (aliás nem sei se os negros ainda são minoria – afinal o Brasil é tão miscigenado). E, somente como matéria de reflexão, se na Bahia começassem as torcidas a xingarem os times adversários de negros, afinal eles também extravasam suas decepções esportivas com palavras, a quem iria se punir?
    O que realmente não pode é se taxar uma torcida, um Estado inteiro de racista ou apedrejarem a casa da menina, como fizeram. No que essas atitudes ajudam? É muito lindo, muito apropriado nos colocarmos como os baluartes da ética e nos esquecermos que um dia fomos jovens, inconsequentes e que tais atitudes nos estádios eram e ainda são, mesmo na educada Europa, é muito oportunista querer ser o defensor das minorias se utilizando de uma atitude infantil (embora a menina não seja tão infantil assim) e crucificar toda uma torcida ou Estado.
    Querem mudar uma situação histórica punindo rigorosamente uma menina, usando-a como exemplo, para justificar o fracasso do Estado na educação. Pois é, o Estado, como instituição, está falido na educação e a cada episódio isolado que acontece surgem os defensores da moral e da ética (sejam jornalistas, advogados, psicólogos todos oferecendo a solução mágica para a questão). Façam um favor à nação usem esses fatos para repensarem até aonde nós “adultos responsáveis”, “pais amorosos”, “políticos competentes” temos que assumir a nossa parte da culpa.
    Assim como não coloco meu filho, meus sobrinhos, cunhados e irmão entre aqueles que cantaram a infame o Fernandão morreu, também não generalizo o racismo, como uma pecha dos gremistas. É só ir no Beira-Rio, na Fonte Nova, Maracanã ou outro estádio e esperar até que seu time (o dono da casa) esteja perdendo e sem poder de reação, enquanto o adversário mata tempo. E aí, nós vamos descobrir o quanto o Brasil inteiro é um país racista dentro do campo e demagogo fora dele.
    Pedindo desculpas pela intromissão no blog.

  • cleber 31 de agosto de 2014 - 23:04 Responder

    O fato de o STJD ter suspendido a partida de volta já é , a meu ver, um indício forte de que ela não haverá. Se não fossem punir o Gremio com a exclusão não teria porque suspender a partida , pois a penalidade independeria deste quesito. No entanto , ao faze-lo o STJD dá indicação de que realmente o Gremio será eliminado da CB. Mais .. como é reincidente, pois a torcida , embora haja racistas em outros clubes mas não o fazem ostensivamente, A TORCIDA DA GERAL PREFERIU FAZE-LO DE FORMA OSTENSIVA , pouco se importando que câmeras os pegassem. E .. se havia dúvidas da perda de mando de campos , agora não há mais , diante do protagonizado no jogo contra o BAHIA, ou seja, premeditadamente por , não meia duzia, mas por dezenas. Infelizmente o ano se encerrou para nós . Com a certa eliminação da CB, e a perda de mandos ficará difícil chegar no G4. Espero que não seja medida extrema , 10 mandos , mas mesmo assim, queiram ou não , discutam ou não, tenham razão ou não, o pais já nos julgou como racistas . infelizmente É ISSO. A TORCIDA DO GREMIO SE EXCEDE NO OSTENSIVISMO. AI NÃO TEM QUE DE JEITO. O PRÓPRIO ADVOGADO GREMISTA já jogou a toalha , no caso Aranha, e agora deste jogo contra o Bahia , certamente o juiz, pois o outro vai responder por omissão, VAI CARREGAR NA SUMULA. Não estou sendo pessimista, estou sendo realista. Lendo as mídias e comentários de todos os jornalistas do centro do Pais, o Gremio virou um clube racista. NÃO É, mas quem vai votar são eles. TRISTEZA. Lamentável.

  • vinicius 1 de setembro de 2014 - 12:19 Responder

    Sugiro no jogo da volta com o Santos que jogássemos com o uniforme preto, e o nome do jogador #Aranha

  • arbo 1 de setembro de 2014 - 17:39 Responder

    muita classe nesse post. parabéns.

  • Sergio Amarildo 1 de setembro de 2014 - 23:39 Responder

    Entendo que o Grêmio tem que punir os responsáveis, torcedores, sócios, organizadas, etc… Contudo, a punição não é suficiente. O fato é o Grêmio passou a ser considerado o time racista do Brasil. Querendo ou não nós gremistas o que a grande mídia e as redes sociais, principalmente fizeram foi isso. Elegeram o Grêmio para imola-lo publicamente, para servir como punição exemplar e pronto. O quanto isso vai diminuir o racismo na vida das pessoas não interessa para esses simplistas e oportunistas. O que interessa é estigmatizar o Grêmio e execrar a jovem Patrícia, como se a imagem dela fosse abominável a ponto de ser banida da vida social. O Grêmio é a ‘bola da vez’ dos donos da verdade de plantão. Vamos ter que mais uma vez ‘lamber nossas feridas’ e ‘ressurgir das cinzas’. Agora queria dizer que o Clube Grêmio tem que investir em ações de prevenção e de educação e não apenas de punição. Vejamos jogar com uniformes e vender uniformes com nomes como Lupicínio, Alcindo, Everaldo e outros personagens gremistas afro descendentes. Fazer campanhas com frases como Somos Gremistas, não racistas! Escrever frases contra o racismo na arena do Grêmio. Produzir material de marketing nesse sentido contra o racismo. O fato é que para reverter esse estigma vai precisar de tempo e de ações concretas das direções, dos torcedores, dos sócios, das organizadas. E de todos aqueles, independente de time, que reprovam a intolerância. A intolerância gera violência, que por sua vez gera racismo, machismo, homo fobia (depende de como acontece a homo fobia é crime sim!), discriminação das pessoas com deficiência, etc… Gremistas sejamos proativos para o Grêmio voltar a ser Campeão dentro e fora do Campo!!!

  • ADRIANO PRANDO 4 de setembro de 2014 - 00:57 Responder

    Um novo gremismo

    Injustiça! Todos nós gresmistas estamos com esse sentimento engasgado, encrustado, machucando por dentro como uma ferida aberta. Óbvio que estamos presenciando mais uma vez nossa instituição ser usada como “bode espiatório” pela justiça desportiva do centro do país. Mas precisamos analisar o contexto. Compreendemos que estamos sendo punidos por erros que são cometidos por torcedores de tantos outros clubes desse país. Mas nós também cometemos tais erros. Tá! Mas foram três ou quatro! Mentira! … Mas foi só a geral (que por sinal esta cheia de problemas também). Errado!
    Que esse incidente trágico faça com que reflitamos e, mais uma vez, sejamos pioneiros em nosso país (como já fomos com os jingles na torcida, avalanche e outras tantas atitudes de épocas passadas) com uma mudança completa de atitude de torcida. Temos um estádio de primeiro mundo, espelhemos então nosso comportamento com o de lá. Todos nós que vamos ao estádio temos discernimento suficiente para entender quando um jogador simula uma falta, faz “cera”, provoca o adversário, enfim, percebemos quando tem atitudes anti-desportivas acontecendo. Devemos vaiar este tipo de atitude, mesmo quando for para com jogadores do Grêmio. Devemos também aplaudir e valorizar atitudes que valorizem o espetáculo. Podemos adequar nossos jingles sem alterar a melodia e sem perder a essência que é valorizar nosso clube e jogadores. Isso não é deixar de ser “duro” e “guerreiro”, é sim um passo à frente para evolução de comportamento em relação ao esporte e ao clube que tanto amamos. Sabemos que todas as torcidas de nosso país tem atitudes semelhantes (e algumas até bem piores na verdade) a esta que tanto nos prejudicou, mas podemos mostrar que SOMOS MAIORES adotando atitudes simples que só vão acrescentar ao espetáculo. Não podemos perder essa oportunidade!
    Estamos diante de um marco. De algo que como a construção da Arena esta elevando nossa história a outro patamar. É obvio que nossa imagem esta em evidência, exposta a todos para as mais variadas conclusões. De agora em diante temos a oportunidade de dar exemplo, de sermos a referência. Ou podemos tentar “remar contra a maré” e mostrar como somos “durões”. Cada um pode fazer sua parte! #vamosaoestadio #racismonao #vamosmudarofutebol #dalhegremio #compartilhe
    Por Adriano Prando.

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