Com primeiro tempo impecável, Grêmio 1×0 Atlético PR.

0 Postado por - 24 de agosto de 2016 - Artigos

Era pra ser um jogo tenso. Perdemos para o Flamengo em um jogo onde mostramos pouco. Vencemos poucos jogos fora de casa na temporada. Pegamos o adversário mais difícil possível na época do sorteio. E o juiz era um sem-vergonha useiro e vezeiro em nos atolar. Além disso, perdemos o Maicon. Tudo parecia muito complicado. Mas foi um jogo impecável.

Saiu a escalação e foi uma comoção: COMO ASSIM TRÊS VOLANTES? ROGER TÁ LOUCO? Como na última vez que eu mesmo falei isso vi o Grêmio do Renato meter 3×0 no Bahia, não me deixei levar. Fui analisar os motivos. Tomamos 2×0 deles na Arena pelo Brasileiro permitindo chutes de média distância. Três jogadores marcadores ali diminuem o espaço pra esse tipo de jogada. Miller não marca como o Everton, mas tem mais cadência em puxar ataques, ideal para um time que quer ficar com a bola.

Logo aos seis minutos veio a maior prova de que o Roger não é nosso treinador por acaso. A movimentação intensa acabou com a defesa do Atlético Paranaense. Em uma jogada de velocidade, pressão  na saída de bola, passe rápido pro Douglas colocar um passe milimétrico no Miller. Gol do equatoriano, 1×0 e o início do domínio do tricolor. Defendendo em 4-3-3 (ou 4-3-1-2, ou 4-1-2-1-2 dependo de como o Atlético Paranaense fazia a sua saída de bola), o ataque mostrava o time menos no 4-2-4 do que o normal. Porém, só nós tivemos chances de gol. Foram seis, duas na goleira além do gol. Um primeiro tempo impecável.

Miller the killer. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Facebook)

Miller the killer. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Facebook)

O segundo tempo começou com duas alterações do mandante. Mas a primeira grande chance foi nossa: mais uma bola de cinema do Douglas largou o Miller sozinho com o goleiro. O Equatoriano mandou pra fora. Logo em seguida, o primeiro chute deles. E eles voltaram pra partida pelos primeiros minutos no jogo. E foi essa a tônica do segundo tempo. Bola nas costas do Marcelo Oliveira com um guri, recebendo faltas e lançando na área. Ou em escanteios.

Assim foram as melhores chances deles. Mesmo com muitas bolas ganhas pela nossa defesa, foram três boas cabeçadas do Luan deles, uma só defendida pelo Grohe. E uma no André Lima, a queima roupa, defendida brilhantemente pelo nosso goleiro. Essa maior posse de bola do adversário não passava mais de uma pressão inefetiva contra um adversário defendendo o resultado do que um domínio real. Mesmo com freio de mão puxado jogamos melhor que o adversário.

O Grêmio teve ainda mais três chances claríssimas de fechar o caixão. Duas com o Luan. Na primeira, Weverton salvou. Na segunda, errou o gol por pouco, aos 42 do segundo tempo. A última, aos 45, foi com o Everton, que recebeu boa em um contra-ataque, venceu na velocidade e tocou por cobertura, alta demais, por sobre o gol. 1×0 e podia ter sido mais. Mesmo se o gol do André Lima aparecesse, era jogo pra 3×1, 2×1 no mínimo.

Resultado impecável todos os motivos. Agora, o jogo de volta é só dia 21 e podemos empatar pra passar. E pensar com carinho nesse esquema mais seguidamente fora de casa.

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5 + comentários

  • Mano 25 de agosto de 2016 - 09:45 Responder

    Fagner, uma coisa pra observar nos próximos jogos se o Grêmio continuar com três volantes. Acho que essa formação matou um pouco a flutuação do Luan pelo meio e também por isso ele não jogou tão bem.
    Mas é pra observar se o meio mais povoado de realmente isso ou não ou se foi uma noite pouco inspirada do nosso melhor jogador.

    • Ezio 25 de agosto de 2016 - 15:00 Responder

      Luan faz uma grande partida. Faltou talvez o gol que jogaria ontem mesmo a pá de cal no CAP (apesar de achar bem improvável que eles façam os dois gols que precisem na Arena pra classificar, o ataque deles sem o gordinho bom de bola murchou de um jeito…) mas ele teve boa movimentação e fez boas conclusões em gol. É de fato pra se pensar esse esquema pra jogos fora principalmente com as rateadas que a defesa costuma dar em jogos fora.

    • Fagner 25 de agosto de 2016 - 15:04 Responder

      Mano, o Grêmio atacou com 4-4-2 losango que revezava quem ficava mais atrás. Geralmente era o Walace (Jaílson na direita, Ramiro na esquerda, Douglas na frente), mas o gol e uma pifada no Luan saíram de movimentações do nosso 5 pra frente. O Grêmio variou o esquema intensamente em função do Atlético-PR. Acho que a impressão de partida abaixo do Luan se deu pela divisão de tarefas com o Miller e a novidade mais do que o esquema em si. Mas se o guri tivesse com o pé um pouco mais calibrado tinha guardado ao menos dois gols ontem.

      Saludos,
      Fagner

  • Felix Nuñez 25 de agosto de 2016 - 16:52 Responder

    Tenho curiosidade em saber se Roger colocará Maicon no lugar de Ramiro e fixará o sistema com esses três ou se será de acordo com cada partida. O importante é que mostrou-se um sistema interessante, mesmo com Ramiro que está em péssima fase.

    Nosso problema maior é quando temos desfalques a ponto de termos em campo, o mesmo jogo, M. Oliveira – Ramiro – W. Oliveira. Não ha técnico nem esquema que sobreviva a isso.

    Gostaria de ver também no futuro uma tentativa com Kanemann na esquerda. Sinceramente, bem treinado com a equipe, não pode ser pior que M. Oliveira. Ontem, na zaga, fez um jogo seguro, simples e discreto.

    Ressalto também que o Atlético mudou demais desde os 2 a 0 que tomamos na Arena. Facilitou ainda mais nosso trabalho. Facilitou tanto que no final do jogo fiquei meio puto porque era pra ser 3 a 0 ao natural. Fica a lição que ainda teimamos a entender: quando temos oportunidade, é pra MATAR O JOGO. Sem emoções, por favor!

    • Ezio 25 de agosto de 2016 - 18:39 Responder

      Tb bateu essa pontinha de insatisfação. Mas é mto improvável que o CAP consiga os 2 gols que precisam na Arena pra classificar. O time deles é aquilo ali que nós vimos ontem e temos mto mais time e elenco do que eles. É capaz inclusive de sair goleada pro GREMIO.

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