Grêmio Libertador

Contra o Flamengo, o resumo do ano

Se antes de entrar em campo, ainda existia algum temor de que o Grêmio pudesse ficar fora da Libertadores do ano que vem, ele acabou de vez quando Bobô deu um toquinho por cima do Paulo Vitor e matou o jogo.

A bem da verdade, o primeiro tempo gremista foi pavoroso, alimentando o medo de algo semelhante ao que aconteceu ano passado voltasse a se repetir. Sem Maicon, Walace, Edinho (quem diria que ele seria considerado desfalque) e Ramiro, a volância ficou a cargo do Moisés e do Marcelo Oliveira, deslocado da lateral, e não deu muito certo. A grande virtude do Grêmio do Roger, que é sair tocando a bola desde a defesa, sumiu. Nem Moisés nem o Oliveira vinham buscar o jogo e o Grêmio se resumiu a tentar a ligação direta quase sempre, em balões do Erazo e Galhardo. Luan e Pedro Rocha foram muito mal e Giuliano e Douglas não apareceram no jogo. Na primeira metade, só o Geromel se salvou, com uma atuação perfeita.

No segundo tempo, esperava que o Roger fosse mexer no posicionamento do Marcelo Oliveira, que insistia em cair pra esquerda, se acavalando com o Marcelo Hermes, além de tentar cavar faltas que o juiz não tava a fim de dar e que acabavam criando chances pro Flamengo. A única mudança -nominal- foi a saída o Pedro Rocha pra entrada do Éverton, mas Roger mexeu também no posicionamento do meio do campo, fazendo os meias virem buscar a bola pra acabar com os chutões. Bastou um contra-ataque finalmente ser bem encaixado, num baita lançamento do Douglas, pro Luan fazer um estrago sem tamanho na defesa carioca e pifar o Éverton: 1-0. Em seguida, Guerreiro perdeu a cabeça depois de ver que não ia superar Geromel e facilitou de vez as coisas pra gente. A partir da expulsão do peruano, o Grêmio foi empilhando chances até o Marcelo Oliveira, pra queimar minha lingua, fez um lançamento primoroso pro Bobô e decretar números finais à partida.

Tal qual o início do ano, o Grêmio entrou em campo sob desconfiança, deu uma titubeada no começo mas tomou prumo e fecha a temporada em posição cômoda e com folga. Como bem disse o Fagner, quando pediu pra eu eu fizesse o pós-jogo por ele, o ano já acabou mesmo. E bem melhor do que a gente esperava.

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