Então, soou a corneta do juízo final.
Que, todo mundo sabe, é a corneta do moralismo.
E um moralismo que vem vestido só de cuecas, porque teve de sair correndo às pressas de alguma situação não muito louvável pra berrar no ouvido alheio sobre o que é certo ou errado.
Soou e tem gente fazendo eco.
“Os guris caem na noite e aí é isso aí, não jogam nada.”
“Mais futebol e menos noite pra estes piás.”
“Chega de prazeres. Trabalhem.”
Curioso.
Alguns dias atrás, urrava a caixa de ressonância da corneta que era preciso ter a garra, a vontade, o espírito gremista de anos atrás.
Devo supor que o tal espírito gremista seja puro e beato. Praticamente o espírito santo.
Devo supor que nossos ídolos de antanho eram todos abstêmios e castos.
Mas deixemos de suposições. Falemos do que é real.
E o que é real é que nosso piás são gente. De carne e osso e vontade de fazer farra de vez em quando.
O que é real é que todo moralismo desumaniza. Tudo que é limpinho, robótico e asséptico é também desumano.
E toda desumanidade merece ser combatida.
E tudo que é humano merece nosso abraço.
Então, gurizada gremista, meu abraço pra vocês. Bem forte.
E que a gente reencontre o Grêmio entre o tiki-taka e o tchaca-tchaca-na-butchaca.
15 + comentários
Boa!!!
O difícil é os caras serem beatos em campo e bandidos na night…
Se eles fossem realmente humanos, sentiriam alguma vontade dentro de campo de fazer alguma coisa. Para alguns isso não parece verdadeiro.
Os moralistas são os mesmos q dizem “menos reza e mais bandidos “. Daí os guris vão gastar o dinheiro q ganharam (não roubaram ), e reclamam. Nossa torcida tá chata pacarai.
e por termos torcedores apoiando esses mercenarios a receberem milhoes para andarem na noite que estamos com o clube nesta stuacao
Não sou chegado a moralismos. Aliás, sou: a ‘moral’ de conquistar algum título pro clube e torcida uma vez na vida, em vez de somente abocanhar milhões. Não me interessa se por profissionalismo (fazer jus ao que recebem e ao que dizem praticar no contrato) ou por vontade/vaidade de serem reconhecidos como vencedores.
Mas queria que tivessem gana de se aprimorar e vencer tanto quanto tem de aumentar suas fortunas (e quem sabe pegar uma meninas e virar litros de whisky).
Heheheheh baita!!!
Liberdade e responsabilidade. SIMPLES.
Procurar o “carinho” que o “MUITOS DINHEIROS” (isso mesmo) lhes proporciona é válido, aceitável.
Encher o rabo de álcool 3 dias da semana, sendo atletas de minha entidade, aí não!
Se realmente estão nesse ponto, mostra a verdadeira bosta que o GRÊMIO se transformou.
Castigo para esses pilantras mercenários.
Campeões da noite, rebaixados na profissão.
Desumano é jogar quarta e sexta kkkkkkkkkkkkkkkkk tamo cagado
Não é questão de moralismo, é de ser um pouco responsável e até inteligente. Se meu trabalho exige o máximo da minha capacidade física e mental, eu enchendo a cara na noite, com 100% de certeza não vou ter meu melhor rendimento no dia seguinte. Imagine isso, 3 vezes por semana, se de fato é assim.
Bem isso. Futebol hoje é esporte de alto rendimento. Impossivel ter rendimento se cair na farra 3 dias por semana. É obvio que todo mundo tem o direito de tomar um trago, se divertir etc, mas quem tem por profissão um esporte de alto rendimento, deve pegar leve no trago, na festa etc. Faz parte da escolha profissional, ou abre mão ou vai fazer outra coisa que a cachaça não influencie tanto. Não é questão de moral, é o óbvio. Mas cada um faz o que quer com a própria vida, só nao adianta reclamar q o calendário é puxado, q ta cansado etc…aí é muita cara de pau.
Perfeito.
Mas vai explicar isso pros defensores incondicionais dos pobres abnegados guerreiros que temos no Grêmio atual… Cheios de títulos dedicados à ingrata torcida, e salários minguados. Me engana que eu gosto…
Exatamente.
Cada escolha traz consigo várias renúncias. Eles escolheram essa profissão, estão em um clube de elite, são atletas e como tal, precisam seguir determinadas condutas, principalmente às vésperas de jogos.
Discursinho muito lindo. Infelizmente não se aplica.
Um trabalhador normal deixa a farra pra DEPOIS do trabalho, nunca ANTES.
Esse é o grande problema no Grêmio.
A Instituição sempre fica pra DEPOIS.
E o profissionalismo? E o torcedor que paga mensalidade e está carente de título? Peregrinei por anos nas peneiras de categorias de base de diversos clubes do interior e da capital. Infelizmente, não fui entendido como “humano” por nenhum treinador da base. Por gostar de mulher, cigarro, cerveja e carreira de cavalo, não demorou muito para achar minha verdadeira profissão… encerrei a brincadeirinha de futuro jogador de futebol e fui estudar Direito na Unisinos kkkkkkkkkkkk então consegui ser feliz sendo humano e trabalhando kkkkkkkkkk