Grêmio Libertador

Cortando a figueira

A escalação mostra a tendência do Felipão de deixar o meio mais leve jogando em casa. Biteco, Riveros e Ramiro fizeram o meio de campo, enquanto Luan, Dudu e Barcos figuraram no ataque. Essa escalação tende a mostrar mais situações de 4-3-2-1 ou mesmo 4-3-3 do que o 4-1-4-1 claríssimo com o Wallace. E eu gosto muito da presença do Riveros na esquerda, chegando junto com os atacantes. O adversário era um time que estava mais pra lá do que pra cá e viria fechado.

Até por isso, demoramos muito para conseguir chegar de maneira consistente ao gol. Nossa melhor chance foi a cabeçada do Luan na trave. Mas já havíamos chegado com o Barcos que cruzou pro Zé (e não estava impedido – embora o Batista tenha inaugurado a pérola do lance onde o bandeira acertaria marcando ou não o impedimento) e com aquela cruzamento do Luan pro Dudu, quando eu tive impressão de pênalti (mas não dá pra saber, né, porque a porcaria da transmissão do Premiere não repetiu). De qualquer forma, logo depois, foi a vez do Zé entrar na área e o zagueiro carregar a bola com o braço no meio do carrinho. Lance besta, mas, pra mim, pênalti. Barcos fez seu 13º gol e 28º na temporada (olha, ainda dá tempo de fazer mais 14 e calar a boca da maldita imprensa com 28 de média em dois anos).

Fomos para o intervalo com uma boa vantagem.

Bola voltando da trave na cabeçada do Luan. Lance tirado da transmissão.

No segundo tempo voltamos buscando sair no contra-ataque e matar o jogo. Começamos bem, ocupando os espaços mas arrematando de forma displicente. Até os 15 da primeira etapa tivemos ao menos cinco chances claras de gol, uma delas com o Barcos que preferiu enfeitar do que fazer o gol. Mas eles tinham mais organização no meio e estávamos esperando no 4-4-2, com Dudu no meio e Luan na frente. Pra tentar recuperar o setor, entrou o Wallace e tínhamos uma linha com quatro jogadores conhecidos como “volantes”.

O resultado não foi bom. Embora conseguindo afastar o time de Santa Catarina da área, dávamos muitas faltas e bolas aéreas para nos preocupar e perdemos completamente o contra-ataque. Dudu voltava demais, não sobrava pra fazer parceria com o Barcos. Em alguns momentos até o nosso camisa nove voltou pra intermediária. Pra tentar corrigir isso, a entrada do Erik, já aos 40. E até os 49 ainda entrou o Ruiz (não sem antes tirar a paciência do Felipão por algo que parece não ter entendido). Mas não havia tempo pra mais nada. O resultado tava garantido, apesar daquela expectativa que sempre temos quando é visível que perdemos alguma coisa.

Agora, bola pra frente. Vamos buscar três pontos em Curitiba. Precisamos.

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