Grêmio Libertador

Dá pra passar

Muita combatividade. Esse foi o que se viu durante todo o primeiro tempo onde os dois semifinalistas da Copa do Brasil se enfrentaram com as prováveis escalações da partida do mês que vem. O Palmeiras sem Valdívia (que não viu a bola hoje no segundo tempo) é muito limitado no meio, chegando mais pela imposição física do que qualquer outra coisa. O Grêmio com o Marco Antônio marcado também. E esse foi o maior mérito do nosso antigo técnico: só deixar a função de terceiro atacante para o nosso armador. O capitão deles fez uma marcação implacável, muitas vezes pessoal, e aí, o cara das ideias do meio, sumiu. Perdemos um penalti (tá ficando chato isso), mas eles chegaram apenas uma vez na área, bem cobertos.

Porém, depois desse momento do penal, tivemos uma boa demonstração do que nos espera na Copa do Brasil. E foi ótimo para todos os envolvidos. Para os jogadores, para poder mostrar que, mesmo que se perca um penalti, o jogo não terminou e é preciso continuar jogando. Depois do erro o Léo Gago simplesmente inexistiu, parecendo guri que quer resolver tudo sozinho. O time ficou nervoso como se tivesse que virar o jogo – erros de posicionamento e, acima de tudo, passes, passaram a dar a bola ao Palmeiras que, para a nossa sorte, não tinha quem soubesse o que fazer com ela. Isso não pode se repetir na CB.

No segundo tempo o Felipão tentou botar alguém para resolver o problema. Aí a torcida teve a sua chande de aprender. O Palmeiras começou a ficar com a bola e a impaciência do torcedor botou alguma dificuldade extra no jogo. Ao invés da empolgação, muita apreensão e muitos momentos de absoluto silêncio (óbvio, descontando a Geral). O jogo pendeu para esse lado até o Luxemburgo resolver dar pra gente também algum cara diferente: e a entrada do Rondinelly deu a movimentação que o Marco Antônio não conseguiu dar. Bem aberto, o meia conseguiu acabar de cansar o capitão deles (que acabou substituído) e dar vida nova ao time, que voltou ao comando da ação e trouxe a torcida junto. Esse momento de transe e desapontamento da torcida não pode se repetir na CB.

E o juiz era muito ruim. Isso também podemos esperar, ainda mais com a pressão pela não marcação de uma penalidade para eles no fim do jogo. Ele errou o tempo todo, para os dois lados. Eles tiveram muito mais prejuízo com esse lance mas só nós fomos amarelados, o que é bem ruim também. Sem contar com inversões de faltas das mais diversas. Só parei de encanar com isso quando o Marcos Assunção saiu do jogo. Devemos nos preparar para pressionar muito a arbitragem na Copa do Brasil.

Temos muitas coisas para corrigir, mas eu fecho por esse resultado na Copa do Brasil. E Luxemburgo e Felipão mostraram para quem quiser ver que ainda são muito bons em montar times e ler o jogo. Só não vê quem não quer.

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