De virada: Grêmio 3×1 Ponte Preta

1 Postado por - 16 de julho de 2017 - Artigos

Hoje foi o dia da virada. Algo que fazia tempo que não víamos. Nesse ano, em casa, nessa competição, ainda não tinha acontecido. E foi como deveria ser: radical, forte e dramática. Mais ou menos como a virada do tempo. Ontem todos estavam de mangas curtas em um dia agradável de primavera com seus 20 e tantos graus e limpo. Hoje cerca de 20 mil encasacados gremistas estiveram na Arena para ver o tricolor voltar a vencer.

Depois de duas derrotas consecutivas em casa nada melhor que uma virada naquela vibe. Se o Corinthians soube nos controlar e pouco criamos, o caso não se repetiu contra o Avaí. Mas o resultado negativo, sim. Era provável que a Ponte fosse um adversário intermediário. Marcando igual, mas sem a qualidade do Corinthians e sem a sorte do Avaí. E a coisa parecia mesmo que seria assim. Com a escalação ideal pressionamos e obrigamos o Aranha – vestido igual a um marca texto, provavelmente ação de marketing do patrocínio da manga – a fazer duas boas defesas ainda antes dos 30.

Porém, logo em seguida, o jogo deu uma virada. Num lance despretensioso na linha de fundo, Lucca cruzou e o Thyere, mais uma vez, acabou desviando a bola para o gol. 0x1 em casa, já vimos esse filme. Mesmo jogando melhor, já vimos esse filme. Contra um adversário que só queria defender, já vimos esse filme. E o primeiro tempo terminou assim. Com o time sem quebrar as linhas do adversário e só tendo opção de chutar de fora, já vimos esse filme. E sem chutar, porque tava tudo obstruído, já… bem, vocês entenderam.

Na volta para o segundo tempo o Renato, que já tinha visto aquele filme tanto quanto a gente, resolveu pular logo para a parte da ação. Entrou o Fernandinho no lugar do Arthur. Eu queria que o Grêmio tivesse um Lincoln em campo para quebrar aquelas linhas com passes. E eis que quem fez isso foi o Ramiro. A virada nas ações veio justamente da sua mudança de posição. Hora correndo com a bola ao invés de passar curto, hora fazendo a bola correr com belos passes longos igual ao Maicon, o camisa 17 bagunçou toda a defesa do adversário.

As linhas abriram. A de zagueiros ficou mais perto do gol pela possibilidade de bolas em velocidade no 1×1 de Luan, Barrios, Pedro Rocha e Fernandinho. A de volantes tentou se adiantar para pegar o insistente Ramiro. Aí, junto com marcação alta, viramos o jogo. Primeiro com uma jogada de GÊNIO do Pedro Rocha, que deu um balãozinho de calcanhar no seu marcador e tocou para o Barrios que jogou pras redes. Mas, efetivamente, a virada veio de um pênalti meio mandrake no Fernandinho. Nada de muito grave, já que o juiz sonegou um claro numa tentativa de cruzamento do Edílson, que claramente bateu na mão do zagueiro. Barrios fez aquilo que eu queria ver nos outros dois que perdemos: bateu forte, alto e acabou acertando no ângulo.

Aí o que virou foi a atitude da Ponte. Atrás do placar, desfez a retranca e tentou ir pra cima. Ninguém mais tinha dores, ninguém mais tinha motivos pra reclamar. Ninguém rolava pedindo atendimento. E ninguém mais assustou o Grêmio desde que o Lucca acertou um belo chute de fora da área pra boa defesa do Grohe. E aí foi a vez do Grêmio se concentrar em contra-atacar. Aos 42 veio o tiro de misericórdia. Em uma grande troca de passes que veio da direita, Luan recebeu no meio do campo. Viu a entrada em profundidade do Ramiro que escorou para o Everton fuzilar de cabeça e fechar o placar. Um golaço.

No meio desse monte de viradas, a única coisa que ainda não virou foi o disco. Ainda tem quem diga que tem raiva do Aranha desde 2014. Como se a culpa fosse dele. Preconceituoso é o gremista que entra em campo preparado para vaiar alguém que não deu motivo algum para isso. Não quem foi magoado pela ofensa. Ele pode dizer o que quiser da torcida do Grêmio enquanto seguirem dando razão pra ele. E foi o caso hoje. Outra vez. Ele não é obrigado a perdoar ninguém. Ainda mais se aquele grupo segue machucando ele de graça.

Quando vamos virar uma torcida que não é racista DE VERDADE?

PS: se tu acha o teu “direito de vaiar” um adversário maior que isso acho que tu não te deu conta do que está envolvido. E isso é racista sim. Se não no ato, no dar justificativa pros racistas. Não seja um desses.

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26 + comentários

  • betho 16 de julho de 2017 - 22:38 Responder

    Então quer dizer q se o jogador adversário q fizer cera o jogo todo for negro não pode vaiar q será um ato de racismo? Na boa vcs são doentes.

  • Mano 16 de julho de 2017 - 23:24 Responder

    Mas tu não viu que um menino fez um cartaz pedindo desculpas pro Aranha?
    Se contra o Santos uma guria que gritou macaco serviu pra classificar uma torcida toda é um estado todo como racista, pela lógica um cartaz de desculpas da mesma forma tem que desculpar o clube, sua torcida e um estado inteiro.

  • Fagner 16 de julho de 2017 - 23:32 Responder

    Betho e Mano: a vaia começou ANTES dele fazer qualquer cera. Eu nem vi se rolou na hora da apresentação dele no telão – não fui no jogo – mas não me surpreende que tenha sido vaiado. Se vaiam nossos atletas, imagina nesse caso.

    Em qualquer outro caso que não tenha o histórico que tem com o Aranha é tranquilo vaiar adversários. Não entender isso é ser, no mínimo, teimoso. Na real é diminuir o caso (ou seja, ser conivente com racismo).

    Saludos,
    Fagner

  • Mano 17 de julho de 2017 - 00:08 Responder

    Fagner, eu concordo com vc que não precisava variar, seria melhor esquecer tudo isso e segue a vida.
    Mas sinceramente, eu não vi vaias contra um negro hoje, eu vi vaias contra alguém que “prejudicou o grêmio”.
    Como vimos vaias contra o pilantra.
    Entendo que o caso seja mais delicado, mas é uma puta hipocrisia que o Aranha quer um mundo melhor, mais justo. Ele teve a oportunidade de fazer diferente quando o racismo foi no Santos, mas preferiu abafar.
    Ok, ele não é obrigado a aceitar desculpas, não é mesmo.
    Mas quando não aceita, ele também passa uma mensagem.
    Mensagem de alguém que só quer vingança. Quer vingança contra adversários, contra todos os viadinhos que questionam sua forma física.
    O grêmio e torcida tem culpa, têm.
    Mas não vamos relativizar e achar que esse Aranha não é um puta oportunista, com indignação seletiva e fecha os olhos pra racismo quando lhe convém.

    • Fagner 17 de julho de 2017 - 11:14 Responder

      Quem prejudicou o Grêmio foi quem agrediu ele chamando de macaco. O Aranha nunca prejudicou o Grêmio. Enquanto não entenderem isso seguirão sendo injustos com ele e dando motivos pra ele detestar o Grêmio. E mais: acreditar nessa loucura que ele “prejudicou o Grêmio” e merece as vaias não é vingança? Só quando parte dele é que é?

      Saludos,
      Fagner

      • Mano 17 de julho de 2017 - 15:34 Responder

        Concordo contigo. Não estava justificando, mas interpretando o sentimento da torcida. Tanto que disse que era melhor ficar quieto e seguir a vida.
        Mas continuo achando que esse Aranha só se ofende quando interessa.
        Não muda o fato, mas é um atenuante no mínimo curioso.

  • Gilberto Rezende 17 de julho de 2017 - 02:21 Responder

    Vamos colocar os pingos nos is, o Aranha não é um líder quilombola ou um ativista da consciência negra. É um atleta de futebol BALAQUEIRO, CATIMBEIRO e casado com uma branca loira (natural ou farmacêutica não sei ao certo). Ser xingado no campo de jogo é a coisa mais comum do planeta e querer passar este cachorro que um afrodescendente daquele tamanho ficou moralmente abalado porque uma dúzia de abobados estava o xingando no meio de milhares de torcedores é ser muito condescendente com a pilantragem esportiva de um goleiro que PROVOCOU A TORCIDA com cera e se dirigindo a arquibancada e depois se fez de vítima.
    Aquele exibicionista do cartaz é o mesmo pai da criança que tinha o cartaz do Tio Roger sua “desculpa” tem o mesmo valor dos conselhos e opiniões da Gessy Arruda, PURO HOLOFOTE.
    Eu quero mais que este viado do Aranha vá pros quintos dos infernos e é falso como uma nota de 3 reais.

    • Fagner 17 de julho de 2017 - 11:16 Responder

      Não é comum, é crime e merece ser punido toda a vez que ocorrer. Ele não precisa ser líder quilombola, nem ativista e nem se casar com quem tu acha que ele deve casar pra merecer não ser agredido.

      Saludos,
      Fagner

  • Raukoores 17 de julho de 2017 - 08:27 Responder

    O Aranha não tem obrigação de aceitar as desculpas, e não foi ele que prejudicou o Grêmio, foi nossa própria torcida. Dito isso, acho vacilo ficarem pegando no pé dele,mas acho complicado pedir pra não vaiar aquele atleta específico que tem aquela treta conosco. Na real proponho uma salva de palmas da próxima vez que ele entrar em campo, por nos ajudar a combater o racismo na nossa torcida, e depois acabou. Quem quiser vaiar pode, cada um por sí.

  • Gilso 17 de julho de 2017 - 08:58 Responder

    Fiquei indignado com a falta de respeito que o time da Ponte teve desde antes de entrar em campo! Não esperar o time da casa para entrar e seguir um Protocolo… é de uma arrogância imensurável. Faltou ao Grêmio sangue nos olhos no primeiro tempo como teve no segundo, e a nossa apreensão não seria tão grande, mas o que importa é a vitória, os três pontos e dois a menos na caça ao Líder.

    Barrios fez um tutorial de como bater um pênalti e acho que agora temos batedor oficial (que também perde pênaltis as vezes). E Kannemann faz uma falta danada.

    No mais… vamos ao Nordeste jogar bola, porque curtir praias e tirar fotinho é pra quem não tem objetivos esse ano!

    #reidecopas
    #serieA

    • Artur Wolff 17 de julho de 2017 - 10:40 Responder

      Ia comentar, li este, e disseste tudo, sobre Kannemann, Barrios e a carimbação de bola até tomarmos o gol. Isto tem ocorrido já excessivamente.
      Em compensação só o último gol já valeu o ingresso!!!

  • Ezio 17 de julho de 2017 - 09:43 Responder

    Deveriamos estar debatendo sobre o time que conseguiu superar uma zona de turbulência com autoridade e retomando o bom futebol na caça da liderança mas mais uma vez o assunto termina sendo o palhaço do Aranha. O cara conseguiu simplesmente eliminar o GRÊMIO de um campeonato pq OITO abobados (dados oficiais do MP e da Policia Civil) fizeram xingamentos que por mais condenáveis que sejam rolam direto em qq campo de futebol e queria que fosse recebido como ? E ainda amarrando em cada cobrança de tiro de meta como ele queria que fosse recebido ? Não quer ser vaiado não seja atleta (em qq esporte dependendo de onde for pode sim ser vaiado). E ainda com a cara de pau de querer generalizar um estádio, uma torcida e um estado inteiro. O fato de esse elemento estar jogando na Ponte Preta já é uma consequência de seu caráter totalmente duvidoso. Se fosse mesmo um goleiro de destaque estaria em um grande clube não na Ponte Preta. Antes que alguém me venha com o atraso de vida do ditado “quem bate esquece quem apanha não esquece” vamos lembrar que todos nós em algum instante da vida sofremos alguma ofensa ou insulto e o cara que é ganhador simplesmente olha pra frente e evolui. Ficar remoendo mágoas é atraso de vida. “o vencedor não é quem bate mais mas quem continua na luta por mais que esteja apanhando” by Rocky Balboa.

    VAMO GRÊMIO !!!!

    • Artur Wolff 17 de julho de 2017 - 10:48 Responder

      O negócio daqui prá frente é torcer com uma mãozinha na frente da boca como fazem jogadores árbitros e assessores em campo………..para fugir desta onda paranóica do politicamente correto, kkkkk.

      • Ezio 17 de julho de 2017 - 16:37 Responder

        Artur concordo plenamente… Até caras estudados em comportamento humano como antropólogos, psicanalistas e historiadores em geral afirmam com veemência que “não dá pra se levar a sério o que rola em uma arquibancada ou em nas cadeiras de um estádio” agora temos que aguentar a patrulha dessa gente tendo que pautar como tem que se torcer… No ano passado fui a Peppas vs GREMIO no Allianz Parque e acho que essa turma se escandalizaria com termos como “gambazada” como palmeirenses se referem aos corintianos…

    • Fagner 17 de julho de 2017 - 11:18 Responder

      Quem eliminou o Grêmio da Copa do Brasil foi a própria torcida do Grêmio que acha que cantar uma ofensa racial (macaco) é de boas.
      E se não parar de fazer isso não vai ser a última vez.

      Saludos,
      Fagner

      • Ezio 17 de julho de 2017 - 13:44 Responder

        Fagner foram OITO pessoas (comprovados pelo MP e Policia Civil após análise das câmeras da Arena) não a torcida toda. O que esse palhaço faz é ficar querendo chamar a atenção. O Santos nem quis ficar com ele, foi pro Palmeiras e as peppas mandaram ele embora tb. O único lugar onde esse elemento tem alguma notoriedade é na Ponte Preta mesmo. Como comentei antes ficar fazendo esse tipo de xingamento é condenável mas acontece em qq jogo já vi até em jogo do Corinthians esse tipo de xingamento.

        • Fagner 17 de julho de 2017 - 15:28 Responder

          Oito pessoas se sentiram autorizadas a chamar alguém de macaco porque milhares de torcedores cantam que colorados são macacos e defendem que isso não é ofensa. É bem simples, até. E achar que “macaco é do jogo” é naturalizar racismo. Em 2017 isso não é mais possível. Racismo é crime e seguirá sendo denunciado e punido.

          Saludos,
          Fagner

          • Ezio 17 de julho de 2017 - 15:38

            Fagner agora 30 mil pessoas (publico na Arena naquela noite) são culpadas pq OITO abobados falaram m* praquele goleirinho meia-boca ? E com o agravante que o clube se esmerou na identificação dos caras, se tivesse sido negligente até caberia alguma sanção. Já foram feitos inclusive estudos sobre a origem do termo “macaco” pra cima dos morangos e o engraçado que as 2 mais prováveis origens não tiveram conotação racista. Se for olhar por esse lado o termo “gambá” que é usado pra cima de corintianos em SP deveria ser tido como racista e o “urubu” pra cima dos flamenguistas tb deveriam ser levado pro lado racista e não vejo nem corintianos e nem flamenguistas melindrarem com isso. Os únicos que ficam de mimimi são os morangos (como se fossem os torcedores mais corretos do mundo).

          • Ezio 17 de julho de 2017 - 15:42

            Aquele episódio com mto boa vontade caberia uma punição de 1 ou 2 jogos com portões fechados mas jamais uma punição pra cima da instituição só pra finalizar…

          • Fagner 17 de julho de 2017 - 16:04

            Ezio, sim. Até quem não estava lá e defende que macaco não é ofensa também é culpado pelo que aqueles oito fizeram. O clube identificou e se esforçou pra tentar atirar a sua responsabilidade neles e escapar da exclusão do campeonato. E conseguiram, levaram 3 pontos de penalidade. Se o Grêmio tivesse realmente preocupado com racismo nem o Nestor Hein e nem o Adalberto Preis voltariam a ter cargos importantes no Grêmio – já que falaram um monte de merda no twitter e nunca pediram desculpas (o Hein falou outra vez ontem na rádio).

            Saludos,
            Fagner

  • Ricardo Brum 17 de julho de 2017 - 12:14 Responder

    MUITO OBRIGADO, Fagner.
    É um alento ver um mínimo de razoabilidade sobre o assunto do último parágrafo nesse mar de chorume que surgiu desde ontem.

  • Artur Wolff 17 de julho de 2017 - 12:44 Responder

    Se ao final de um jogo você ali no túnel da Arena gritar para um juiz de raça negra:
    “Negro e/ou macaco”; você vai preso e seu clube é eliminado da competição, mas se for:
    “Corno, filho da puta, ladrão, sem-vergonha, mau-caráter, vendido; não dá nada, todo mundo vai prá casa e tudo bem.
    Este é o mundo hipócrita onde vivemos.
    Cada um que tire suas suas conclusões.

  • Lucas da Cunha Falcão 17 de julho de 2017 - 12:45 Responder

    Dizer que é normal vaiar alguém que esteja fazendo cera, é ignorar que a vaia que deram no Aranha é completamente desproporcional às vaias dadas contra outros goleiros adversários que fazem a mesma coisa contra o Grêmio na Arena. E as vaias continuaram na mesma intensidade quando a Ponte estava atrás do placar, e portanto não fazendo mais cera (e só contra o Aranha). Foi constrangedor. A culpa da punição ao Grêmio é dos próprios torcedores que ofenderam o Aranha em 2014, e se a pena foi desproporcional e se, em outros casos não foi aplicado o mesmo rigor, a culpa também não é do Aranha, e sim do STJD.
    No episódio de 2014 não havia argumentos para se falar que a “torcida do Grêmio era racista”, tendo em vista que que a atitude partiu de alguns poucos torcedores, Já ontem a vaia partiu da grande maioria do Estádio o que em nada melhora a imagem do clube, pelo contrário. Acho que das próximas vezes que o Aranha for jogar na Arena o torcedor deveria fazer uma reflexão sobre todo o episódio, antes de sair de casa, pois a intensidade em que foi vaiado o Aranha ontem foi bastante constrangedora.

  • IsraGrêmio 17 de julho de 2017 - 19:56 Responder

    Têm que pressionar quando jogamos em casa mesmo. Aqueles que querem deixar nossos oponentes se sentirem bem na nossa casa que olhem o jogo pela tv.

  • Oliver 18 de julho de 2017 - 00:22 Responder

    O que eu acho, sinceramente, é que tem demagogia demais nisso tudo. Que fique claro, que não sou complacente com o racismo nem tampouco o incentivo. Houve um caso de racismo, os envolvidos foram punidos, o clube foi (desproporcionalmente) punido – Se fosse um Corinthians, tinha fica um ou dois jogos sem torcida, no máximo -, e essa porcaria toda já passou.

    Aí, o que temos? Um sujeito mau caráter que combate racismo com… preconceito. Sim, um sujeito que vem e fala que o SUL INTEIRO é racista e máu caráter, este é um sujeito extremamente preconceituoso. Ou seja, o que de diferente ele tem daqueles que, criminosamente, o rebaixaram como ser humano? A luta dele é legítima, isto todos de bom senso concordam. Agora combater com preconceito, condenando toda uma parte do Brasil (como se o resto do Brasil fosse um paraíso para os negros), isto não passa de preconceito e torna este sujeito tão máu caráter quanto aqueles que atentaram contra a sua dignidade.

    Trata-se de um oportunista, que ao ser vaiado por todos por sua generalização ao tratar do povo do sul, traz todo um assunto à tona novamente, somente demonstrando toda sua demagogia, mau caratismo e falta de compromisso com à sua luta.

    Por mim, deveríamos todos parar de dar ibope para este pilantra. Pois sua luta é legítima, e estou do seu lado. Mas seu preconceito, me faz perder toda a credibilidade deste sujeito!!!

    • Beckistuta 18 de julho de 2017 - 09:09 Responder

      Perfeito, Oliver.

      E a luta do Aranha não é legítima, ele sequer luta por coisa alguma que não seja para ganhar alguns minutos de fama (basta ver a entrevista dele no início do ano com teor homofóbico). Há MUITA gente de bem que luta sim pela causa anti-racismo. Este indivíduo, com o comportamento que tem e declarações que dá acaba mais atrapalhando do que ajudando a causa.

      E como você bem disse, o clube e outros envolvidos foram punidos. Quem está revivendo este assunto são alguns torcedores gremistas querendo pagar de justinos (a palavra da moda no RS) e o próprio Aranha que fez todo um teatro durante o jogo para aparecer em horário nobre na Rede Globo esta semana (imagino que alguns aqui irão comprar pacotes de pipoca e assistir ao programa de forma bastante entretida).

      A vaia é uma forma (ainda) legítima de demonstrar insatisfação ou indignação. Será que até isso querem limitar? E, desculpe-me, quem associa a vaia num caso desses ao racismo é por sua natureza quem realmente tem pré-conceitos enraizados.

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