Grêmio Libertador

Derrota em casa

E não deu. Perdemos a invencibilidade em casa contra o São Paulo, 2×1. Um jogo daqueles normais, onde o treinador adversário deu uma tunda no nosso e, contando com a sorte e a falta de leitura do jogo da nossa parte, meteu uma vitória em uma proposta retrancada com boa saída de bola. Apenas quatro jogadores ficaram responsáveis por atacar e conseguiram vantagem contra a nossa defesa. Não era preciso dois volantes. Agora é lamber as feridas e seguir em frente.

Primeiro tempo e ninguém esperava esse amontoado de zagueiros no São Paulo, do badalado treinador colombiano que eu não levava fé. Porém, o esquema deu certo. Uma linha de quatro atrás que não saíram dali nem pra ir pro intervalo, um zagueiro na frente da zaga, dois laterais fazendo armação, Pato e Ganso mais à frente, porque o Ganso não sabe fazer nada além de ser craque e o Pato era o único atacante. A estratégia era clara: isolar os 4 atacantes do Grêmio, forçar os volantes a subirem e sair de trás em velocidade. Defender em 4-1-4-1 e atacar em 4-2-3-1.

Resultado? Dominância do São Paulo, ao menos até o fazerem o gol, aos 35, com o Pato, exatamente em um contra-ataque. O São Paulo assumiu a sua condição de time pequeno, jogou assim, e se deu muito bem. Depois do gol, mais ainda, se jogou mais pra trás e aí nós começamos a jogar melhor. Luan foi pra ponta esquerda, Douglas veio pra direita, Fernandinho entrou quase de centroavante, muita troca de posição e passes rápidos. Mas ainda não conseguimos fazer o gol. Fernandinho e Giuliano tiveram as melhores chances.

Edinho, o desnecessário, seguiu até o final. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Segundo tempo e precisávamos mudar. Não era necessário dois volantes e, embora o Wallace fosse disparado o melhor para seguir jogando, tinha amarelo. Mas não. A ideia foi seguir da mesma forma, o Grêmio ser inofensivo no quarteto final porque eram quatro defensores do São Paulo e mais um zagueiro backup. As alterações começaram pelo São Paulo, que começou as mudanças vendo espaço para uma nova investida e tirando o lateral da frente, botando um atacante. Roger mudou o óbvio, o que não era necessário, e trocou o Fernandinho pelo Bobô. Aí sim, o São Paulo pode assumir tranquilamente a posse de bola porque não tínhamos vantagem ofensiva e eles tiraram o zagueiro backup para colocar um volante com boa saída.

O Grêmio seguia chegando em jogadas esporádicas, com os volantes sendo obrigados a fazer a criação, ainda mais depois da segunda alteração tosca com a saída do Douglas para  a entrada de mais um atacante, o Everton. E, finalmente, aos 38, saída do Wallace para a entrada do Pedro Rocha – que seguiu ali, na mesma faixa, onde era para estar o Douglas ou o Maxi. Pra piorar, num outro contra-ataque levamos o segundo gol, em outra jogada que lembrou o Valdir do Vasco, aos trancos e barrancos.

Ainda conseguimos diminuir aos 47, com o melhor ponteiro que temos, que, tomara, deixe finalmente de ser opção a dois caras muito piores (Fernandinho e Pedro Rocha) e receba uma oportunidade de titular: Everton fez o gol depois de uma furada do Bobô. Só não tivemos a chance de fazer um final inesquecível porque o 32 tropeçou sozinho e perdeu o último lance gremista do jogo.

Agora chega de olhar para o Corinthians. Vamos olhar pra trás. A vantagem de 6 diminuiu para 4. Precisamos voltar a vencer o Atlético Paranaense.

 

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