Derrota fora: Banguzinho 0x1 Bruno Grassi

0 Postado por - 30 de março de 2017 - Artigos

O jogo de ontem foi tão ruim que não consegui fazer o pós-jogo, fui vencido pelo sono. Também pudera: a escalação do time reserva já dava indícios que não teríamos interesse nenhum no jogo. O que é, na verdade, um grande problema: num mundo ideal os reservas estariam dando o sangue para mostrar que podem ser aproveitados. Mas na lista haviam jogadores em situação bem cômoda: Fernandinho, Everton, Michel, Jaílson, Thyere, Bressan e Bruno Grassi, mais de meio time, tem recebido chances em profusão e sabem que são substitutos imediatos nas suas posições.

Sobraram apenas Cortez, Leonardo, Lincoln, Gastón Fernandez para provarem alguma coisa. E a montagem do esquema do Renato colocou o argentino como falso nove e o Lincoln por trás dele, no meio da linha de 3 com Fernandinho e Everton. O que, claramente, não funcionou. E se o treinador não mandou o quarteto ofensivo pra campo nessa composição então ninguém deu bola, porque foi assim que jogaram na maior parte do tempo.

Nos primeiros 20 minutos o Grêmio tinha a bola mas não assustava. Criou vários escanteios, mas não por espalmadas do goleiro, foi naqueles lances que alguém tenta cruzar na ponta e bate no zagueiro. Não tinha ninguém na área pra receber cruzamento, então, não fazia nem sentido. E nas bolas paradas Lincoln foi sofrível. Aliás, no passe também. Muitas jogadas morreram por decisões erradas do guri. A melhor chance do tempo surgiu de uma rateada do Michel, que perdeu a bola. Thyere quis cavar uma falta mas o lance seguiu e o adversário chutou pra boa defesa do Grassi.

Segundo tempo sem mudanças de nome, mas com mudança de postura. Nos primeiros minutos os volantes começaram a chegar mais perto e tentar chutar de fora. Nada de muito perigo. Maxi Rodriguez entrou no lugar do Gastón Fernandez e fez mais pelo time que os onze que estavam em campo até aquele momento. Voltou pra linha dos volantes para iniciar a jogada, coisa que ninguém fazia. E acertou bolas altas em escanteios, coisa que também não ocorreu. Porém, foi justamente numa de suas jogadas que o gol adversário se originou.

Maxi pegou a bola do volante na ponta direita, limpou dois e puxou pro Lincoln fazer o pivô. Ao invés do meia lançar o uruguaio na corrida – ele passou do seu lado, em vantagem sobre o marcador – resolveu mandar um passe pro Michel, que estava vindo no círculo central. A bola foi horrível, nas costas do volante, que não conseguiu dominar. Aí perdemos a posse e, na sequência, o nosso camisa cinco fez a falta para matar a jogada, ganhando o amarelo. Não era uma jogada perigosa, mas o Desgrassi resolveu repetir o Eduardo Heuser e engoliu um PERÚ.

Grassi, o nome do jogo. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr).

O Grêmio que já não criava nada não fez mais merda nenhuma. E o final do jogo foi melancólico. Na próxima fase o Grêmio enfrenta o Veranópolis, fazendo o  segundo confronto em casa.

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3 + comentários

  • Adilson 30 de março de 2017 - 17:27 Responder

    Realmente foi uma Desgrassi essa partida. De quem não esperávamos nada não saiu nada mesmo. Acho que se salvaram Arthur, Maxi e Thyere, mas lembrando que o Gastón tem bola no corpo, falta mostrar mais disposição e vontade argentina.

    • Fagner 30 de março de 2017 - 19:33 Responder

      Eu acho que falta acharem onde ele deve jogar. Todas as vezes que entrou até agora parecem mais testes do que um posicionamento pensado pra ele (como tem o Miller e o Douglas, por exemplo). Conforme o Renato conhecer ele acho que tende a melhorar.

      Saludos,
      Fagner

  • Hans 30 de março de 2017 - 23:23 Responder

    Fagner, lembra do Thiago? Falhava em bolas aéreas mas tinha um ótimo reflexo. Depois foi colocado na geladeira e deixou o Grêmio. Vendo hoje o Grassi e o Léo jogar, me parece que era melhor o clube ter investido mais no Thiago. À sensação que fica é que o Grêmio não tem goleiro reserva.

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