Domínio e classificação

1 Postado por - 15 de abril de 2015 - Artigos

Já são 14 jogos sem saber o que é uma derrota. Desde o dia 14/02, quando perdemos para o Veranópolis, na Arena. O “ultrapassado” Felipão vem seguindo na sua velha política: protegidos contestados no time titular, reclamar muito da arbitragem, blindar vestiário e futebol de resultado. E, com isso, sempre chegando. Agora em mais uma fase da Copa do Brasil.

Eles vieram num 4-2-4, praticamente, visto que a linha de frente do que seria 4-1-4-1 pressionava nossa saída de bola. Além disso, marcação individual no Douglas (o Neto, 7) e, se não isso, quase, no Luan (Negreti, o 5). Mas a vantagem técnica era muito grande e conseguíamos trabalhar a bola porque ainda sobravam Giuliano, Maicon e até o Bastos. A presença no ataque do Matíaz fazia com que tivéssemos um 3-4-3 por diversas vezes, com Luan e Giuliano entrando bastante e uma linha com os dois volantes, o Douglas e mais o argentino como opção. Mesmo com marcações dedicadas, era difícil marcar todo o mundo.

O resultado foi um primeiro tempo de muito domínio. Logo dentro dos dois primeiros minutos já tivemos a primeira chance com o Douglas (que reclamou toque de mão do zagueiro que impediu o gol). Depois belo chute no canto inferior esquerdo do Giuliano que só não foi gol pela elasticidade do goleiro. Seguiu-se um belo arremate do Luan, pra fora, em ótima enfiada do Giuliano. Depois, mais um petardo do nosso 11. Aí, mais um belo chute do Luan, na trave. Aos 30 minutos, um milagre do Campinense: Braian Rodriguez chutou, o goleiro pegou; no rebote, Giuliano bateu, o zagueiro tirou, ele bateu novamente e, com mais um desvio, escanteio. Campinense teve duas boas chances, mas o domínio era amplamente nosso. Aos 35, mais um erro ridículo de cabeça do Braian (segunda seguida, diga-se). No fim do primeiro tempo, mais uma boa chegada com conclusão do Marcelo Oliveira. Uma chuva de tentativas, quase todas no gol. Só que faltou ele.

No segundo tempo, a troca padrão do Braian pelo Yuri. Mas com uma alteração mais inesperada: o Wallace na vaga do Bastos. Provavelmente para deixar o 4-1-4-1 mais organizado, liberando o Maicon pra fechar de vez a linha mais a frente e fixando um volante na frente da zaga. Logo na sua primeira participação, ainda antes dos cinco minutos, Yuri conseguiu um bom chute a gol, que quase sobrou pro Giuliano na rebatida do goleiro. Outra chance só bem depois, aos 11, com ele novamente, em boa colocada de bola do Douglas – mas não acertou a goleira. Aos 15, mais um pivô do Mamute e uma conclusão perigosa, por cima do gol, do Luan. E em mais uma ótima parede do Yuri, “cruzamento” do Marcelo Oliveira, furada monstra entre Luan e Giuliano, mas conclusão perfeita do Douglas: 1×0, finalmente. Digno de nota: na saída do centroavante, OS TRÊS MEIAS estavam dentro da área. 2014 é, cada vez mais, passado distante.

Douglas, o cara. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial

Douglas, o cara. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial

Depois do gol o jogo seguiu só para um lado. Aos 21, depois de boa triangulação, um arremate horroroso do Giuliano. E aí o jogo amornou de vez. Só aos 27 conseguimos novo arremate, com o Luan, concorrendo com o nosso 11. Já o Campinense mudava, mudava, mas não mudava muita coisa. O domínio ainda era nosso. Aos 32, última alteração do Grêmio: saiu o autor do gol, Doga 10 Goró, e entrou o Lincoln. Quatro minutos depois, ele girou sobre o zagueiro e conseguiu chutar na goleira mais uma vez. Aos 38, boa triangulação e arremate do Luan, tão fácil quanto o do nosso meia da base. Em seguida, gol impedido bem anulado do Lincoln, depois de uma boa defesa do goleiro em um chute mal concluído do Giuliano (mais uma vez a Globo errou onde por a linha de impedimento na transmissão). 43, boa jogada pessoal do Maicon, que girou bem sobre o zagueiro, mais um arremate fraco e no meio do gol. Nos descontos, num bate rebate, a bola sobrou pro Lincoln que não desperdiçou: 2×0, fecha a conta e passa a régua.

Foi um monólogo na Arena. E um festival de chances desperdiçadas. Mas classificado pra próxima fase. Que venha o CRB.

 

Comparilhe isso:

6 + comentários

  • Felix Nuñez 16 de abril de 2015 - 09:16 Responder

    Vejo que o time vem evoluindo lentamente. Ótimo, pois mais pra frente em momentos decisivos é que precisaremos de um time compacto, errando poucos passes, MAS que seja matador.

    Tem me assustado a quantidade absurda de arremates desperdiçados. Porra, como mesmo disse o Felipão, vale de canela, de bico, de rapa bosta. Bola no barbante. Precisamos, pois mais pra frente pode nos custar MUITO caro.

    Minha ressalva continua sendo Braian. Darei mais tempo a nosso avante, mas bola no pé não tem sido seu forte. Espero que cale minha boca, mas estou com uma saudade do Pirata. Nessa altura do ano teria empilhado gols.

    abraços

    • Rafael 16 de abril de 2015 - 19:19 Responder

      Um que entende bem essa coisa de “gol bonito é bola na rede” era o Jonas… grande Mestre Jonas do “Gol Minhoca”!

  • Rafael 16 de abril de 2015 - 12:38 Responder

    Só esperando o Adilson vir encher o saco falando do “Douglas Seu Boneco”…

    • Jones 16 de abril de 2015 - 17:47 Responder

      Hahahaha
      Adilson, ele fez gol ontem, temos que ficar quietinhos.
      Próximo jogo ta liberado comentários contra o “jênio”.

  • Artur Wolff 16 de abril de 2015 - 15:31 Responder

    É preocupante ainda a dificuldade que este time tem de fazer gols.
    Só na descrição do jogo acima verificamos quantos “quase” existiram. O brabo é que “quase” não é gol.
    Na verdade o “quase” acontece pela falta de qualidade do arremate cujo objetivo era o gol.
    É o adversário que divide a bola, a mesma sai “mascada”, o atacante chega atrasado, etc, etc…..
    Chegar com qualidade é chegar com jogadas treinadas e planejadas anteriormente de modo que na “última bola” o jogador esteja em uma condição favorável a concluir a jogada.
    No Grêmio atual (e há muito tempo……) isto dificilmente ocorre. O Grêmio no campo de ataque é uma equipe previsível, lenta e burocrática.
    Por incrível que pareça Mamute é que está saindo desta mesmice, e permitindo sonhar que alguma coisa diferente possa acontecer.
    Estamos infelizmente começando a “queimar” mais um camisa nove, Brian, que a exemplo de outros mais recentes , Barcos e Moreno sempre foram largados no meio de 3 ou 4 zagueiros para se virarem.
    Do jeito que o Grêmio está atuando, nenhum jogador tipo “centro avante de ofício” pode jogar bem” Mamute é o 8 e meio vindo de trás com força e por isto por ora aparecendo bem.
    Continuo entendendo ainda o trabalho de Felipão muito abaixo do esperado e o “sempre chegando” acima, tomara que possamos ler ainda quando enfrentarmos times bem melhores que este Campinense.

    • Ezio 16 de abril de 2015 - 18:01 Responder

      Felipão faz um bom trabalho. Pegou um clube totalmente quebrado e sem respaldo nenhum midiático e ainda assim mantém uma série invicta (um GREnal incluso). Estou de acordo somente com a questão dos gols mas analisando os times que inclusive estão na Libertadores nenhum deles tá jogando uma bola redondinha, mesmo o badalado corinthians joga por uma bola (meio a zero é goleada). Parem de encher o saco e vamos empurrar o time pro titulo.

    Deixe uma resposta