Em busca do gol

3 Postado por - 10 de julho de 2014 - Artigos

Das opções ofensivas: Jean Deretti, Rodriguinho, Alán Ruiz, Maxi Rodríguez, Dudu, Luan, Giuliano, Fernandinho, Barcos, Lucas Coelho e Everton. Contou? São 11 jogadores. Podemos somar também o agora volante Zé Roberto, Ramiro e Riveros, que chegam bem no setor ofensivo. O número final é 14.

Este total proporciona a Enderson Moreira uma quantidade enorme de alternativas táticas e técnicas como há anos qualquer treinador do Grêmio não tinha. Se a parada da Copa do Mundo ofereceu tempo para se trabalhar dentro de campo, a direção Tricolor também usou o hiato para contratar reforços de qualidade. Na teoria, estamos mais fortes.

Que o nosso treinador faça o time jogar (Foto: Lucas Uebel, Flickr oficial do Grêmio)

Que o nosso treinador faça o time jogar (Foto: Lucas Uebel, Flickr oficial do Grêmio)

Esse potencial ofensivo precisa se confirmar. Enderson tem obrigação de fazer o setor de ataque funcionar. O Grêmio passa a ter capacidade de jogar de forma qualificada. Não existe mais espaço para desculpas. Tivemos tempo e agora temos bons nomes. O trabalho tem que aparecer.

Quando me refiro a trabalho, quero destacar o sistema tático. O baile alemão da última terça-feira deixou claro que um time que apresenta inúmeras variações dentro de um mesmo jogo fica mais perto da vitória. Além disso, a intensa movimentação e aproximação dos jogadores, faz com que o time não fique espaçado, ocupe bem os setores do campo, jogue perto e em velocidade. Futebol moderno e objetivo que procura sempre o gol.

Enderson tem uma grande oportunidade de fazer o Grêmio acompanhar esta evolução recente que vive o futebol. Se ele carrega essa marca de uma safra nova de treinadores que estudam o esporte, está na hora de a teoria se tornar prática.

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7 + comentários

  • Paulo Cezar Abrahão Prates 10 de julho de 2014 - 20:02 Responder

    Afinal, o que mudou no Grêmio após a parada para a Copa do Mundo? De novidade só vejo o Giuliano! E as demais contratações? Vão todos para o banco de reservas? Matheus Biteco de titular, de uma ora para outra, como por “decreto”? Mas o que é isso? E — incompreensível para expressiva parcela da torcida tricolor — o Pará continua de titular. Será que no reinício do “Brasileirão” vamos encontrar aquele mesmo Grêmio sem garra, sem esquema e sem gols que deixamos quando da parada para a Copa? A diretoria gremista tem certeza que o Sr. Enderson Moreira é, realmente, o técnico ideal para nosso time? Tenho dúvidas. Aliás, imensas dúvidas. Acorda, Grêmio!!!

  • Fausto 11 de julho de 2014 - 09:18 Responder

    Pizoni

    Na minha humilde opinião, a Alemanha não deu esse baile todo na 3a-feira, foi o Brasil que entrou em pane e ficou paralizado assistindo os caras fazerem um gol atrás do outro, sem fazer força, quase que constrangidos tocando a bola até não ter mais alternativa senão chutar pro gol e fazer mais um.

    A Alemanha na Copa teve dificuldades contra vários times e creio que terá também contra a Argentina. Sem tirar o mérito dos caras ou dizer que não jogam um bom futebol, mas não é essa coca-cola toda não.

    De qualquer forma, o Grêmio melhorou bastante suas alternativas do meio pra frente, mas ainda tem uma questão… como a bola vai chegar nesses caras?

    Quem será o nosso Schweisteiger (ou sei lá como escreve esse troço…) ? O nosso Lahm?

    Os volantes que você citou que chegam no ataque, chegam na base da surpresa, vindos de trás, quando a bola já está com o tricolor e está lá no ataque. Chegam na infiltração pra participar das tabelas ou chegar batendo. Quem mais consegue conduzir a bola e organizar um pouco o jogo é o Zé Roberto, mas aí tem 2 problemas:

    Ele não deve ser o titular.

    Ele já fracassou com a camisa 10 na tarefa de armar o time.

    O Enderson vai ter que resolver essa parte ainda do quebra cabeça … a saída de bola e transição defesa-ataque….

    Todo mundo diz que o meia armador clássico morreu, o que em parte é verdade, mas a questão é que as tarefas que ele executava não morreram, foram redistribuídas. E boa parte delas agora está com os volantes.

    O Enderson vai ter que achar uma dupla de volantes capaz de fazer esse papel.

    Do contrário não vai mudar muita coisa do primeiro semestre … chutão e ligação direta … e teremos jogadores de mais qualidade lá na frente batendo cabeça pra pegar bolas quebradas. E isso já sabemos que não dá certo, tái a seleção brasileira pra comprovar.

  • Impzone 11 de julho de 2014 - 16:30 Responder

    O técnico tem obrigação de fazer funcionar, sim. Com os elencos que o Grêmio tem tido, já era pra ter um título para mostrar. No entanto, há de se lembrar que para o setor de centroavante de ofício, só temos Barcos e Lucas Coelho. Não que precisemos ter obrigatoriamente um centroavante de ofício, porém nosso capitão é centroavante e muito provavelmente não perderá a braçadeira e nem a titularidade. Temos muitas opções para o setor do Luan e pouquíssimas para o do Barcos.

  • Eduardo Schwede 11 de julho de 2014 - 18:04 Responder

    Olha, acho que, de todos os aprendizados possíveis que a copa do mundo proporciona para os olheiros do futebol, o Grêmio poderia aproveitar pelo menos um, no mínimo um: meter gols no adversário o quanto couber!!!
    A Alemanha poderia bem ter parado nos 2 a 0 e ter segurado até o final de jogo, coisa que os times brasileiros tem por costume. Costume é pouco, isso parece mais uma “regra” imposta no nosso futebol: fazer um gol e desistir do ataque.
    Tudo bem que nosso ataque não se dá ao luxo a escolher de quanto quer ganhar uma partida, mas sempre tem jogos em que dá pra meter um saco, e por fim acaba sendo uma vitória magra, quando não um empate desastroso. Se tirássemos pelo menos essa lição já me bastaria; mas parece que estou vendo daqui uns dias o Grêmio enfrentando o Figueirense na Arena, fazendo 1 a 0 aos 25min do primeiro tempo, e jogando o resto do jogo por apenas uma bola.

  • FÁBIO GREMISTA 11 de julho de 2014 - 18:38 Responder

    “Esse potencial ofensivo precisa se confirmar. Enderson tem obrigação de fazer o setor de ataque funcionar. O Grêmio passa a ter capacidade de jogar de forma qualificada. Não existe mais espaço para desculpas. Tivemos tempo e agora temos bons nomes. O trabalho tem que aparecer.”

    Olha essa escalação:

    Time base: Waldir Peres; Júnior, Luisinho, Oscar e Leandro; Cerezo e Falcão; Éder, Zico e Sócrates; Serginho. Técnico: Telê Santana.

    Mais uma vez o que escrevestes:

    “Esse potencial ofensivo precisa se confirmar. Enderson tem obrigação de fazer o setor de ataque funcionar. O Grêmio passa a ter capacidade de jogar de forma qualificada. Não existe mais espaço para desculpas. Tivemos tempo e agora temos bons nomes. O trabalho tem que aparecer.”

    Eu concordo com QUASE tudo o que tu disse, menos com a “obrigação” por parte do Enderson. Já vimos que o nosso treinador não é nenhum expert em sua profissão; inclusive foi dito, aqui no blog, que ele está mais para auxiliar técnico – afirmação a qual assino embaixo – do que líder da casamata.

    O atual técnico só está aí pela ausência de boas opções no mercado.

    Quanto aos jogadores contratados, claro que podem render um excelente time mas, na minha perspectiva, em 2015.

    Abraço.

  • Impzone 11 de julho de 2014 - 23:56 Responder

    Amigo Fausto, permita-me discordar. O que aconteceu não foi uma “pane”, não foi um “apagão”, e sim uma diferença técnica abismal entre dois times. Não foi um acidente. Veja o futebol que Borussia e Bayern vêm jogando há pelo menos dois anos. Verá que não estou mentindo.
    A Alemanha apenas pela segunda vez jogou a copa com uma formação decente, coisa que não vinha fazendo antes da França, porque o técnico da Alemanha é uma anta. E observe que o time da Alemanha teve uma série de desfalques importantes para a copa. Avalie se tivesse um técnico bom e o time completo.

  • Eduardo 16 de julho de 2014 - 11:31 Responder

    Esse elenco, em nomes e qualidades individuais só perde, e olhe lá, pro cruzeiro. Tem muita escolha e muito meia de qualidade pra mudar o jogo, a piazada sabe jogar, falta instrução.
    Quanto ao centroavante do time, ou tem que o time jogar pra ele, ou o pessoal entender que ele não é referência. Mas se achar que tem outro melhor no mercado é só ver quem foi o titular da seleção brasileira nessa copa. Essa função está mais escassa que lateral.

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