Das opções ofensivas: Jean Deretti, Rodriguinho, Alán Ruiz, Maxi Rodríguez, Dudu, Luan, Giuliano, Fernandinho, Barcos, Lucas Coelho e Everton. Contou? São 11 jogadores. Podemos somar também o agora volante Zé Roberto, Ramiro e Riveros, que chegam bem no setor ofensivo. O número final é 14.
Este total proporciona a Enderson Moreira uma quantidade enorme de alternativas táticas e técnicas como há anos qualquer treinador do Grêmio não tinha. Se a parada da Copa do Mundo ofereceu tempo para se trabalhar dentro de campo, a direção Tricolor também usou o hiato para contratar reforços de qualidade. Na teoria, estamos mais fortes.
Esse potencial ofensivo precisa se confirmar. Enderson tem obrigação de fazer o setor de ataque funcionar. O Grêmio passa a ter capacidade de jogar de forma qualificada. Não existe mais espaço para desculpas. Tivemos tempo e agora temos bons nomes. O trabalho tem que aparecer.
Quando me refiro a trabalho, quero destacar o sistema tático. O baile alemão da última terça-feira deixou claro que um time que apresenta inúmeras variações dentro de um mesmo jogo fica mais perto da vitória. Além disso, a intensa movimentação e aproximação dos jogadores, faz com que o time não fique espaçado, ocupe bem os setores do campo, jogue perto e em velocidade. Futebol moderno e objetivo que procura sempre o gol.
Enderson tem uma grande oportunidade de fazer o Grêmio acompanhar esta evolução recente que vive o futebol. Se ele carrega essa marca de uma safra nova de treinadores que estudam o esporte, está na hora de a teoria se tornar prática.
7 + comentários
Afinal, o que mudou no Grêmio após a parada para a Copa do Mundo? De novidade só vejo o Giuliano! E as demais contratações? Vão todos para o banco de reservas? Matheus Biteco de titular, de uma ora para outra, como por “decreto”? Mas o que é isso? E — incompreensível para expressiva parcela da torcida tricolor — o Pará continua de titular. Será que no reinício do “Brasileirão” vamos encontrar aquele mesmo Grêmio sem garra, sem esquema e sem gols que deixamos quando da parada para a Copa? A diretoria gremista tem certeza que o Sr. Enderson Moreira é, realmente, o técnico ideal para nosso time? Tenho dúvidas. Aliás, imensas dúvidas. Acorda, Grêmio!!!
Pizoni
Na minha humilde opinião, a Alemanha não deu esse baile todo na 3a-feira, foi o Brasil que entrou em pane e ficou paralizado assistindo os caras fazerem um gol atrás do outro, sem fazer força, quase que constrangidos tocando a bola até não ter mais alternativa senão chutar pro gol e fazer mais um.
A Alemanha na Copa teve dificuldades contra vários times e creio que terá também contra a Argentina. Sem tirar o mérito dos caras ou dizer que não jogam um bom futebol, mas não é essa coca-cola toda não.
De qualquer forma, o Grêmio melhorou bastante suas alternativas do meio pra frente, mas ainda tem uma questão… como a bola vai chegar nesses caras?
Quem será o nosso Schweisteiger (ou sei lá como escreve esse troço…) ? O nosso Lahm?
Os volantes que você citou que chegam no ataque, chegam na base da surpresa, vindos de trás, quando a bola já está com o tricolor e está lá no ataque. Chegam na infiltração pra participar das tabelas ou chegar batendo. Quem mais consegue conduzir a bola e organizar um pouco o jogo é o Zé Roberto, mas aí tem 2 problemas:
Ele não deve ser o titular.
Ele já fracassou com a camisa 10 na tarefa de armar o time.
O Enderson vai ter que resolver essa parte ainda do quebra cabeça … a saída de bola e transição defesa-ataque….
Todo mundo diz que o meia armador clássico morreu, o que em parte é verdade, mas a questão é que as tarefas que ele executava não morreram, foram redistribuídas. E boa parte delas agora está com os volantes.
O Enderson vai ter que achar uma dupla de volantes capaz de fazer esse papel.
Do contrário não vai mudar muita coisa do primeiro semestre … chutão e ligação direta … e teremos jogadores de mais qualidade lá na frente batendo cabeça pra pegar bolas quebradas. E isso já sabemos que não dá certo, tái a seleção brasileira pra comprovar.
O técnico tem obrigação de fazer funcionar, sim. Com os elencos que o Grêmio tem tido, já era pra ter um título para mostrar. No entanto, há de se lembrar que para o setor de centroavante de ofício, só temos Barcos e Lucas Coelho. Não que precisemos ter obrigatoriamente um centroavante de ofício, porém nosso capitão é centroavante e muito provavelmente não perderá a braçadeira e nem a titularidade. Temos muitas opções para o setor do Luan e pouquíssimas para o do Barcos.
Olha, acho que, de todos os aprendizados possíveis que a copa do mundo proporciona para os olheiros do futebol, o Grêmio poderia aproveitar pelo menos um, no mínimo um: meter gols no adversário o quanto couber!!!
A Alemanha poderia bem ter parado nos 2 a 0 e ter segurado até o final de jogo, coisa que os times brasileiros tem por costume. Costume é pouco, isso parece mais uma “regra” imposta no nosso futebol: fazer um gol e desistir do ataque.
Tudo bem que nosso ataque não se dá ao luxo a escolher de quanto quer ganhar uma partida, mas sempre tem jogos em que dá pra meter um saco, e por fim acaba sendo uma vitória magra, quando não um empate desastroso. Se tirássemos pelo menos essa lição já me bastaria; mas parece que estou vendo daqui uns dias o Grêmio enfrentando o Figueirense na Arena, fazendo 1 a 0 aos 25min do primeiro tempo, e jogando o resto do jogo por apenas uma bola.
“Esse potencial ofensivo precisa se confirmar. Enderson tem obrigação de fazer o setor de ataque funcionar. O Grêmio passa a ter capacidade de jogar de forma qualificada. Não existe mais espaço para desculpas. Tivemos tempo e agora temos bons nomes. O trabalho tem que aparecer.”
Olha essa escalação:
Time base: Waldir Peres; Júnior, Luisinho, Oscar e Leandro; Cerezo e Falcão; Éder, Zico e Sócrates; Serginho. Técnico: Telê Santana.
Mais uma vez o que escrevestes:
“Esse potencial ofensivo precisa se confirmar. Enderson tem obrigação de fazer o setor de ataque funcionar. O Grêmio passa a ter capacidade de jogar de forma qualificada. Não existe mais espaço para desculpas. Tivemos tempo e agora temos bons nomes. O trabalho tem que aparecer.”
Eu concordo com QUASE tudo o que tu disse, menos com a “obrigação” por parte do Enderson. Já vimos que o nosso treinador não é nenhum expert em sua profissão; inclusive foi dito, aqui no blog, que ele está mais para auxiliar técnico – afirmação a qual assino embaixo – do que líder da casamata.
O atual técnico só está aí pela ausência de boas opções no mercado.
Quanto aos jogadores contratados, claro que podem render um excelente time mas, na minha perspectiva, em 2015.
Abraço.
Amigo Fausto, permita-me discordar. O que aconteceu não foi uma “pane”, não foi um “apagão”, e sim uma diferença técnica abismal entre dois times. Não foi um acidente. Veja o futebol que Borussia e Bayern vêm jogando há pelo menos dois anos. Verá que não estou mentindo.
A Alemanha apenas pela segunda vez jogou a copa com uma formação decente, coisa que não vinha fazendo antes da França, porque o técnico da Alemanha é uma anta. E observe que o time da Alemanha teve uma série de desfalques importantes para a copa. Avalie se tivesse um técnico bom e o time completo.
Esse elenco, em nomes e qualidades individuais só perde, e olhe lá, pro cruzeiro. Tem muita escolha e muito meia de qualidade pra mudar o jogo, a piazada sabe jogar, falta instrução.
Quanto ao centroavante do time, ou tem que o time jogar pra ele, ou o pessoal entender que ele não é referência. Mas se achar que tem outro melhor no mercado é só ver quem foi o titular da seleção brasileira nessa copa. Essa função está mais escassa que lateral.