Empate sofrido: Grêmio 1×1 São José

0 Postado por - 19 de fevereiro de 2017 - Artigos

Não foi sofrido pela atuação, mas pelas circunstâncias do jogo. Começando com o quão sofrido foi chegar na Arena, já que choveu o mundo instantes antes de iniciar o jogo. O público de 6 mil é algo impensável para quem viu o que se formou no céu de Porto Alegre. Se ao menos 4 mil que normalmente vão faltaram, foi mais sofrido para o Grêmio as ausências na escalação. Sem Douglas (com Miller), sem Pedro Rocha (com Fernandinho), sem Luan (com Éverton), sem Edílson (com Léo Moura) e ainda sem uma solução para a saída do Walace, atacar um time retrancado seria muito sofrido. E foi.

Mais um grande jogo do Miller. Partiram dele todas as boas jogadas do Grêmio. Principalmente no primeiro tempo com o Ramiro e um pouco de apoio do Léo Moura. Embora o primeiro chute a gol tenha sido do Cruzeiro houve supremacia grande das chances vindas do Grêmio. Mas o arremate sempre sofrido, mascado, pra fora. Foram poucas as grandes defesas no jogo todo. Finalizamos primeiro com Miller pra defesa do goleiro, depois Ramiro pra fora, Miller outras vezes de fora da área pra fora. O primeiro tempo dava a ideia de que um gol era questão de tempo (e ser mais preciso lá na frente). Everton fazendo a função do Luan mostrou velocidade e fechou uma linha de 4 na frente. Fernandinho foi ele mesmo (bem abaixo do necessário) e El Loco Ramiro era o único em verdadeira sintonia com o nosso 23.

Segundo tempo, os dois times sem mudanças. Depois de neutralizar o Léo Moura botando um ponta nas suas costas o São José resolveu abandonar a postura mais equilibrada e passou a enrolar pro jogo terminar empatado. O que era óbvio, ainda mais na Arena. O Renato querendo jogar o time pra frente tirou o Jaílson (mais uma vez sem render o que é preciso pra posição) e botou o Lincoln, trazendo o Ramiro pra trás. Miller fez o meio e lado direito, algumas vezes embolando com o Fernandinho, e o mesmo ocorria no outro lado, com Lincoln. Mas foi do 27 a jogada do gol. Miller pegou pela esquerda, passou pro Lincoln que levantou a bola com grande visão. O equatoriano arrumou com a mão (deu pra ver no replay) e chutou na saída do goleiro, botando o Grêmio na frente. Sofrido, por óbvio.

Miller sobrando. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Aí o Grêmio resolveu esperar um pouco mais de saída do adversário. Mas aí o juiz resolveu terminar de cagar a partida. Se o lance de mão do Miller foi difícil de ver (assim como o pênalti no Marcelo Oliveira), o monte de faltas não foi. Nem o escanteio em lance com o Everton. Muito menos a falta de critério de deixar o São José segurar o jogo e ser extremamente – mesmo, eu nunca vi isso no futebol – com a cera do Grêmio. Amarelo no Grohe, depois no Maicon. E aí o Grêmio todo (torcida, treinador e jogadores) começou a ficar pilhado. Renato tentou defender o resultado trazendo o Arthur pro lugar do Miller. Ao invés de devolver o Ramiro pra ponta direita, não sei se o cansaço ou a vontade do treinador colocou o time pra defender com três volantes, Maicon mais na frente.

E aquele jogo sofrido não poderia terminar de outra maneira. Aos 42 do segundo tempo Maicon correu para dar um bote no goleiro, chegando atrasado. O goleiro passou pro zagueiro e o capitão, cansado, amarelado e ainda muito abaixo do final do ano passado, entrou frouxo no zagueiro ainda no campo adversário. Aquela bola foi passada para o meia, que abriu na Avenida Marcelo Oliveira o que, óbvio, termina em cruzamento. O adversário que entrava no primeiro pau tentou dominar e a bola nas suas costas mordeu. Esse movimento tirou o Arthur da jogada e a bola sobrou livre pro outro volante pegar de primeira e jogar no canto do Marcelo Grohe.

Os últimos minutos foram um resumo daquele jogo sofrido. Renato colocou o Ty no lugar do Fernandinho e foi dele a única chance de gol naqueles quase 10 minutos de partida. O garoto pegou um cruzamento da direita com o peito e girou pra uma boa defesa do goleiro adversário. E foi isso. Martelando sem acertar o prego, fazendo abafa sem deixar a temperatura chegar aos 20 graus. Sofrido.

Tem muito o que resolver e março já tá aí. Renato: tic, tac.

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6 + comentários

  • betho 19 de fevereiro de 2017 - 23:42 Responder

    Se não cairmos pra B já será lucro nesta temporada, toda mecânica de jogo e toques de primeira q o Roger colocou no gremio foi pro espaço. Feliz do Galo q já está voando com apenas 2 meses de trabalho do Roger, azar nosso q ficamos sem técnico e ainda pioramos o time do ano passado. vem aí mais um ano sofrido igual ao “futebol” q o Gremio vem jogando.

    • Ezio 20 de fevereiro de 2017 - 09:25 Responder

      O GRÊMIO tb “voou” com 2 meses do trabalho do Roger e o resultado foi o que todos vimos. Roger é um cara estudioso no futebol mas ainda é verde demais. O CAM tb é cheio de cobras criadas no vestiário vamos ver na horas que eles resolverem armar um boicote pra cima dele. Renatão tem a vantagem de não ser engolido pelo vestiário.

  • Artur Wolff 20 de fevereiro de 2017 - 08:29 Responder

    Nessas ocasiões é que me lembro da diferença de recursos e investimentos que existe entre um clube como São José e Grêmio. O primeiro talvez não tenha 10% da estrutura colocada a disposição do GRUPO de jogadores do segundo; salários; equipamentos de treino e musculação, deptº médico, alimentação, transporte, material esportivo, mídia técnica, etc, etc, etc……..
    Na hora do “vamo vê” em campo, tudo isto parece se horizontalizar; são 11 contra 11 e quem corre mais e falha menos ganha, ou mesmo se supervaloriza jogadores e técnicos que na verdade não estão muito distantes do grupo formado pelo clube menor.

  • Ezio 20 de fevereiro de 2017 - 09:23 Responder

    Renatão tem que dar uma comida de rabo nesses caras. Pela displicência do time em matar logo o jogo (pra que administrar 1 x 0 e ainda com o Zequinha ?) e outra em especial no Maicon. Como se não bastasse a c@gada no gol do Zequinha ainda foi com bichices como a de querer bater boca com torcedores(postura totalmente inadequada pro capitão do time) além de não ter jogado nada o jogo todo. Será que não dá pra arriscar o Cortez na esquerda no próximo jogo ? Não acredito que ele seja pior do que o Marcelo Oliveira. Ontem ele quase entregou um gol pro Zequinha além da avenida que ele sempre deixa e que resultou no gol deles.

    • Marcelinho Gaúcho 21 de fevereiro de 2017 - 18:33 Responder

      Bruno Cortez é péssimo lateral!!!

      O cara é lateral ofensivo, por mais contraditório que isso possa ser. Afinal a função básica, e óbvia, do lateral é defender o lado. É um porra louca igual ao Apodi.

      Torcendo muito pela gurizada da base, que vai ganhar chances devido á baixas.
      Botando muita fé no Lincon!!!

  • Mano 20 de fevereiro de 2017 - 18:37 Responder

    Grêmio fisica e tecnicamente muito abaixo do que terminou ano passado.
    E todas essas lesões de início, que aliás, tivemos tb ano passado (alô direção!), tem deixado o torcedor apreensivo.
    E a inércia dá direção em trazer reforços só piora.
    Ano passado todo mundo sabia que o time era insuficiente.
    Porra, acordem

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