Grêmio Libertador

Está escrito nas estrelas

Quando tudo parece que começa a dar certo e finalmente saímos daquele ciclo das trevas, fantasmas e urucubacas passam a nos rondar. E o destino do inferno, slogan assumido pelo cocô irmão, parece ter nos contaminado.

1º a saída de Rodolfo, mas logo um alívio quando Erazo se firmou. Depois Luan, com amigdalite além de ter sido convocado para seleção Olímpica. Agora Maicon, que acertou nosso meio de campo e se firmou como um baita capitão, para por 2 semanas no mínimo com lesão muscular. Isto sem contar na série: “A Saga dos Centroavantes Perdidos” com trilha sonora de Robert Schumann. Fico pensando, onde será que foi parar a nossa capelinha tricolor lá do Olímpico? Parece que até os nossos Deuses também estão perdidos, sem saber direito onde se instalar.

A verdade é que já estou me acostumando com a ideia de que o tal “padrão de jogo” não passa de ondas sísmicas. Quando conseguimos atingir um bom nível os gols não apareciam. Quando os gols começaram a aparecer (e vieram numa enxurrada) e o padrão se manteve, isto não durou mais do que 3 jogos.

Tenho noção de que o nosso grupo é limitado, e de que vem jogando com a corda esticada, e o que eu temia, parece inevitável: Priorizar uma das competições. Medo.

Porque é tão difícil, tão complicado de se montar um grupo equilibrado hoje? E de mantê-lo por mais de uma temporada? E de manter uma regularidade? Ok, sabemos que na prática, 1 milhão de coisas envolvem este universo futebolístico como administração, $, situações envolvendo políticas internas, interesses e outras tantas que fazem parte do dia-dia e acabam também influenciando. Muitos dizem que futebol é planejamento, trabalho de longo prazo, mas eu já acho que não é só isso. Paulo Cesar Lima e Mário Sérgio, por exemplo, foram contratados as vésperas de um mundial de clubes. Ok, eram craques indiscutíveis, os tempos eram outros, mas poderiam não ter se adaptado ao grupo a tempo, e deu certo.

Será que isso tudo, talvez, também não tenha a ver com algum tipo de energia cósmica? Imaginem se pudéssemos medir toda a energia que envolve uma partida, com cada partícula positiva subatômica de cada jogador, de cada membro da comissão, da tiazinha da cozinha, do cara do cachorro quente, do maqueiro, dos gandulas, de cada torcedor. Será que se TODOS conspirarem a favor com a mesma intensidade, criando um campo gigante positivo através de moléculas a coisa não vai? Mas como controlar isso e o tempo disso? Se bem que teria, do outro lado, a energia dos adversários, como todo o seu exército conspirando a seu favor. E o grupo de árbitros, será que consegue mesmo se abster de toda essa energia e se manter neutro dentro de um estádio? Que confusão energética.
Sei lá, tô tentando achar alguma explicação lógica para tantos altos e baixos e tantas oscilações em tão pouco tempo.

Talvez sejam estes os motivos que tornam o futebol tão fascinante. O inesperado, as coisas sem explicação, as incertezas misturadas à paixão eterna que envolve a mistura de sentimentos de euforia, melancolia, mística, esperança, sem lógica alguma, e por mais descrentes que estejamos em relação ao grupo de determinada temporada, não conseguimos deixar de ir ao estádio, de comprar a camisa nova e de acreditar que sairemos campeões.

Uma coisa é certa, o destino está escrito nas estrelas, e neste caso só os Deuses conseguem ler. A nós, resta apenas pedir aos céus e torcer.

Força Grêmioooo!!

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