Grêmio Libertador

Exigentes ou corneteiros?

Tiago e zaga falharam. Douglas perdeu um gol feito. Bressan tá mal. Empate ruim. Deixamos dois pontos em São Paulo. Pensamentos como estes foram comuns após o apito final no jogo de quarta-feira.

Parte da torcida, talvez com raiva por termos ficado tão perto da vitória, só abordou aspectos negativos da partida, esquecendo que fizemos um ótimo jogo contra o líder do campeonato, em seus domínios e com o Tricolor sofrendo com inúmeros desfalques, até mesmo durante o jogo.

Por que nossos erros são mais comentados que nossos acertos? Talvez a reposta seja simples: o ser humano tem atração por reclamar. Simples assim. Nada a ver com os anos de fila ou por entender sobre o futebol, o negócio é xingar e lamentar.

Por que não ter um pensamento positivista e vibrar com um Grêmio que há anos não nos dava tanto orgulho? Pelo simples fato de que não ganhamos nada? Por favor, paixão não se mede com títulos, pelo contrário, se mede com a falta deles, e parte de nossa torcida parece que só vai valorizar nosso time quando ele for campeão. Ou nem assim.

Desde sempre aprendi que com a bola rolando o nosso apoio deve ser incondicional, afinal de contas o futebol se ganha também pelo grito da torcida e com a fé cega no imponderável. Em tempos de redes sociais, as angústias e críticas ao time inundam as timelines mesmo em um momento de trinfo, onde vibrar por uma vitória e exaltar o time parece um crime.

Torcer é mais do que comemorar um gol. É estar ao lado do time a todo momento e acreditar na vitória mesmo com sete em campo e um pênalti contra. Torcer é achar que Luan é Messi. Todos são craques quando vestem a Tricolor, ao menos para mim.

Entendo as críticas e acredito que todos têm direito de se manifestar como desejam, mas exigir que um time em construção não tenha falhas soa mais com corneta do que como torcida.

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