Faltou a bola entrar: Grêmio 1×1 Eduardo Martini

0 Postado por - 15 de março de 2017 - Artigos

O Grêmio foi ao Bento Freitas e saiu com um empate em 1×1 diante da retranca armada pelo Brasil de Pelotas. E jogou bem. Tão bem que foi o melhor jogo do Grêmio contra times retrancados que já vi fazer em anos. Com muita paciência e passes rápidos no meio das duas linhas defensivas, o time amassou o adversário por 70 minutos. Faltou só a bola entrar. Chances de gol sobraram.

O jogo já dava sinais de que seria ataque contra a defesa logo no início. Embora com uma surpresa no gol, a ausência do Grohe, a escalação foi a mesma que venceu fora de casa pela Libertadores. Ramiro, Léo Moura e Michel estão subindo muito de rendimento e, junto com Miller, desequilibraram a nosso favor. O substituto do Grohe foi o Léo, mas podia ter sido o Gastón Fernandes. Apenas uma defesa o jogo inteiro dá o tamanho da superioridade gremista.

Ramiro e Pedro Rocha abertos se juntaram aos toques sempre rápidos do Miller e, por aí, tivemos as melhores chances. E o Eduardo Martini salvou pelo menos quatro chances claras de gol (duas do Miller, uma do Luan e um toquinho na bola desviando o chute do Everton pra trave). O Brasil só queria saber de irritar o adversário e jogar com o fator casa, apostando no contra-ataque. E o primeiro gol do Grêmio saiu de uma triangulação rápida no meio. Ramiro colocou a bola para o Léo Moura, mas a zaga devolveu. O 17 não desistiu e chutou pro gol. A bola desviou no zagueiro e matou o goleiro adversário.

Ramiro fez o seu terceiro gol na temporada. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

O Grêmio seguiu mandando no jogo e a pressão sumiu. A partida caminhava para uma vitória tranquila quando cedemos um escanteio. E aí marcação errada na bola aérea (de novo): o volante marcando o centroavante. Jaílson amoleceu a marcação e permitiu uma cabeçada na altura da cintura do adversário, sem chances pro Léo. Aí o jogo voltou para aquele abafa da torcida, típico de Ruralito no interior.

Segundo tempo voltamos com o mesmo time, mas com uma participação maior do Pedro Rocha. Só que ele não veio jogar (o que ocorre bem seguido). Errou lances de jogada individual e por duas vezes errou a goleira em bolas que o Miller deixou ele em ótima posição. Pra tentar mudar alguma coisa, Renato mandou pro campo o Barrios no lugar dele. E aí foi o único momento quando o Brasil conseguiu jogar. A bola, que já não entrava, nem chegava na área. Luan na ponta não rendeu, Ramiro começou a apanhar igual cachorro que rouba comida (e os amarelos mofando no bolso do juiz) e o Miller não tinha parceria para trocar bolas rápidas pelo meio. Resultado: posse de bola perto da linha do meio de campo sem penetração alguma – e sofrendo alguns contra ataques com muito barulho da torcida, mas sem perigo real.

Renato corrigiu o time tirando o Luan e colocando o Everton. Aí voltamos a amassar o time deles, com os atacantes adversários marcando na sua linha intermediária. Léo Moura e o nosso 11 entraram diversas vezes com boas bolas, mas errando o último passe. O adversário só bicando. Entrou o Fernandinho no lugar do Jaílson, faltando uns dez minutos pra acabar a partida. E ele não fez praticamente nada. Até porque não teve jogo nos últimos 8 minutos. Mais uma vez um adversário de série B comemora o empate contra o Grêmio.

Falta um pouco mais de capricho pra bola entrar. E que o goleiro adversário não esteja tão inspirado quanto o Martini. Outra vez, diga-se.

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1 comentário

  • Ezio 16 de março de 2017 - 00:11 Responder

    Encarar o valente xavante na baixada sempre foi fumaceira. Mas dessa vez estava fácil de ganhar, atribuir o resultado ao Eduardo Martini é simples. Goleiro joga justamente pra complicar o surgimento dos gols. O GREMIO no geral está bem (Miller e Ramiro são hj titulares pra lá de absolutos, Kanneman mostra uma surpreendente liderança ao estilo da do Geromel gosto da forma como o Thyere está jogando muito influenciado pelo Kanneman) mas me preocupa por exemplo a instabilidade dos volantes. O GRÊMIO claramente perdeu a marcação do meio desde a saída do Walace e piorou com a lesão do Maicon. Outro ponto que tb preocupa é o excesso de gols que o time perde. Por mais que o Eduardo Martini estivesse no dia dele cabia fácil pelo menos mais um gol (isso contado com a atuação do Eduardo Martini). Menos mal que mesmo com esse empate a classificação pros play-offs do campeonatinho do noveletto ficou assegurada mas preocupa pra libertadores esses dois detalhes (não esquecendo da Avenida Marcelo Oliveira mas hj ele até que não comprometeu tanto).

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