Gerenciamento de crise

4 Postado por - 22 de setembro de 2014 - Artigos

Por mais que a torcida queira fazer ginásticas mentais para justificar as suas atitudes. Por mais que um punhado dela tenha sido inocente o suficiente para não acreditar que a vaia ao goleiro Aranha seria encarada pelo mundo todo como vaia ao Aranha, não ao goleiro. Por mais que alguns queiram adotar aquela postura estúpida de culpar uma vítima pelo seu comportamento (bota aí, “saiu de minisaia na rua e não queria ser estuprada?”) ao invés do agressor. Enfim, por mais que a torcida ainda não saiba como lidar direito com o fato ser confrontada com ela mesma, é simplesmente inadmissível que a instituição Grêmio siga sendo burra ao tratar com o caso.

O nome disso (sim, já tem nome) é gerenciamento de crise. E, nessa área, a postura do Grêmio tem oscilado entre pífia e medíocre. Começou muito bem, com a rápida manifestação sobre a exclusão dos envolvidos. Começou a degringolar quando deu o mesmo peso aos procedimentos contra os racistas e a opinião infeliz da revista Placar, apresentando uma nota oficial contra ambas. Há maneiras menos públicas e mais incisivas de criticar a imprensa e seus posicionamentos. Depois, foi patético no julgamento: primeiro com o Adalberto Preis dizendo algo como “se o juiz não viu, nem o bandeirinha, então o Aranha inventou” – o que é, no mínimo, ridículo, visto que havia um vídeo provando o contrário. Depois, Koff perdeu a oportunidade de fazer dos limões uma limonada ao dizer COM IRONIA que “se a punição do Grêmio significa a punição ao racismo no futebol o Grêmio se dá por satisfeito”. Era exatamente essa a postura, sem a ironia, que deveria ser adotada.

Durante a semana, o Felipão foi lá dizer pra imprensa que caíram numa armação do goleiro. Pra não deixar passar, o Rui Costa também contribuiu com a bobagem: defendeu o Felipão e criticou o Aranha, passando claramente a mensagem pra torcida. Depois dessa “liberação”, quem queria vaiar mesmo vaiou e quem não queria ser tachado de racista, mas queria vaiar o anti-jogo do Aranha, entrou junto. Mas ainda tinha mais. Depois do caso das vaias, outro CA do clube, Odorico Roman, resolveu usar a internet para se manifestar. Ao contrário do seu colega de Conselho de Administração, não “cadeou” seu perfil. Depois de endossar a posição DESASTROSA do Davi Coimbra (redundância), que quer culpar a vítima pelo ocorrido (sim, o Aranha é vítima e não há nada que mude isso – nem perdão), publicou:

gerenciamentodeconflitos

Pra quem ainda não sabe, uma das coisas que mais vale para o clube Grêmio é a marca Grêmio. E quando uma empresa faz o ranking de marcas, ela consulta, bem, como eu vou dizer, pessoas que ouvem o “TNR”. Gente que acha que ele tem razão, ou mesmo que simplesmente se acostumou a dizer que o jornal está sempre certo. Em resumo, a opinião pública, que é quem tá sentando o pau no Grêmio. Ou seja, por mais que a posição individual de cada um desses representantes do Grêmio – Fábio Koff, Adalberto Preis, Felipão, Rui Costa, Odorico Roman – represente as suas mais sólidas convicções morais, elas são simplesmente absurdas para o clube. deveriam ter sido guardadas para um churrasco. Por partirem de seus representantes máximos enquanto a instituição se resumiu a duas notas e duas propagandas, vai ser difícil que não sejam tomadas como posição DO GRÊMIO, ao invés de suas. E chorar mais uma vez pela “generalização” será, simplesmente, inútil.

“Ah, mas estamos acostumados com todos contra o Grêmio”. Pra quem não sabe, diversas franquias da NFL tem enfrentado problemas com seus ATLETAS (veja bem, indivíduos e não o clube inteiro) que foram escrotos o suficiente para serem denunciados por violência doméstica. O caso mais emblemático, onde o atleta foi extremamente covarde contra a noiva dele, ocasiono a sua EXPULSÃO do clube (e era um bom atleta, tanto que demoraram para fazer o que o público queria) – não sem antes levar um PATROCINADOR junto. Patrocinadores, pasmem, se importam com a opinião pública! Não é incrível isso? E o Grêmio ir para o lado oposto do lado para onde vai o patrocinador significa o quê, exatamente?

A sorte do Grêmio é que nossos “patrocínios” são bairristas (Banrisul, Tramontina, Unimed-RS), com exceção da TIM, que, como telefônica, está acostumada a  não dar bola pros clientes (tudumtssss). São quase “padrinhocínios”. O Grupo Hospitalar Conceição, público, já começou a tratar do racismo institucional. Quanto tempo mais para o Banrisul não querer juntar seu nome com racista? Qual é a chance de uma empresa de fora querer aliar o seu nome com a Arena da Injustiça?

Então, mesmo que vocês achem que eu sou um chato: parem de prejudicar o Grêmio a troco de teimosia. Engulam o choro e aprendam algo com isso.

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83 + comentários

  • Fabio 22 de setembro de 2014 - 11:43 Responder

    Até entendo o seu ponto. Mas não da pra concordar. Gerenciamento de crise não funciona no caso. Estou em São Paulo. Eles não querem saber. Nada que você faça ou deixe de fazer, vai adiantar. Tem horas que é melhor morrer atirando. Até porque nossas balas não são hipócritas.

    Abs

    • Fagner 22 de setembro de 2014 - 11:56 Responder

      Olha, pra mim, é melhor engolir o choro e sobreviver.

      Saludos,
      Fagner

      • Eastwood 22 de setembro de 2014 - 19:38 Responder

        Bela resposta.
        Nasceu com preço e prazo de validade na testa.
        Engole tudo, e seja feliz……

      • Ronaldo 22 de setembro de 2014 - 20:40 Responder

        Fagner, é fácil para um esquerdista dizer isso em uma época em que a patrulha do politicamente correto esquerdista – na qual estão incluídos todos os radicais defensores das “minorias” – já pautou todo o discurso político. Numa época em que se está a um curto passo de criminalizar as opiniões contrárias, a ponto de alguém não poder emitir uma opinião contrária à política de cotas sem ser considerado racista (ou contra um casamento gay se realizar em uma igreja ou um CTG sem ser tachado de homofóbico). Quando se concorda com a ideologia dominante (o TEU caso) é muito fácil dizer para os outros “calem-se que é melhor para vocês”. Só gostaria de saber se terias a mesma opinião se vivesse em um país dominado pela direita, ou se dirias que “é preciso resistir”.

  • Minwer 22 de setembro de 2014 - 11:59 Responder

    Eu não acredito no que tenho lido nos últimos dias.

    “Quanto tempo mais para o Banrisul não querer juntar seu nome com racista? Qual é a chance de uma empresa de fora querer aliar o seu nome com a Arena da Injustiça?”

    TU ACABOU DE AFIRMAR QUE GREMIO = RACISTA E CHAMOU NOSSO ESTÁDIO DE “ARENA DA INJUSTIÇA”

    Não tenho sangue frio o suficiente pra argumentar depois de ler esses absurdos.

    • GUILHERME EMILIO EV 22 de setembro de 2014 - 12:09 Responder

      Boa Minwer!!!

    • Fagner 22 de setembro de 2014 - 12:22 Responder

      A imagem que colou é essa, Minwer. Mesmo que eu não queira. Mesmo que tu não queira. O Grêmio não vai conseguir mudar o que falam dele simplesmente dizenod que estão mentindo. Ele precisa descolar dela. E tem perdido milhares de oportunidades de calarem a boca e trabalhar.

      Saludos,
      Fagner

      • Minwer 22 de setembro de 2014 - 13:53 Responder

        A imagem vai continuar ainda mais colada se ficarem passando cola nela, Fágner.
        E é o que tu está fazendo insistindo nesse ponto. Tu não te deu conta que, aceitar a PECHA de racista é o mesmo que EXIMIR todo o resto da sociedade? TU AINDA NÃO PERCEBEU O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
        Pelo jeito, não é só a instituição que tem perdido oportunidades de calar a boca.

        Abraço.

        • Fagner 22 de setembro de 2014 - 14:27 Responder

          Eu não ia nem escrever sobre isso, até o Odorico Roman falar bobagem no twitter. Acho que a opinião dele é um pouco mais decisiva que a minha, não?

          E mais: aceitar e trabalhar em cima da pecha não exime ninguém. Todos os dias os próprios outros clubes mostrarão que não é só o Grêmio. Ao contrário, faz a gritaria acabar bem mais rápido do que ficar dizendo que o mundo inteiro está errado e só o Grêmio está certo. Como é que vai se criticar um Grêmio que já admitiu que tem problemas e que está tratando seriamente deles? Enquanto ele seguir falando em “não generaliza”, seguirá acumulando pechas. Eu falando nisso ou não. Brigar com quem passa cola ao invés de com o que tá sendo colado não me parece útil.

          Saludos,
          Fagner

      • Marcelo 23 de setembro de 2014 - 10:12 Responder

        Mas qual a dificuldade de entender o que OS OUTROS pensam de nós?! É óbvio que a pecha de “racistas” pode atrapalhar, e muito, as finanças do Gêmio!!

    • seu Algoz 22 de setembro de 2014 - 15:24 Responder

      Tchê Minwer,
      Pior que a pobreza de espírito é a indigência intelectual. Porque esta não tem remédio que cure.
      Abração.

      • GMR 23 de setembro de 2014 - 09:35 Responder

        Boa Minwer, estou contigo!

  • Nostradamus 22 de setembro de 2014 - 12:16 Responder

    Nossa, Fagner para presidente.

    • Luciano Tricolor 23 de setembro de 2014 - 10:59 Responder

      Presidente de uma escola de boas maneiras… ou de como criticar por criticar e defender um ponto de vista míope…

  • Ton 22 de setembro de 2014 - 12:19 Responder

    Ainda não entendi o porquê do Aranha ser vaiado o jogo inteiro (segundo jogo)

  • Alexandre Goveia 22 de setembro de 2014 - 12:22 Responder

    Larguei esse camarada ai, tem que engolir e a escrita e não o choro. Sei que não vai fazer falta, mas vou me descadastrar deste lugar aqui. Pode me xingar , mas tô indo, dono da verdade.

  • Gustavo Kannenberg 22 de setembro de 2014 - 12:26 Responder

    Desculpe, mas ZERO pra vc. Pelo seu ponto de vista deveríamos ter aceitado que o Grêmio é um clube racista, que NÓS somos todos racistas e que deveríamos passar por reeducação. Ai eu pergunto: é isso mesmo? cara aceitar uma injustiça pra passar pra opinião publica que somos aquilo que não somos não me parece a maneira mais correta de lutar contra um problema que não nem de perto exclusivo nosso. Seria como se agora depois dos cruzeirenses baleados o Atl.MG aceitasse ser um time de marginais.

  • Bruno Fariad 22 de setembro de 2014 - 12:31 Responder

    Sabe, foi extramente difícil, a cada virgula tentava pular para os comentários, mais terminei de ler o texto, mesmo doido para cobtrarialo, parece que isso que esta sendo feito.

    1. VC citou a NFL, o primeiro ponto que foi discutido em diversos debates, mas aparentemente estavam todos querendo levar o Grêmio junto com atitudes individuais. Vou falar Novamente “OPORTUNISTAS” e de mal caráter e não tiro o que acabei de dizer. Pois isso é o que esta faltando. Opiniões como a sua é como a do um dos juizes do STJD, julga e condena o clube por racismo mesmo ele sendo um.
    Horas as pessoas diretamente ligadas ao clube, podem ser racistas mas apenas em um churrasco com os amigos vão se ferrar.
    Esse é o caráter de quem esta julgado o Clube.
    Dar a aparência do que não são.

    2. Desde quando Vítima recebe uma total imunidade em toda a sua vida se tornando eternamente inocente e inconsciente de seus atos se tornando um pobre coitado, onde não importando o que faço tem uma desculpa se livrando de suas responsabilidades. Só no Brasil quer ver.
    Coitadinho, roubou e matou. A mas ele cresceu vendo isso, nasceu pobre sem pai ele tem revolta com a vida.
    Concorda???
    Em uma gravidade mais alta é o mesmo tipo de raciocínio.
    Para se fazer de coitadinho não pode ser vaiado em estádio de futebol?
    Que direito a imunidade ele recebeu que não pode ser reprovado ou não se gostar do caráter dele, é algum ditador tirano?

    Poderia ficar aqui durante um período muito maior mas não quero, oportunistas de mal caráter com ódio ou simplesmente antipatia são incapez de agir com justiça pois são conformistas e falsos perante a platéia e essa é a verdadeira face da sociedade brasileira em sua maioria.

  • williamallet (@williamallet) 22 de setembro de 2014 - 12:39 Responder

    Carinhas,
    NÃO DÁ PRA EU ASSUMIR A CULPA POR ALGO QUE EU NÃO FIZ.

    Se eu não sou racista e tive os meus motivos (o mesmo que 99,99% dos gremistas que estavam no jogo da última quinta-feira) pra vaiar o goleiro do Santos, não vou assumir o racismo.
    Não, eu não vou engolir o choro.
    Não, eu não vou aceitar que me tratem como racista até que tudo caia no esquecimento. Até porque, a partir do momento que a gente assume, seremos taxados assim pra sempre. Pra SEMPRE. Lá em 2058, contarão histórias de “como se iniciou a a torcida mais racista do mundo”.
    Outra coisa: o link desse post está sendo replicado para diversos sites de esportes e de torcidas do Brasil. Agora que o Grêmio Libertador “assumiu a culpa”, todos vão cair matando pra cima dos gremistas que pensam o contrário. E eu tenho certeza absoluta que os gremistas que pensam ao contrário desse post são a maioria.

    Por favor, não apaguem esse post. Vai ficar pior. Complementem ele, dizendo que essa é a opinião de apenas um dos integrantes.

  • Kleber 22 de setembro de 2014 - 12:44 Responder

    Fagner eu intendo o que você esta dizendo, esta querendo ser um cara racional , mas tu acredita de verdade que se agente tivesse aplaudido o aranha a mídia do Brasil ia ter outra imagem do Grêmio???? Cara na boa não acredito nisto, se o Grêmio quer mudar sua imagem tem que verncer, ganhar titulos, e isso vai passar, daqui a pouco apararece outro caso mais interessante e deixam o Grêmio, isso é pura mídia.

    • Fagner 22 de setembro de 2014 - 13:13 Responder

      Eu acho que, pelo menos, não precisaríamos ouvir que “as vaias apoiam o que foi feito aqui no outro jogo” e ficaria bem mais fácil dissociar a imagem do “Grêmio Racista” com meia dúzia de torcedores racistas. Mas agora, já foi. Tem que trabalhar à partir disso.

      Saludos,
      Fagner

  • David Liévana 22 de setembro de 2014 - 12:55 Responder

    Cara, concordo contigo. Teu posicionamento é simples e objetivo na minha visão. Não culpar a vítima e não denegrir a imagem do clube seria o óbvio ululante e os representantes do clube estão sendo SIM irresponsáveis ao expor suas opiniões pessoais. Tá faltando diplomacia e jogo de cintura política na minha opinião. O que aconteceu já passou mas parece que vai continuar reverberando na imagem do Grêmio enquanto continuarmos tratando o assunto dessa forma. Se eu tenho uma empresa que é contra o racismo, e essa empresa depende de patrocínios que também são contra o racismo, é claro que eu ficaria calado por mais racista que fosse. Não estou dizendo que sou ou que somos racistas e acredito que o Fagner tampouco quis generalizar dessa forma. O fato é que quanto mais falamos sobre o assunto da forma como estamos fazendo, mais prejudicamos o clube. Eu acredito que as vaias não tenham sido de teor racista e acho sim que o Aranha está se aproveitando disso tanto no campo quanto nos holofotes. Ele sofreu a injúria, denunciou e seremos julgados, ponto. Deveria a partir disso, como todos nós, ficar calado. O Aranha e nós gremistas estamos botando lenha na fogueira e isso só é bom pra ele, afinal tudo o que dissermos poderá e será usado contra nós no tribunal. (Por favor não sejam bobos a ponto de interpretar tudo o que é escrito de forma literal. Seja texto de Fagner, David Coimbra ou do Papa.)

    • Fagner 22 de setembro de 2014 - 13:15 Responder

      Pra mim, é exatamente isso.

      Saludos,
      Fagnr

    • Thiago 22 de setembro de 2014 - 15:41 Responder

      Como assim, o Aranha está botando lenha? Quem procurou ele para falar do assunto foi a IMPRENSA GAÚCHA.

      O cara foi ofendido e “está botando lenha”?

      PELO AMOR DE DEUS!

      • Fagner 22 de setembro de 2014 - 18:01 Responder

        Está botando lenha, sim. O que não é problema algum. Aliás, na situação dele, tem mais é que botar mesmo. Se não botar, se ficar aceitando ir pra programinha com a Patrícia ou uma “recepção especial” do Grêmio, aí é que as coisas ficam como estão. O racismo vai seguir firme e forte.

        Saludos,
        Fagner

    • Jones 22 de setembro de 2014 - 16:36 Responder

      Perfeito David! Pena que o pessoal perece que fica cego, a paixão clubística emburrece…

  • Jean 22 de setembro de 2014 - 13:22 Responder

    O grande problema foi que a torcida do Grêmio foi BURRA. Era mais que sabido que todos holofotes estariam virados para este jogo. E aí a torcida BURRA (por + q as vaias tenham inúmeras razões, segundo quem as proferiram) foi lá e caiu direitinho. BURROS BURROS BURROS. Qualquer uhhhhh, naquela noite, seria dado como ato de racismo. Desculpa, burro, por compará-los a você.

    • Makol 22 de setembro de 2014 - 16:51 Responder

      Espertalhão você hein! Era pra bater palmas o jogo inteiro tipo campeonato inglês?

      • Jones 22 de setembro de 2014 - 17:14 Responder

        Pois é, os ingleses…
        Eles quase foram ao fundo do poço, mas assumiram seus erros. Baniram os trogloditas dos estádios, prenderam marginais, não deram mais espaço pra bandidagem e hoje tem um dos campeonatos mais rentáveis e organizados do mundo. Estádios sempre cheios, jogos de bom nível, e embora com restrição, você pode beber uma gelada no campo.
        Eles inventaram o futebol e tiveram que reinventar. Com absoluto sucesso…
        Enquanto isso tem gente que deve achar lindo o clima de guerra do nosso futebol.

        • Makol 24 de setembro de 2014 - 09:48 Responder

          O que aconteceu lá foi diferente. Morreram muitos torcedores por super-lotação em uma partida, 25 anos atrás, e então a sociedade se uniu não para massacrar como estão fazendo aqui, mas para reestruturar o futebol. Mudou muita coisa.
          Mas racismo em partidas de futebol na Europa continua existindo meu amigo…

          Em um país extremamente hipócrita como o nosso querer que esta mudança na sociedade parta de um clube de futebol, é o fim da várzea.

  • luciano 22 de setembro de 2014 - 13:30 Responder

    Se não tivessem vaido a manchete seria torcida do Grêmio ignora aranha em novo ato racista!!!
    Não importa oque fosse feito, a manhacete do outro dia já estava pronta!

  • Jones 22 de setembro de 2014 - 13:37 Responder

    Fagner, não adianta explicar pra quem não quer entender. Pior é que estou vendo que a maioria não quer entender. Fazer o quê? Rezar para que um dia acordem…pois nem desenhando entendem. E mais triste ainda é ver que muitos “cabeças” do clube são tão ignorantes quanto.

  • Arthur 22 de setembro de 2014 - 13:47 Responder

    Sinceramente, tenho muita dificuldade em interpretar a vaia que o Aranha levou no segundo jogo como apoio às agressões que ele sofreu. Mas deve ser porque sou um insensível de direita que lê Constantino e Olavo de Carvalho e não sei a respeito do white privilege e etc.
    Estão tentando transformar o Aranha em MLK e em Rosa Parks. E eu estaria me mijando de rir se não estivesse absurdamente irritado com tudo isso.

    • Fagner 22 de setembro de 2014 - 14:10 Responder

      Tu e vários outros estão pensando assim. O que é absolutamente irrelevante no caso de um ICBC (aquele banco Chinês) querer usar a Arena para promover a sua marca no Brasil.

      Construir uma marca demora muito. Destruir é bem fácil.

      Saludos,
      Fagner

      • Luciano Tricolor 23 de setembro de 2014 - 11:04 Responder

        O quê devíamos fazer? Baixar as calças e deixar ele fazer o que quisesse??? Hehe.
        Não somos racistas. Não temos que baixar a cabeça. Vamos vaiar nossos rivais e gritar contra a torcida do inter. Foda-se o resto!!! Quem não gosta, que não assista/ouça/participe!

  • GMR 22 de setembro de 2014 - 14:10 Responder

    Cara tu é muito chato. Pega a tua mala e vai morar lá no raio que o parta. Intelectual do Facebook…. Não tem o que escrever não escreve.

  • Pedro 22 de setembro de 2014 - 14:50 Responder

    Discordo totalmente do teu ponto de vista. Gerenciar crises como vc está falando é cair de joelhos contra a perseguição impiedosa que a RBS está fazendo contra o clube. Para lembrar os tais atos de racismo começou com o episódio Marcio Chagas, hoje comentarista da RBS, em Bento Gonçalves, em um jogo contra o Esportivo, lembra? O Grêmio nada tinha a ver com a história, mas a RBS jogou o Grêmio no contexto.
    Depois veio, bem armadinho, a fala do Paulão no Gre-Nal, que teria escutado um torcedor, lá na arquibancada, lhe ofender. Sim, o mesmo Paulão que desferiu palavrões contra adolescente em rede social. Pois por conta disso, o Grêmio foi punido.
    Estava decretado que o Grêmio deveria ser racista. Estava decretado que qualquer ato de burrice extrema de um torcedor(tão ou mais racista como de qualquer outro clube) iria fazer um estrago.
    Pois se existiu falta de postura da direção foi aqui. Deveria peitar a RBS e exisgir respeito a ele e a sua torcida.
    Os acontecimentos com Aranha é consequência, pois qualquer clube poderia fazer o estrago que foi feito, pois super dimensionaram o fato, chagando a fazer de uma jovem torcedora como a bruxa nacional.
    E se você pensa que vai terminar aqui, não vai… Qualquer jogo vão colocar trocentos câmaras de TV filmando os nazistas, separatistas e racistas dos torcedores do Grêmio.
    Ico Roman, Adalberto Preiss, Felipão nos representam!

  • Bárbara Barbosa 22 de setembro de 2014 - 15:20 Responder

    Fagner, gostei do teu texto!! Nós precisamos nos posicionar de maneira diferente.
    Até agora o Grêmio continua sendo “o errado” para a mídia, do jeito que as coisas estão acontecendo, só está piorando a imagem do clube. Moro em Brasília, e como alguém que está de fora do RS, digo com firmeza, nossa imagem está horrível!
    O clube Vasco da gama fez uma campanha mto bacana combatendo o racismo, tinha detalhes até nas camisas de jogo. Está na hora (passou da hora) da Instituição Grêmio tomar certas providencias.

    Galera, ninguém tá pedindo pra admitir que fulano ou ciclano que vaiaram o Aranha, fizeram isso pois concordavam com o racismo. Isso já passou e na minha opinião, foi mal interpretado, mas fora do RS todos acham que a torcida perdeu a chance de mostrar q é contra o racismo.
    Temo que desvincular isso da imagem do Grêmio e do torcedor, a melhor maneira é combatendo.
    Esperava ver mais cartazes, sei lá.. Alguma coisa.. Só sei que até agora, a torcida fez o q quis e de nada adiantou, inclusive só piorou a situação. Será q n podemos tentar algo diferente??

  • Thiago 22 de setembro de 2014 - 15:38 Responder

    Vamos pensar, amigos. Nós erramos e precisamos admitir. Todos sabemos que o pior cego é aquele que não quer ver. Nossa torcedora chamou o goleiro de macaco, vai pagar, nosso clube vai pagar. O cara volta a jogar aqui e nós o vaiamos insistentemente? O que ele fez? Procurou seus direitos? Fez cera? Quantas vezes nossos jogadores já não fizeram cera? Agora devemos admitir que as vaias não eram apenas pela cera, pois a referida cera ocorreu em jogo passada. Basta dessa vergonha. Vamos ser homens de verdade e assumir que erramos. Parabéns pelo texto.

    • Makol 22 de setembro de 2014 - 17:04 Responder

      Vivente, em que mundo tu vive? Só porque um no meio de milhares foi infeliz de ser filmado todos nós precisamos nos curvar e aceitar o rótulo que uma sociedade hipócrita nos deu? Isso é coisa de fresco, de bundão.
      Se este “aranha” fosse homem encerrava o assunto, aceitava o nosso pedido de “desculpas” protocolar e perdoava a guria. Não fez nada disso. Pois bem, a reação da torcida era a única possível.
      Ou tu é do tipo que ouve desaforo e fica quieto pra não te “prejudicar”? Isso é coisa de bundão.

      • Thiago 22 de setembro de 2014 - 17:34 Responder

        Makol, se “nós não precisamos nos curvas e aceitar o rótulo que uma sociedade hipócrita nos deu”, por que o Aranha tem? Que culpa ele tem? Foi ofendido e agora é culpado. Por que a torcida não “é homem e encerrava o assunto, aceitava a punição protocolar e perdoava o goleiro”?

        Ou o Aranha deveria “ouvir desaforo (RACISTA) e ficar quieto pra não se ‘prejudicar’? Isso não seria coisa de bundão?”.

        Percebeste, amigo? O que escreveste pode ser usado pro Aranha e pra nós.

        Seu texto é uma defesa para o Aranha.

        Precisamos ser coerentes.

        • Makol 23 de setembro de 2014 - 09:38 Responder

          Era vítima e agora é culpado, exatamente.
          Ele esta prolongando o episódio para ficar em evidência. Poderia ter perdoado a guria e ter aceitado o pedido de desculpas do clube. O Grêmio fez mais do que deveria para este caso.

          Todo mundo sabe que moral e futebol não combinam muito não. Porque as torcidas do eixo cansam de aprontar mas nós é que pagamos o pato.

          E vaiar é do futebol. Jogador que não quer ser vaiado vai procurar outra coisa pra fazer.
          Sinceramente, qual reação tu esperava sendo que o clube foi excluído de uma competição? Mesmo seguindo a regra para casos como este? A torcida fez o que tinha que fazer.
          Ou agora sempre que este vivente vir jogar aqui em POA temos que jogar sem torcida? Pois se vaiar a “vaia é diferente”, se “aplaudir é ironia”. Fala sério. É muita frescura pra futebol.

          Este “Aranha” é péssimo exemplo. Se nos pegaram pra cristo, ao menos o “herói injustiçado” poderia ser de melhor categoria.

  • Narcisa da Silva 22 de setembro de 2014 - 15:47 Responder

    Acho que ja deu o que tinha que dar. Agora o que falar é jogar palavras no ar. Não surtem mais efeito. O mesmo povo que vota nas urnas e vota errado não tem cultura pra assimilar qualquer comentário, fora dessa insanidade que a mídia jogou contra vejam só, não só os GREMISTAS, mas contra toda a cultura de um povo O POVO GAUCHO. Então não adianta colorados ficarem falando M…., porque também estão inclusos nisso tudo. Uma pena que ainda tem pessoas dando crédito a tudo isso.

  • Clademir 22 de setembro de 2014 - 15:58 Responder

    Quem não deve…. , o Grêmio tem que se precaver e td mais que estão fazendo, cameras, identificação, campanhas, o que está ao seu alcance, cobrar da justiça tb tem que fazer. Mas ficar insistindo na história, é bobagem, xingaram, justiça , punição, culpados, cadeia, acabou, eu não sou racista, sei que 99% não é (como todo lugar) , e a instituição não é! Se não querem acreditar, azar! Continuaremos seguindo nosso caminho independente dos descrentes na nossa inocência.

    Sou contra sair falando por aí o que quer, caso dos dirigentes , ainda não viram que deveria ser dado um treinamento,algo assim, de como agir em redes sociais e que pessoas com cargos ou representações carregam o nome do Grêmio. É tudo que a mídia quer ver o circo pegar fogo, exatamente como o autor aí fica batendo na tecla de novo.

  • Felix Nuñez 22 de setembro de 2014 - 16:03 Responder

    Na verdade eu achei genial a ironia do Koff. Uma pena demagoga de um orgão demagogo.Não havia outra maneira dele responder.

    Acho que o Gremio fez muito ao identificar, nomear e entregar de bandeja os envolvidos no ato. A partir daí seria tarefa da justiça julgá-los. Porém o circo midiático foi tão impiedoso com o Gremio que aonde a midia deveria estar (cobrando da justiça comum uma pena apropriada a quem praticou injúria racial) simplesmente não esteve e não cobrou. De nada adiantará.

    Sim, devemos agir, mas é difícil quando simplesmente o microfone é aberto somente para um lado. O circo foi montado e agora só o tempo para que seja desmontado. Nem ontem com brigas, tiroteios, baleados em, pasmem, jogos de futebol, conseguiram nos deixar em paz. Não teve
    praticamente nada nos noticiários ou sites esportivos.

    Acho que a Instituição Gremio faz um excelente trabalho, salvo alguns erros. Quem falha é a sociedade, é a justiça, esses sim, para mim possuem uma PECHA: o primeiro ausente; o segundo incompetente.

    Já trabalhei com branding e por hora podemos ter a nossa marca machucada, mas não manchada. Esta mancha é da sociedade, não do Grêmio. Nunca!

  • André 22 de setembro de 2014 - 16:21 Responder

    Cara sério,por que todo professor de história é um mala?
    Querem salvar o mundo das injustiças com seu esquerdismo ridículo.
    Tenha dó.Ideologia cega e emburrece.

  • Paulo Robe 22 de setembro de 2014 - 16:38 Responder

    Deixei de acompanhar esse site por causa desse mala. Quando resolvo dar uma espiada aqui de novo, dou de cara com esse post absurdo. Esse cara é do mesmo nível da IVI: sensacionalista, do contra e negativo. O WC do GL. Menos mal que não importa onde mira, acerta sempre o próprio pé.

  • Eduardo Fontana 22 de setembro de 2014 - 16:44 Responder

    A história é tipo um “prensado com ovo e salada da Lanchera” …

    • Eduardo Fontana 22 de setembro de 2014 - 16:47 Responder

      Não a ciência…história….a história mesmo….inclusive os 111 anos do Grêmio.

  • Ramiro 22 de setembro de 2014 - 16:56 Responder

    Não se pode tirar a razão do ponto de vista do Fagner. Lendo os posts dele, o que é bem massante (nada pessoal, é pelo teor do que precisou ser dito), só me vem na cabeça aquela aula monótona do capitão nascimento em Tropa de Elite, passando todas as traduções do termo estratégia, para uma classe com um aluno sonolento segurando uma granada sem pino.
    Mas eu escolhi estar na vanguarda, no front, na trincheira. Não sou o cara mais indicado para Jogos & Inteligência. Sou mais um entre os inconformados na esperança de que o caminho mais árduo dê o resultado justo. Sei que o embate direto não é a única forma de pelejar, mas é a que mais me identifico.

    De toda forma, repito: vejo razão no ponto de vista do Fagner. Apenas escolhi me juntar ao pelotão daquele torcedor que em pleno Maracanã, minutos antes da Final da Copa do Brasil, bradou a plenos pulmões.

    Não te mixa, Grêmio!

  • Fabio 22 de setembro de 2014 - 17:04 Responder

    Só voltei pra repetir, de maneira calma e concisa, que tanto faz o que dissermos. Estou falando, aqui em São Paulo, ficássemos em silêncio, não ficássemos, vaiássemos, aplaudíssemos, tanto faz, de um jeito ou de outro a história ia continuar. Só repito o que falei, ouvir calado e ouvir respondendo, eu prefiro o último. Não cabe aí, neste momento, o raciocínio lógico. A direção do Grêmio não ofereceu uma recepção para ele? Ele negou. Depois disse que achou que seria recebido de outra maneira. Só essa discrepância de atitudes antes e depois do jogo prova que tanto faz com gerenciamento ou sem. A gente é racista e ponto. É isso que querem. (sim, não fui sucinto)

  • Humbertosm 22 de setembro de 2014 - 17:18 Responder

    Pior que os inimigos são os falsos amigos. O Fagmer vasa da torcida do Grêmio, racista é tu cara eu sou gremista e não sou e pronto.

    Guarda essa tua ideia ridícula para ti e não vai para um blog gremista vomitar esse teu asco.

    Cada débil mental nesse mundo.

  • Luiz Fernando 22 de setembro de 2014 - 17:36 Responder

    Me respondam, baguais, por que o Aranha foi tão vaiado? Tem culpa ele?

  • Luiz Fernando 22 de setembro de 2014 - 17:48 Responder

    Que texto PERFEITO !!

    Parabéns, acabou de ganhar um fã.

    E o IDIOTA do Minwer acabou de perder um seguidor.

    ASS: LUIZ FERNANDO: NEGRO E GREMISTA.

    • Humbertosm 22 de setembro de 2014 - 18:39 Responder

      E babaca, tem que foder o Grêmio para punir 4 débil mentais.

    • Makol 24 de setembro de 2014 - 08:26 Responder

      Será que foi porque o clube foi excluído de uma competição e a torcida inteira rotulada de racista?
      Qual parte tu não entendeu? Precisa desenhar?

  • Daniela 22 de setembro de 2014 - 18:45 Responder

    Acho que está na hora do senhor largar o GRÊMIO e torcer para os rubros, quem sabe lá encontres a perfeição que tanto procuras. Saudações.

  • V.R 22 de setembro de 2014 - 19:07 Responder

    Concordo em gênero, número e grau com MINWER. Normal o Aranha fazer cena, querer se promover, pq na real ele é um bosta, ta fazendo o papel dele, e nós gremistas o nosso. A real é que qq coisa que fizéssemos seria visto como um ato racista, perfeição não existe meu caro!

    • Makol 24 de setembro de 2014 - 08:29 Responder

      Exato.

      Se vaiar é racista, se aplaudir é irônico (e racista), se ficar em silêncio é indiferente (e meio racista).
      Qual reação esperavam afinal?

  • Pablo 23 de setembro de 2014 - 09:31 Responder

    Fagner, então tu propõe que clube e torcida aceitem a pecha. Logo proponho uma contra-proposta: tu defende com paixão e de forma ferrenha uma doutrina ideológica pré-histórica que se baseia na contradição senão hipocrisia. Portanto vejamos: cuba e venezuela falam de liberdades individuais mas curiosamente perseguem e censuram os rivais políticos dos sistemas jurássicos que comandam estes países.

    Logo pergunto: tu gostaria de ter a pecha de hipócrita? Acredito que não. Logo, não força a barra para que aceitemos o que tu prega no texto.

    • Fagner 23 de setembro de 2014 - 15:11 Responder

      Eu sou uma pessoa. Como pessoa eu posso dizer que não concordo com o que a sociedade faz, e posso pedir que não me tratem como tratam a sociedade inteira. O Grêmio (ou a sua torcida) é um ente formado por várias pessoas. Essas pessoas são parte da sociedade. A maioria da sociedade é racista (não é?). Assim: ou eu assumo que os poucos não racistas da sociedade estão todos no Grêmio ou que ele não faz parte da sociedade, logo, não tem racista.

      O Grêmio assumir que faz parte da sociedade e que tem racistas na sua torcida em função disso não faz ele menor (nem maior) que ninguém. Agora negar isso é irresponsável.

      E as minhas opiniões “ideológicas” não tem nada a ver nem com o texto, nem com a resposta.

      Saludos,
      Fagner

  • Fausto 23 de setembro de 2014 - 11:32 Responder

    Fagner, tem um detalhe nessa história toda que está passando despercebido.

    Toda essa celeuma que se armou em volta do episódio envolvendo o Aranha, não está baseada na vontade das pessoas de lutar ou combater o racismo, porque essa vontade, pra imensa maioria não existe.

    Todo esse teatro está baseado na hipocrisia. Aliás, o incrível número de posts sobre o assunto no blog não deixa de ser um desserviço ao clube. Porque vocês estão dando eco pra as “Placares da vida”.

    A questão é que os hipócritas não levam suas lutas a cabo. São lutas vazias, feitas só no momento em que os fatos ocorrem, enquanto estão sob os holofotes. Aí pulam, esperneiam, se escabelam, fazem discursos bonitos. Depois a poeira baixa, o pessoal esquece, aparece um outro “caso polêmico” e tal qual formigas num pedaço de chocolate, os hipócritas se bandeiam todos para o outro assunto, a outra luta, a outra causa.

    É como diz uma música do Skank:

    “A nossa indignação é uma mosca sem asas
    não ultrapassa as janelas de nossas casas
    indignação indigna
    indigna inação”

    • Fagner 23 de setembro de 2014 - 15:01 Responder

      Bom, cara, falo disso no blog desde que entrei, em 2011. E acho que a coisa tem melhorado. Falta vontade de combater o racismo? Tem toda a razão. Só que ficar quieto não ajuda muito. Quanto mais a coisa incomodar, mais as pessoas pensam nelas.

      Saludos,
      Fagner

      • Fausto 23 de setembro de 2014 - 16:18 Responder

        Certo, mas tu não acha que no episódio em questão nossa abordagem deve ser outra? Algo do tipo “opa, peraí caceta, querem combater o racismo? ótimo … todos queremos, mas vamos parar de ser hipócritas e pegar Cristos pra crucificar como a Patricia Moreira e o Gremio e vamos enfrentar o problema de fato e como um todo”.

        Não se trata de nos eximirmos das nossas responsabilidades. Defendo que os torcedores identificados sejam punidos. E se conseguirem comprovar que o clube foi de alguma forma conivente, que seja punido também. Mas isso precisa se aplicar a todos. Nós não podemos pagar uma conta de anos e anos. E não é nem só pelo fato de ser injusto. É pela sensação que passa que “agora finalmente não existe mais racismo no Brasil”. Punição na medida certa, para as pessoas e instituições certas. E que essa “luta” continue, dia após dia. Não dá pra matar a sede de vingança em cima do Grêmio e depois engavetar esse assunto, como é de praxe.

        Por que os posts de cunho racista do auditor do STJD não tiveram (na mídia como um todo e até aqui no blog) 10% da ênfase que tiveram as matérias sobre a Patricia? Por que as inúmeras reportagens sobre o “Grêmio racista” não mencionavam que esse assunto não é novo e que recentemente um jogador negro do Flamengo foi chamado de macaco pela torcida do Santos, clube onde joga o Aranha, na Vila Belmiro. E por quê o Edu Dracena, bastião do Bom Senso F.C. não pediu naquela oportunidade o fechamento das portas do Santos? Pra mim, a resposta pra todas essas perguntas é a mesma: hipocrisia.

        De repente o Aranha virou o Zumbi dos Palmares, o Santos virou o Quilombo dos Palmares, a Patricia Moreira virou a fã nº 1 de Hitler e o Grêmio virou o clube mais racista do mundo. Peraí …

        Vamos organizar a suruba porque todo mundo querendo comer a mamãe e ninguém querendo dar pro papai não dá!

        • Fagner 23 de setembro de 2014 - 16:47 Responder

          Aranha, Patrícia, Grêmio, isso é secundário. O problema é o racismo. É contra o racismo que o Grêmio precisa gastar energia. Fazendo algo diferente do que tem feito, porque não tá adiantando. Se a mídia quiser fazer auê, problema é dela. Se a opinião pública tirou o Grêmio “pra cristo”, adianta discutir com ela? É dizendo “não somos e não aceitamos” que vamos deixar de ser o tal “cristo”? Fazemos isso desde 2007, pelo menos. O Grêmio tem que tratar o racismo com a importância que tem. Se não fizer, cara, vamos voltar a esse assunto no ano que vem. E no outro. E no outro.

          Insisto: a “injustiça” com o Grêmio é zero comparada com a injustiça que sofreu o Aranha. E ele ser um bosta não muda nada isso.

          Saludos,
          Fagner

          • Fausto 24 de setembro de 2014 - 09:09

            Claro que adianta Fagner!

            “Se eles querem meu sangue, terão o meu sangue, só no fim”

            Ou pra ser mais bairrista

            “Não podemo se entregá pros home de jeito nenhum amigo e companheiro”

            Até porque o Grêmio combater o racismo não vai mudar nada se todo mundo não fizer. É engraçado porque ontem vi uns programas de TV os caras malhando o pau nas vaias da torcida para o Aranha. Em seguida passaram a discussão dos gritos homofóbicos da torcida do Corinthians e aí mudou o discurso … “ah, o futebol não pode se levar a sério demais”.

            É a mesma coisa que tu “esquecer” de declarar algo no teu IR, e a receita vir e querer te cobrar o que todo mundo sonegou. Tu vai pagar porque a sonegação é um crime sério e que precisa acabar? Não. Tu vai pagar a tua parte e exigir que os demais sonegadores paguem a sua, especialmente os que sonegam milhões. Mesmo que isso não vá acontecer, cabe a ti exigir.

            Essa de bom samaritano e oferecer a outra face pra mim não cola. São assuntos separados.

            O racismo, que é grave, é crime e que todos precisamos combater. E se o Grêmio como instituição e sua torcida puxarem a fila, ótimo!

            Mas linxamento do Grêmio e da sua torcida é outra coisa! Não aceito e não vou aceitar. Prefiro que os STJD da vida ordenem o fechamendo das portas do Grêmio, como quer o Edu Dracena, do que arriar as calças pra esses filhos da puta!

            Porque mesmo que fechem as portas, eu vou poder continuar usando minha camisa do Grêmio com orgulho. A partir do momento que admitirmos que somos um clube e uma torcida racista, mesmo não sendo, mas como um ato de boa vontade no combate ao racismo, aí não vai mais dar pra usar a camisa com orgulho camarada, porque não existe ex-racista (somente um racista que se policia por conta de leis e pressão da sociedade ao seu redor).

          • Makol 24 de setembro de 2014 - 09:14

            É, e vou mais além, o futebol é secundário!!! Claro!!!
            Deveríamos fechar o futebol no clube e criar uma ONG!
            Precisamos “gastar energia” contra o racismo!
            Grêmio FBPA (For Brancos e Pretos – Association!!!)

  • Impzone 23 de setembro de 2014 - 15:51 Responder

    Fagner, não concordo contigo, mas respeito tua opinião. Entendi teu texto, não creio que esteja na turma dos que acham que a torcida gremista é racista. De fato, as pessoas muitas vezes são teimosas e preferem se apegar à sua teimosia a respeitar o próximo, que é verdadeiramente obrigação de cada um. No entanto, creio que a história tem dois lados, como toda história tem, e, nesse caso, creio que cada lado tem suas justificativas. E, justiça seja feita, o nosso lado infelizmente não é mostrado. Gostaria que fosse.

  • Alexandre 23 de setembro de 2014 - 16:29 Responder

    Em dois pontos eu concordo com o Fagner.

    Em primeiro lugar, em boca fechada não entra mosca, e não adianta dar murro em ponta de faca. Sobretudo as pessoas ligadas ao clube, se não têm o que acrescentar, é melhor que se calem. Quanto mais se der motivos, mesmo que legítimos, pode-se prejudicar, sim, o clube, sua imagem e sua saúde financeira.

    Não adianta colocar mais lenha na fogueira. A merda já foi feita. Agora, é permanecer calmo, fazer o possível para que atos assim não se repitam, e esperar a poeira sentar, até mesmo por conta da natureza do acontecido, como frisou bem o Fausto.

    Contudo, as pessoas sensatas até podem mastigar toda a papagaiada, todo o oportunismo, toda a leviandade, toda a injustiça que acompanharam todo esse episódio; mas não engolir. Os atos em si são condenáveis, mas o processo de condenação ultrapassou limites.

    A imprensa aproveitou a situação para faturar em cima do caso, como se destruir a vida da guria fosse justo pagamento ao que ela fez. Para piorar, pintou com a letra escarlate toda uma torcida, toda uma instituição, armando a arena para que os leões do politicamente correto os devorassem, sem piedade. A mídia mainstream tratou do caso como o Datena ou o Marcelo Rezende tratam, cujos espíritos de rapina há muito sacaram que o que dá audiência é ver desgraça alheia e malhação de judas – ou, em outras palavras, que a alegria dos palhaços é ver o circo pegar fogo.

    Então, caro Fagner, nos dois pontos que citei, concordo contigo. Queres preservar a instituição, no que estás coberto de razão. Que torcida e pessoas ligadas ao clube se calem, se não têm nada que preste para dizer. Será melhor para todos.

    Mas não pense que eu e muitos outros aceitamos toda essa pantomina bufa. Havia repórteres na casa da Patrícia, espreitando-a, assim como outras pessoas, física e virtualmente. Devassaram a vida dela, usaram e abusaram da imagem dela, provocaram o aumento desproporcional da punição que ela deveria sofrer. Para piorar, não fizeram a menor questão de frisar e refrisar que a culpa é de parte ínfima da torcida, não da torcida e muito menos do clube. Não fazendo isso, colaboraram para macular a torcida e o Grêmio como um todo.

    O Grêmio e sua torcida foram punidos demasiadamente. E não adianta vir com esses argumentos ideológicos de que somos todos culpados. A Ciência baniu a culpa que a Igreja havia inculcado. Atualmente, a Política tenta desenterrar esse defunto, que já começa a cheirar mal.

    Não sou culpado por nada que terceiros tenham feito. E sou gremista. Não sou culpado pelos negros terem sido escravos. E sou branco. Não sou culpado pela homofobia. E sou hétero. Tudo o que faço é para reforçar a luta contra o preconceito, mas por uma questão ÉTICA, não posso prejudicar os outros só para satisfazer a sede de vingança de alguns ou sua ideologia.

    Tão importante quanto o julgado é o processo de julgamento. Um processo de julgamento mal conduzido pode prejudicar irreparavelmente o resultado final, ou seja, a justiça. Foi o que aconteceu nesse lamentável episódio, onde, a meu ver, TODOS saíram perdendo. Infelizmente, se nossos problemas sociais fundamentais continuarem a ser tratados desse modo leviano, sensacionalista e hipócrita, em vez de resolvê-los, estaremos, na verdade, criando novos problemas para a sociedade.

    • Fagner 23 de setembro de 2014 - 16:48 Responder

      A ciência baniu a culpa? Que a Igreja colocou? Olha, se isso não é ideologia, boto fora meu diploma.

      Saludos,
      Fagner

  • Alexandre 23 de setembro de 2014 - 17:14 Responder

    Segundo a Torá, após o pecado original, cometido por Adão e Eva, o Homem foi expulso do Paraíso, condenado a vagar pelo mundo na condição de pecador. Para se redimir dessa sua natureza pecadora, deve seguir determinadas condutas. Contudo, embora possa se redimir, nasce condenado, culpado pelo que foi feito “ab orígine”.

    Se há um conceito que foi bem inculcado na sociedade por milênios foi o pecado e, por consequência, a culpa. E isso foi mérito da Igreja.

    O Racionalismo científico combate esse e outros conceitos. Ele rompe com essa lógica. Nem somos pecadores natos, nem carregamos a culpa de uma história contada por um livro.

    Agora, a Política traz à tona novamente a culpa, sobretudo a esquerda. O negro tem problemas: culpa do branco, da História, do Governo. Ele não tem nada a ver com isso, é vítima. Assim como o culpado pelos problemas da educação, saúde, segurança é o Estado, o Governo, a Polícia, o SUS, o caralho-a-quatro. Sempre há um culpado. Sempre.

    A única coisa que parece ter mudado em relação ao tempo da Igreja é que o pecado era interior e o pecador tinha que reconhecê-lo. Agora, o culpado é sempre exterior, nunca o sujeito, que é sempre vítima. Um retrocesso.

    PS: concordei contigo, Fagner, fiz apologia à parte do que afirmaste, e apenas te prendeste talvez à questão menos importante do texto que escrevi, prestigiando tua manifestação?

    • Fagner 24 de setembro de 2014 - 00:19 Responder

      Tu concordando ou não comigo, já li isso que tu tá colocando via Olavo de Carvalho. “Culpa da esquerda” é acreditar em coelhinho da páscoa. Racionalismo científico não combate religiões, combate interpretações religiosas de fenômenos. A explicação do tipo “foi deus quem quis”. A questão do negro é a desigualdade que alguém que foi transformado em coisa, negociado, comprado e vendido, que, depois da alforria, foi desconsiderado para o trabalho assalariado por não ser gente, ser coisa, só “funcionar apanhando” (eu já ouvi isso e não tenho 100 anos). E com APOIO da Igreja, que também tinha escravos, porque esses não tinham alma, ao contrário dos indígenas (e existem MILHARES de epístolas dizendo isso). Nem vou falar do Estado, que tinha políticas públicas de BRANQUEAMENTO através da captação de europeus (por que não, cotas) de segunda linha (italianos, espanhóis e portugueses) ou de primeira (loiros de olhos azuis, alemães, ingleses, etc) usando dinheiro público para isso. Então, não mistura as coisas. Há uma injustiça histórica covarde com a população negra. As medidas de reparação são apenas justiças históricas. E isso é importante. Isso NUNCA deve ser desconsiderado.

      Saludos,
      Fagner

      • Alexandre 24 de setembro de 2014 - 17:31 Responder

        Bom, agora percebi o óbvio: tu fazes parte da esquerda que critiquei. Daí a indignação. Daí a caixa alta, por que a esquerda, quando contrariada, grita, berra, esperneia. Foi mimada pela utopia. Não admite que a realidade a contrarie. Acha que o Estado é o arqueiro, o socialismo, o alvo e a sociedade, o arco.

        Tu és um idiota útil, como diz o citado Olavo de Carvalho. Defendes certas causas de acordo com raciocínios falaciosos e meias-verdades, com adesão emocional e sentimento de culpa.

        Para pessoas como tu, a História é uma permanente luta entre contrários, inimigos em guerra, mocinhos e bandidos, culpados e vítimas. A união, a estabilidade, a harmonia, a proporcionalidade, o equilíbrio e o bom-senso são acidentais, acessórios. A luta, o conflito, a guerra, a briga são os motores do processo: negros x bracos; pobres x ricos; capitalismo x socialismo, capital x trabalho – tudo isso faz parte do imaginário político da referida esquerda que tu fazes parte. Dividir para reinar, jogar uns contra os outros – eis o lema fundamental.

        Afirmas que a maioria do país é racista (“A maioria da sociedade é racista (não é?)”. Quem te disse essa loucura?

        Prove. Mas não com suposições (como é o teu caso), teorias ou outros delírios ideológicos.

        Tu lutas contra o racismo, no que te acompanho. Mas não te importas que, pela primeira vez na história da República Brasileira, temos uma política e um legislação raciais, contrariando a Constituição vigente. O Estado brasileiro, hoje, discrimina seus cidadãos pela cor da pele, privilegiando uma classe em detrimento de outra. Cotas sociais são compreensíveis. Cotas raciais, não. Não se combate o racismo com políticas raciais. Essa loucura só existe na cabeça da esquerda.

        Afirmas que o negro foi escravizado, que após a abolição continuou sofrendo com o preconceito e que, por isso, não conseguiu alcançar o patamar social dos brancos. É bem provável. Mas o que tu não queres entender é que o negro também foi traficante de escravos, e a escravidão negra por negros é mais antiga que a escravidão de negros por brancos. Ademais, a escravidão durou 388 anos, de 1500 a 1888 – e o Brasil só nasceu em 1822. Assim, seria mais justo cobrar a “dívida” dos portugueses, que foram responsáveis por 322 anos de escravidão contra 66 dos brasileiros. Porém, para haver mais justiça ainda, deveríamos cobrar dos reinos africanos, que enriqueceram através do tráfico de escravos e foram decisivos para a situação que os negros brasileiros vivem hoje.

        O problema da esquerda brasileira, assim como de militantes como tu, é acreditar que a sociedade está doente e que vocês tem a cura. Na verdade, doentes são vocês.

        • Impzone 25 de setembro de 2014 - 02:14 Responder

          Cara, tu só confirmaste tudo o que o Fagner disse sobre teu problema ser de ideologia, muito provavelmente sugada da figura que ele mencionou, pois tu falas exatamente os mesmos insultos que os fãs dele.
          Não mereces atenção, pois, tal como a dos mencionados, tua vida é uma luta contra uma posição política que só está em toda parte porque tua mente assim o vê

        • Fagner 25 de setembro de 2014 - 16:53 Responder

          E o problema de vocês, olavetes, é que acreditam em um astrólogo e querem ser levados a sério. http://brasil.indymedia.org/images/2014/08/535144.jpg

          Saludos,
          Fagner

  • Impzone 23 de setembro de 2014 - 22:14 Responder

    Acho que não entendeste o que o Fagner disse. Sem querer defender o ponto dele, apenas esclarecê-lo segundo o que entendi, ele não disse que somos culpados pelo que aconteceu ao goleiro do Santos, mas temos obrigação de combater isso, sendo culpados ou não. Uma questão de responsabilidade objetiva. Concordo com algumas coisas que tu disseste, mas creio que no final do teu texto estás distorcendo um pouquinho a questão ao partir pro campo da política e da religião.

    • Fagner 24 de setembro de 2014 - 00:26 Responder

      Basicamente. O esporte é um dos melhores meios de combater desigualdades e o Grêmio poderia assumir esse papel.

      Saludos,
      Fagner

    • GJ 25 de setembro de 2014 - 14:26 Responder

      Não, o que deveríamos ter feito nós fizemos. Excluímos os racistas dos quadros sociais.

      E acabou por aí.
      Quem gosta muito de ficar repetindo estes assuntos são geralmente militantes, maconheiros, promíscuos, ateus, estudantes de filosofia da federal, lambe-botas de Che Guevara, amantes de partidos de esquerda. Bem generalizado? Falácia? Sim, verdade. Mas representa uns 80% dos casos.

  • marco 25 de setembro de 2014 - 11:29 Responder

    Esse blog se tornou nojento depois que o DEUS absoluto da verdade chamado fagner começou a cagar pela boca.. Eu nao entendo como esse cara torce pro gremio e nem sei se torce mesmo.Bom alguem que ja chegou a querer mudar as regras do futebol e é contra catimba e etc nao se pode esperar outra coisa.Combinaria muito mais com o co coirmao , mas nao com nosso gremio..Eu tenho ansia de vomito cada ves que leio as colunas do glorioso fagner defensor assiduo do politicamente correto..Ele nao representa em nada a torcida do gremio , pq a torcida do gremio nao é bunda mole assim..O que vejo é que a maldita inclusao digital criou intelectuais de internet , gente que quer se promover na midia..Logo logo tu ganha um carguinho na imprensa podre , meu querido , estas trabalhando bem pra isso , te promovendo as custas do gremio , e ainda é meio facista pois quem discorda de ti é racista , homofobico ou qulauquer coisa , pois tu é o senhor da verdade absoluta , so que nao e nunca sera a vos da torcida.A maioria dos gremistas inoja as bobagens que tu escreve .. O melhor mesmo é largar o blog , mas a sorte é que tem outros que aqui escrevem pq os teus textos sao asquerosos

  • GJ 25 de setembro de 2014 - 14:20 Responder

    Brother, TEU TIME É O PSOL…. vermelhinho. Não dá para entender como um cara destes está num blog do Grêmio. Teu time é política, teu time é ativismo de DH… larga do futebol e vai fazer o que tu gosta. Vai lá e vota nas Lucianas Genros da vida…

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