Criada em 2007 e no FM desde o início do ano passado, a Grêmio Rádio Umbro surgiu para os gremistas que queriam ouvir os jogos do seu time sem ter que aguentar o famoso duplex ou alguns profissionais e suas declarações, digamos, provocativas, entre outras coisas. Antes ironizada por alguns destes profissionais, a Grêmio Rádio Umbro cresceu: quando está no ar, é a segunda colocada no Ibope, mesmo com um alcance infinitamente inferior às grandes do setor. E essa posição está se consolidando por diversos motivos.
- Sem duplex. Quem, como eu, cresceu num tempo que não havia PPV e boa parte dos jogos só era transmitida no rádio, se acostumou a ter que dividir a transmissão do seu jogo com outros jogos. Com o advento da nossa Rádio, não somos mais obrigados a esperar o lance do outro jogo pra saber como está o nosso. Temos uma transmissão 100% exclusiva, coisa que nenhuma outra rádio oferece.
- Qualidade da transmissão. Com um time quase todo de pratas da casa, a Grêmio Rádio Umbro não deve nada para as equipes de
gagáticosgaláticos. Cristiano Oliveski, Rodrigo Fatturi, Márcio Neves, Jéssica Maldonado, Luciano Rolla e os ídolos Carlos Miguel e Mazaropi conseguem passar toda a emoção dos jogos, como eles mesmos dizem, de gremista pra gremista. Nem bordão falta, pois toda vez que o Grêmio balança a rede adversária, o descontrole é formado. - Sem falsa imparcialidade. Ali, todos são gremistas e não precisam esconder isso, o que contribui para uma relação mais honesta entre comunicador e ouvinte. Quem está nos microfones é tão gremista quanto quem está ouvindo na outra ponta, torce junto mas não deixa de informar e criticar sempre que julgar necessário.
Como não poderia deixar de ser, esse crescimento está incomodando muita gente. Tanto que estão acontecendo algumas situações que dificultam o trabalho dos pessoal da Grêmio Rádio Umbro. Um exemplo foi o que aconteceu na partida contra o São Paulo de Rio Grande, quando tinha um ANDAIME em frente a cabine.
Visão da cabine da #GrêmioRádioUmbro no estádio Aldo Dapuzzo! pic.twitter.com/xGrazv4QT5
— Grêmio Rádio Umbro (@GremioRadio) 25 de fevereiro de 2016
Ou ainda quando colocaram a equipe pra transmitir o jogo contra o Passo Fundo de uma CAÇAMBA.
Nossa cabine no Vermelhão da Serra. Charmoso! #GremioRadioUmbro pic.twitter.com/u4jJHvB20h
— Márcio Neves (@marcio_neves) 30 de março de 2016
Mesmo com essas precárias condições de trabalho impostas, o Noveletto teve a cara-de-pau de dar entrevistas a outras rádios chamando a Grêmio Rádio Umbro de OPORTUNISTA. Nem vou discorrer sobre oportunismo e o presidente da FGF pois desvirtuaria o assunto desse texto. Sobre esta declaração, fico com o editorial da rádio.
Pra minha surpresa, nossa rádio incomoda menos os que ficaram pra trás do que aquela que vive se vangloriando por ser líder de audiência, a Rádio Gaúcha. Eu já larguei a programação esportiva dela há tempos. Não consigo mais ouvir 2 minutos deles, mesmo com gente boa lá como o Lucianinho e o Gustavo Fogaça. Quando a Grêmio Rádio Umbro não está no ar, procuro ouvir o Carlos Guimarães na Guaíba ou peço socorro ao meu pendrive. Tanto que só fiquei sabendo do quiprocó sobre a declaração do WC (iniciais perfeitas) pelo twitter, onde fiquei sabendo também que ele deve ter tomado um gancho depois da repercussão que o fato teve. Mas basta ser um pouco mais ligado em comunicação social pra saber que isso é só uma cortina de fumaça, mais uma forma de dar uma satisfação pro ouvinte e pro anunciante do que realmente uma mudança de postura, além de ser uma forma de buscar mais audiência.
Enfim, não esperem que eu vá ligar o rádio pra ouvir um pedido de desculpas ou saber o que fizeram com o comentarista. De descontrole só me interessa esse.