Basicamente é isso: neste domingo e nos próximos meses, vamos ter que ganhar no grito.
E tá dando pra escolher o que gritar. Pode ser aquela metralhadora de palavrões pra liberar a frustração. Pode ser o velho grito do alento incondicional. Pode ser – pra quem acredita – rezas ou palavras mágicas.
[Eu estarei no primeiro grupo. Lamentando, antes de tudo, a oportunidade perdida de se pensar futebol no longo prazo.Roger não é “o melhor técnico”, mas todos sabem que poderá ser e que, principalmente, tem uma conexão histórica e afetiva com o clube – esta mesma em que a direção aposta agora pra tentar tapar o abismo.
Ao não construir as condições para que ele ficasse por muito tempo no clube, jogou-se fora o potencial evidente de se CRIAR um TÉCNICO junto com um TIME – com maiúsculas. Mais: jogou-se fora a oportunidade de se estabelecer uma nova relação entre clube, time e torcida que não seja baseada na obsessão pelo passado. Por fim, foi assinar o atestado de que o clube que dizer querer arrumar a casa e se modernizar só sabe mesmo ser igualzinho a tudo o que já existe por aí.
Não há casamento possível entre gestão financeira responsável e imediatismo populista (e/ou politiqueiro) e fica claro, pelos adjetivos que o que precisa sumir do mapa é o imediatismo. E não haja entre os gremistas com poder de decisão alguém que enxergue que QUALQUER CLUBE que conseguir indicar pra torcida que pode ser diferente da nhaca toda do nosso futebol vai lucrar com isso porque conseguirá ter uma relação mais forte e duradoura com a torcida – que pode ser fanática, estar impaciente e se deixar levar pela obsessão, mas não é burra.
Mas voltando ao presente:]
Entramos em campo contra o Fluminense com o interino James Freitas na casamata e não dá pra imaginar que vá fazer algo diferente do que estava sendo feito até então. Maicon e Douglas voltam, o que permite remontar o esquema de Roger com a escalação ideal no meio campo. Na frente, Miller não está relacionado e o companheiro de Luan pode ser Batista, Pedro Rocha ou Henrique Almeida.
Os tricolores cariocas virão com o time bastante mexido, sem Cavalieri no gol e com um ataque experimental com Wellington e Henrique Dourado. Não briga por nada de fato no campeonato, mas até aí nós também já não brigamos.
Tudo vai depender do ânimo dos nossos jogadores.
De certeza, mesmo, só a gritaria.
O provável Fluminense: Julio César, Wellington Silva, Gum, Henrique e Giovanni; Pierre, Cícero, Gustavo Scarpa, Marcos Júnior, Wellington e Henrique Dourado.
O provável Grêmio: Marcelo Grohe, Marcelo Oliveira, Pedro Geromel, Kannemann e Edilson; Maicon, Walace, Jaílson, Douglas; Luan e alguém.
O jogo é às 16h, na Arena.
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