Amanhã começa a Libertadores. Passadas seis rodadas da fase de grupos, o Grêmio ficou com o segundo lugar e joga contra um argentino definindo a vaga em um jogo fora. Muita gente lamentou isso. Eu não me importo. Embora nesse ano o Grêmio tenha apenas uma boa atuação fora de casa (contra a LDU), o Grêmio de 2015 teve ótimos resultados como visitante sempre que enfrentou adversários duros e sem a obrigação de fazer placar. Jogando contra Corinthians e Galo fora fizemos 4 pontos (só não foi 6 porque o Douglas acabou errando o gol em Itaquera). E o Grêmio de 2016 está chegando no patamar daquele time justo no melhor momento.
O que já sabemos do Grêmio desse ano é que ele joga melhor em casa do que fora. Tirando a derrota pro São José (quando ainda tínhamos várias situações para resolver) há uns 15 jogos, sempre conseguimos fazer boas partidas ofensivamente. Não somos o melhor ataque da temporada entre todos os times da série A por acidente. Essa nova posição do Luan, pelo lado direito, tirou ele de perto do gol, mas também aproximou os outros pelo seu passe. Com 5 gols e 8 assistências, ele é o líder do segundo quesito entre os adversários de série A. Mantendo o ritmo de criação, temos totais condições de vencer a primeira partida. E temos feito gols fora de casa na Libertadores – o que é muito importante mesmo com atuações ruins (San Lorenzo que o diga).
A única coisa que precisamos nos preocupar é não levar gols em casa. Se a nossa obrigação fora for fazer um gol, e não de vencer, a tendência é que consigamos ir passando de fases na Libertadores. Ainda mais nessa fase, quando não jogaremos no final de semana e teremos uma semana para estudar o adversário – exatamente como tivemos contra a LDU. E a pressão por resultados na Arena também diminui; fechar a série em casa tem sido muito estressante pelo nível de tensão gerado. E nosso time não funciona muito bem em baixo dela. Tenham em mente, como bem o Maicon falou (aliás, parabéns pra ele, nas duas últimas entrevistas tem finalmente mostrado postura de capitão) esse time não pode ser culpado por jejum de títulos. Eles mal tem um ano aqui como equipe.
Amanhã é Libertadores. Dia de fumaceira. Foto do Ducker
Precisamos lotar o estádio, precisamos fazer outra fumaceira, mas também precisamos saber que o jogo não termina no apito final do juiz. Libertadores é jogar com o regulamento em baixo do braço. Precisamos ficar calmos e ajudando o time a pressionar o adversário, não apertando o nosso próprio time. Aconteça o que acontecer, ainda existe o jogo de volta. Na Libertadores de 2007 foi mais tranquilo vencer o Santos por 2×0 do que o São Paulo. Estamos em excelente fase e não há motivos para esmorecer pela desclassificação em campeonato regional. Afinal, quem lembra do campeão gaúcho de 1983?
