Maiúsculo: Grêmio 1×0 Cruzeiro

0 Postado por - 14 de abril de 2018 - Artigos

Um Grêmio maiúsculo derrotou os mineiros em seus domínios na tarde deste sábado. O gol do estreante André, num lance 100% centroavante, depois de uma escorada do Éverton em um belo lance do Ramiro. Grêmio controlou a partida até ter um expulso. O Cruzeiro não teve forças para reverter a aula em 25 minutos, e mesmo com o juiz dando mais sete, o placar permaneceu favorável ao tricolor. Deu até pra preservar o Luan, dar folga pra um gripado Geromel e tirar o Maicon no início da segunda etapa. Estreia de luxo.

O Grêmio foi Grêmio demais no primeiro tempo. Os 67% de posse de bola fora de casa demonstram isso. Com tanta gente dizendo que se tratava de um candidato ao título, muita gente deve ter ido pra frente da TV para assistir um jogo aberto, como no ano passado lá. Olha, eu não caí nessa em minuto nenhum. Mano “Retranca” Menezes colocou 11 atrás da linha da bola EM CASA (merece o maiúsculo aqui para ser enfático, porque é um comportamento minúsculo, bem o tipinho do treinador celeste) e deixou o Grêmio mandar no jogo. “Ah, mas a gente também não conseguiu fazer muita coisa no primeiro tempo”. Bem, essa não é a estratégia do Grêmio de 2018. O Grêmio gato brincou com a sua presa sem levar um susto sequer.

No início do segundo tempo a estratégia tricolor deu efeito. Mano “Retranca” Menezes quis um centroavante e acabou, finalmente, abrindo espaços entre os cinco defensores e os atacantes. E aí o Grêmio se fartou. Com espaço passou a ser mais vertical e, aos oito minutos, abriu o placar. Uma grande jogada do Ramiro, que driblou o seu marcador, cruzou para o Everton meter uma casquinha  para o CENTROAVANTE André conferir (aqui o maiúsculo se dá porque é assim que um centroavante deve jogar).

André conferindo. Foto: Frame da transmissão Globo.com (divulgação)

A cara do jogo estava igualzinha aos outros jogos em que o Grêmio enfiou uma sacola na segunda etapa. Só não aconteceu porque o Paulo Miranda errou uma cabeçada no meio do campo e só deixou a falta como recurso para o Kannemann impedir o avanço do adversário. O juiz expulsou direto. E aí temos um lance clássico: se ele só desse amarelo, ninguém ia chiar. Como era CASEIRO (o maiúsculo aqui, novamente, ressalta o minúsculo árbitro) e o time local perdia, não pestanejou para mandar o gringo pra fora. Se vocês olharem o lance do Edílson (que não viu a cor da bola no jogo todo) aos dois minutos, no Everton, foi IGUALZINHO. O jogador tinha a vantagem e o adversário, atrasado, vai só nas pernas. Mas, né, nem amarelo. Nada.

Aí os 3×0 não vieram. Tivemos que nos contentar com o placar. O Maicon já tinha sido poupado para a entrada do Jaílson, pra que a gente tivesse contra-ataque. A expulsão colocou o Bressan no lugar do André. E, em seguida, mais um titular fominha foi poupado pra terça, com a entrada do Michel, mais alto – mesmo com mais um jogo maiúsculo do nosso ponta. A ideia, claramente, era não sofrer um gol de bola aérea – a única coisa que parece que o adversário treina. No futebol o Grêmio foi infinitamente superior.

Agora voltemos à Libertadores. Terça tem briga pela liderança do grupo. E uma vitória fora de casa, além de encaminhar a classificação, bota o tricolor no bolo dos 7 pontos em 3 jogos, marca que só pode ser superada pelo Libertad que enfrenta o Peñarol, ou seja, em condições de brigar pelo primeiro posto geral.

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