Grêmio Libertador

Meias na área

Não há quem não saiba que regionais não definem nada. É bem comum que times que se dão bem nos estaduais não consigam desempenho satisfatório no Brasileiro. Ao mesmo tempo, em 2008, ano em que estivemos mais próximos de por a faixa de Campeão Brasileiro no peito, fomos eliminados na semifinal do ruralito pelo Juventude, ficando 30 dias apenas treinando. Entramos tão embalados que batemos o recorde de pontos da primeira fase do campeonato e não fomos campeões por um detalhe (chamado Celso Roth).

Porém, dizer que não se pode prever nada em função de jogos mais fracos é assinar atestado de incompetência. Mesmo que sistemas de jogo precisem ser alterados em função de marcações mais robustas ou ataques mais eficientes, a dinâmica de jogo – quem se apresenta, quem chuta, de onde se chuta, as opções de bola parada, as opções de passe, de quem tem a habilidade de fazer isso, etc – muda muito em função da característica do jogador. E isso é visivelmente muito diferente do ano de 2014.

Os dois artilheiros. Foto Lucas Uebel/Grêmio Oficial

Em diversas vezes no ano passado os volantes como o Ramiro e Riveros resolveram a parada achando algum gol em um momento onde o ataque não rendeu pelo motivo que for. Apenas o Luan entrava na área (e perdia gols) junto com o Barcos. Agora, em 2015, dois meias são os artilheiros da temporada – Giuliano e Douglas. Como já falei várias vezes aqui, acho o futebol do Cristian Rodriguez bem parecido com o do nosso meia de movimentação. E essa maior presença dentro da área vai nos garantir resultados melhores do que o ano passado.

Podem me cobrar.

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