Grêmio Libertador

Meio cheio, meio vazio

Não houve muita mudança do jogo contra o Goiás pra esse. Se na quarta criamos mais oportunidades, as poucas de hoje pelo menos resultaram em gol. Taticamente falando, nada de mudanças. Começamos o jogo com a mesma escalação, o que, geralmente, é uma boa chance para melhorar. E, de fato, melhoramos um pouco no posicionamento ofensivo. Enquanto o Luan foi aberto pela esquerda, o time foi bem efetivo. Porém, a  nossa jogada que deu gol foi resultado da sorte que o Alan Ruiz disse que tava faltando: a bola bateu no zagueiro, nas costas do lateral e voltou pro argentino ver a boa entrada do Giuliano, pelo meio, que completou pras redes. De resto, a única diferença no primeiro tempo foi a menor participação do Barcos. Os meias jogaram entre si mais do que buscaram o nosso 9. Pra quem criticou o meu pós jogo da partida passada porque disse que o Barcos foi bem: isso é o que eu chamo de Barcos ir mal.

“Bate palma pra mim!” Gol do Giuliano definiu o resultado. (Foto velha do Lucas Uebel, Grêmio Oficial)

O adversário estava apostando mais na velocidade dos contraataques do que em manter alguma organização em linhas. E tocaram a bola muito mais rapidamente que a gente, em dois toques. Mas a falta de qualidade do time de Santa Catarina é gritante. Embora com mais botes certos que o Grêmio, a quantidade de passes errados era enorme. Não deu nada certo. Mesmo com o toque de bola chegando a envolver a nossa defesa (que está bem lenta pra encaixar, diga-se), não conseguiam passar da linha de quatro formada pelos nossos zagueiros. Sem um ponteiro ainda, pra atacar o Saimon, fechamos bem atrás com ele de terceiro zagueiro.

No segundo tempo a entrada do Dudu foi providencial. O Luan não estava aparecendo e estava fechando mais pelo meio do que no primeiro tempo. Abrir o jogo era uma boa, até para poder começar a jogar com o Barcos. Porém, não deu muito tempo de ver se dava certo. Logo em seguida um dos zagueiros do Figueirense foi expulso e, ao invés de procurar colocar mais um atacante (ou o Everton, ou o Lucas), ele resolveu trocar de centroavantes. Pra vocês terem uma ideia de quanto o nosso ataque foi nulo nessa etapa, o zagueiro não foi substituído por outro e NÃO FIZEMOS GOL. O problema segue o mesmo. As virtudes, idem.

A quantidade de erros que o Lucas Coelho teve hoje, perdendo um gol em um ataque 3×2, inclusive, mostra que o problema não é qual o centroavante temos. Se os pontas (atualmente Luan e Alan Ruiz) não entrarem na área e não participarem FINALIZANDO, não há centroavancia que resista. Trocar as peças não resolve nada. Vamos seguir dependendo de um centroavante que acerte 100% das oportunidades que tiver. E isso NÃO EXISTE. Nem Ibrahimovic, nem Falcão Garcia.

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