Grêmio Libertador

Melhor jogo do ano

Uma nota dois é 100% a mais do que uma nota 1, certo? Então não venham me criticar assim, só lendo esse título, por falar bem de mais uma partida sem vitória  na Arena (a TERCEIRA). Justo pra mim, um cara que odeia empates. Mas, como eu não estou dando bola alguma para a tabela de classificação desse torneio desclassificado, fiquei bem contente com a evolução do time nessa partida. Jogamos mais uma vez contra um adversário retrancado e o goleiro deles TRABALHOU. Isso não é só melhor que todos os outros jogos do Grêmio esse ano, é melhor que 50% dos jogos do ano passado! Essa foi uma partida que deu pra sair com a certeza: se tivesse pé de obra, a vitória era certa.

A melhor surpresa do jogo: Marcelo Hermes na meia. Foto do Lucas Uebel para o Grêmio Oficial (via Flickr)

O primeiro tempo não começou bem. O time nervoso, errava muito e deixou o Juventude se postar bem no jogo. Foi um repeteco dos últimos jogos. Porém, a partir do momento que o Marcelo Hermes se soltou, o time evoluiu drasticamente. O que falta pro Grêmio é a articulação. Não o 10, como o Douglas. Até ele precisa de um articulador. E o alemãozinho da lateral fez isso muito bem. Se aproximava do meia, aparecia entre as duas linhas de quatro da defesa (que jogou num 4-1-4-1 descarado que virava 4-4-1-1) e servia de ponte entre quem tinha a bola e a linha de frente. Até o Fellipe Bastos foi favorecido e fez um ótimo primeiro tempo (mostrando que andava gago de um pé por medo, já que os chutes a gol foram calamitosos). Assim, só ficou faltando fazer o gol. Só aquele perdido pelo Everaldo já me servia.

No segundo tempo tive medo do time decair: voltamos pra segunda etapa justamente sem o melhor jogador do primeiro tempo (pra mim, tá). Mas isso não ocorreu por uns quinze minutos. Não só o Giuliano voltou fazendo a mesma função (eu preferia o time sem o Pedro Rocha, pra ver como ficava) mas fez muito melhor. Como é mais veloz, tem mais recursos e consegue fazer as coisas que o Hermes até parecia pensar, mas executava mal, o time fez um belo dum abafa contra UM TIME RETRANCADO. Coisa que eu não via, sei lá, nem vou chutar o tempo. Futebol agudo, com boa infiltração pelos lados mas ainda faltando uma referência que se refira a algo (preferencialmente a bola). Foram várias oportunidades onde o centroavante estava ausente.

Mas esse momento de alegria em ver futebol na arena durou apenas até a saída do Douglas para a entrada do Coelho. Entendo que era importante não perder o cara mais experiente pro Grenal. O cara que pode decidir numa falta (né goleirinho do Juventude?). Pode colocar o atacante na cara do gol (né Pedro Rocha?). Mas perder o cara que carregava a bola pra ser articulada aliado ao cansaço claro do Giuliano acabaram com qualquer coisa de bom que pudéssemos fazer. No final, quase levamos um gol, mas, também, quase fizemos (né Everton?).

Vamos lá, pessoal. Uma semana inteira para pensar. É uma pena o Felipão escalar o Marcelo Oliveira no domingo. Mas hoje valeu. Mesmo sem o resultado.

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