Na base do sem querer

0 Postado por - 6 de outubro de 2016 - Artigos
Bumba meu boi style!

Bumba meu boi style!

 

Eu tenho muita sorte.

Porque vou poder escrever tudo o que eu penso deste time do Renato depois de uma (rara) vitória fora de casa.

A verdade é que, apesar dos 3 pontos, retrocedemos 3 anos no futebol.

Viramos o lugar comum.

Um time descompactado, sem jogadas, que prefere o balão à tabela.

Nossa jogada trabalhada se resume a algum rompante de criatividade do Douglas ou alguma jogada individual do Luan.

É pouco.

Nestes 2 anos sem trabalhar, imaginava que o Renato iria aproveitar o tempo pra repensar o futebol.

Me enganei. Ele continua no estilo bumba meu boi, entregando a bola pro adversário pra tentar jogar no erro.

Erro nosso em contratar alguém que (não) pensa futebol assim.

Porque jogar no erro só funciona quando se tem um mínimo de pontaria lá na frente. E já está provado que não temos.

E porque jogar no erro só funciona contra time pequeno. Time bom erra mito pouco.

Resultado: nos apequenamos.

Vamos vencer partidas na raça e na vontade, sem saber por quê ou como.

E vamos perder “elogiando a entrega do grupo de jogadores”.

Saco.

Que venha 2017.

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8 + comentários

  • Ezio 6 de outubro de 2016 - 10:37 Responder

    Tiago se esse estilo garantir a Copa do Brasil vai ter valido a pena. E discordo que o Renatão esteja jogando na base do bumba meu boi. O que vi do time é que há sim jogadas bem trabalhadas (até pq temos jogadores pra isso) a diferença é que o time está tendo uma entrega bem maior é algo que a torcida em peso cobra. Renatão tem como mérito conseguir arrancar algo mais dos jogadores. Um belo esquema tático é importantissimo mas sem pilhar os caras não adianta nada. Quem se fia só no esquema vira um mero distribuidor de camisetas, um Zagallo da vida.

  • Mano 6 de outubro de 2016 - 11:10 Responder

    Realmente. Tem um latifúndio entre os jogadores. Não tem aproximação.
    É impressionante como nosso time é um cobertor curto, melhora uma detalhe e piora nos outros.

  • Felix Nuñez 6 de outubro de 2016 - 11:17 Responder

    Acabei de comentar no pos jogo do Fagner que me incomodou um pouco o estilo do jogo do Grêmio.

    Não acho pra tanto como disse na base do “bumba meu boi”, mas que mudou bastante, sem dúvidas. E pelas mudanças de posicionamento que Renato tem feito, pode ser que mude mais.

    O que mais me incomodou foi contra ataque com poucos jogadores. Teve momentos que imprimimos velocidade no contra ataque, mas com 3 jogadores e bem distanciados. Ficou evidente.

    Mas gostei da marcação no homem a homem. Estamos errando bem menos na defesa. Mas as transições rapidas estão rareando.

    Longe de achar o Renato um mal técnico, inclusive, para o que queremos este ano pode funcionar bem. Já para 2017 estou em dúvida. A não ser que, como o Fagner sugeriu, Espinosa entre com conceitos de treinos mais atuais e Renato aceite isso.

  • Paulo 6 de outubro de 2016 - 11:43 Responder

    O problema é que o Roger queria jogar como o Barcelona e nem nós nem os clubes brasileiros temos jogadores com capacidade pra fazer isso, infelizmente. Vejam que os times que mais se destacaram aqui não praticam o tal “futebol moderno” (como me enoja ouvir esse termo), Galo, Palmeiras, por exemplo, jogam num estilo semelhante ao do Grêmio do Renato. Velocidade e força em primeiro lugar, e em dúvida, mande a bola pro campo adversário, pois lá ele não faz gol.
    O Renato resolveu em 1 semana o que o Roger não conseguiu em um ano, como podemos criticá-lo?

  • Paulo 6 de outubro de 2016 - 11:48 Responder

    O motivo do time estar menos compactado é justamente estratégico: os jogadores agora não esperam a bola no pé em passe curto, mas sim o lançamento em profundidade buscando a infiltração e causar problemas ao adversário.

  • Artur Wolff 6 de outubro de 2016 - 15:47 Responder

    É o velho ditado; quem não sabe por que ganha, não vai saber por que perde.
    Renato não é técnico de futebol. Foi um grande jogador, raçudo, malandro e vencedor.
    Hoje traz sua experiência e carisma para liderar e motivar o vestiário. Não é muito mais que isso porque nem tem conhecimento e inteligência além disto.
    Mas para o momento (último trimestre) e o perfil deste grupo de jogadores que o Grêmio possui atualmente é justamente o que pode e deve ser feito até o fim de ano.
    Infelizmente, e muito bem colocado Tiago, no artigo, o Grêmio há anos é o cachorro correndo atrás do rabo, correndo prum ládo pro outro, prá frente e prá trás e volta pro mesmo lugar.
    Ano que vem reinicia tudo de novo. Esperemos que os erros ensinem.
    Há muitos anos no Grêmio não há pessoas com esta capacidade.
    Pelo “Maestro” já se tem a idéia da música que vai tocar………

    • Ezio 6 de outubro de 2016 - 16:32 Responder

      Se o GRÊMIO ganhar um titulo ainda em 2016 longa vida ao Renatão na casamata. Renatão não sabe muito de esquemas táticos mas é motivador até o ultimo fio de cabelo e tem excelente visão de futebol. sabe exatamente onde deve mexer no time. Não fica inventando jogador canhoto a chutar de pé direito por exemplo. É uma pena que ele não leve o ramo a sério, se levasse era titulos em cascata que levaria. A propósito ele já tem uma Copa do Brasil com o Fluminense, com esse grupo de jogadores do GREMIO ele tem tudo pra levar mais uma. Douglas joga melhor sob a tutela dele e foi um pifador que faltou em 2013 na última passagem dele.

  • dexter holland 7 de outubro de 2016 - 07:08 Responder

    Tudo bem, é seu ponto de vista. Eu so’ não consigo entender o que avançamos nos ultimos 3 anos para termos retrocedido algo agora.

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