NA FINAL! Grêmio 1×0 Pachuca, gol de Éverton

4 Postado por - 12 de dezembro de 2017 - Artigos

Só o Grêmio pra me fazer voltar aos anos 90 e começar a beber às quatro da tarde. Foi no sufoco, foi na briga, foi na BASE, foi na prorrogação: Everton fez um golaço e colocou o Grêmio na final. Agora é esperar quem será o adversário no Sábado e ficar completamente inconsciente de louco com o resultado que for. O importante é estar lá, é jogar com raça e fazer o que tem feito desde o início do ano: calar a boca dos incrédulos.

Eu vi o jogo do Pachuca com o Wydad Casablanca. Levantei onze da manhã pra ver aquela pelada braba. Mas, ao contrário do que os comentários que ouvi, eu detestei a vitória dos mexicanos. Porque um time que entra pra RETRANCAR contra um time do MARROCOS não iria vir se arreganhando contra o campeão da América. O time africano teve o jogo na mão até ter um jogador expulso. Então era óbvio o que ia acontecer: um jogo de anti-jogo, com o peso de fazer a estreia e da última experiência Gaucha em um mundial.

Foi com todo esse peso que a perna não respondeu. O primeiro tempo do Grêmio foi muito abaixo do que se esperava, do nível da final da Libertadores. E o do Pachuca muito acima do que eles mesmo esperavam. Porque o treinador veio pra ir pros pênaltis. Era descarado isso desde o início do jogo. Mas ele não contava com a partida que o Honda jogou. O cara destruiu o jogo. Não tinha bola que ele perdesse, não tinha passe que ele errasse. E as jogadas decisivas TODAS tiveram o carimbo do japonês. Ele fez o que o Arthur fez pela gente na final. E, da mesma forma, só jogou meio tempo.

Isso porque passado o primeiro pro segundo tempo o treinador resolveu retrancar mais ainda e tirar o centroavante pra botar um zagueiro. E aí o Grêmio cresceu muito. Tanto depois da entrada do Jael, que brigou muito lá na frente, quanto pela mudança de espetar dois pontas colocando o Éverton no lugar do Michel. Aliás, muito melhor jogar contra um retrancado com o Ramiro saindo rápido e deixando o Jaílson na primeira volância (outra invenção espetacular do Renato em 2017).

Mas o gol só saiu depois que o Edílson saiu pra entrada do Léo Moura. Porque a bola veloz do experiente lateral fez toda a diferença e bagunçou completamente o adversário. Essas alterações espalharam o adversário na largura do campo. E o Cortez, que fez dois gols pelo Grêmio na cobertura (o que viviam criticando no futebol dele, diga-se), cobrou um lateral rápido para o Cebolinha que driblou seu marcador e fez um golaço.

Éverton coloca o Grêmio na final. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via flickr).

Pra quem esperava uma lavada não conhece muito de futebol. A diferença em avaliação de plantel é só Arthur e Luan, de resto Grêmio e Pachuca são muito similares. Mas temos o plantel mais decisivo. A virada e a classificação são mérito do banco. E do treinador. Aliás, olho no Honda. Ele tem só 29 anos e tá com o contrato encerrando em junho. Pra um 2018 seria muito útil.

Agora é foco na final. E muita loucura. Acabar com o planeta está cada vez mais perto.

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4 + comentários

  • Ezio 13 de dezembro de 2017 - 09:11 Responder

    Realmente não era de se esperar uma lavada pois a motivação que times da CONCACAF (principalmente), AFC (Federação Asiática). CAF (Federação Africana) e OFC (Federação da Oceania) sempre vai ser maior pra cima do campeão da Libertadores do que pra cima do campeão da Champions League por entenderem que é mais fácil de ser batido. Só que dizer que GREMIO e Pachuca são similares é meio forçar a barra. GRÊMIO tem mais mto time, elenco, estrutura e tradição do que o Pachuca. O que equilibrou as ações foi que o Pachuca teve mais gana de jogo pra cima do GRÊMIO do que teve contra o Wydad Casablanca. O mérito do Pachuca foi justamente ter ciência de sua condição de inferioridade pra cima do GRÊMIO e ter se aplicado de forma religiosa pra tentar compensar essa diferença. No final além é claro da competência do Renatão valeu também a história do GRÊMIO que falou mais alto no confronto. Agora que venha a legião estrangeira do Real. Apesar de ter oceanos separando os elencos e estrutura entre o GRÊMIO e o Real está mais fácil a gente cometer o crime do que os demais times sul-americanos que enfrentaram os ultimos campeões da Champions League (Real e Barcelona inclusive). Se o Real tem o português que pode desequilibrar a gente tem o Luan que tem potencial inclusive de superar o português no futuro além do Grohe inspirar bem mais confiança do que o Navas. Vai ser bem dificil mas temos camisa e capacidade de cometer o crime.

    #VAMOGREMIO

    • Fagner 14 de dezembro de 2017 - 13:23 Responder

      Pachuca tem seis títulos mexicanos (3 apertura e 3 clausura) e 6 Concachampions (que é a Libertadores do hemisfério norte) além de uma Sulamericana. O América tem 7 Concachampions, o Cruz Azul tem 6 e são os três maiores campeões daquele torneio. Então tradição é com eles. Não tem como eles terem tradição na Libertadores, já que os mexicanos só jogaram aqui por um pequeno período.

      É por isso que eu não estava comparando a história dos dois. Eu estava comparando valor de plantel. O deles é 42 milhões de euros e o nosso 79. É quase o dobro? Pois essa diferença aí é o Luan (20 milhões) somado com o Arthur (14 milhões). É nesse ponto aí que eu apontava a equivalência. Murillo (Colômbia), Honda (Japão), Gutierrez (México), Omar Gonzalez (EUA), Edson Puch (Chile), Urretaviscaya (Uruguai) são jogadores de seleção. Não reconhecer a qualidade dos jogadores desse time me parece um pouco arrogante.

      Enfim, não acho que o Pachuca jogou mais do que contra o Wydad. Jogou igual. E era por isso que eu não queria enfrentar eles. Odeio retranca. A diferença é que eles ficaram com um jogador a mais e tiveram que sair pro jogo naquela partida. E a obrigação de vencer pesou pro lado deles, como pesou pro nosso. Aliás, o Lanús também jogou assim, só ganhou uma Sulamericana na vida toda e o “tamanho” dele foi considerado maior. Acho que o Pachuca é muito maior que o Lanús.

      Já sobre o Real, o que o ataque deles tem de fenomenal a defesa tem de comum. A gente tem que fazer um gol a mais do que eles, só. Vamo!

      Saludos,
      Fagner

      • Ezio 15 de dezembro de 2017 - 08:58 Responder

        Eu acompanho a Liga MX (inclusive vi o ultimo titulo do Apertura ganho pelo Pachuca que foi um empate contra os Rayados com 1 gol aos 48 do segudno tempo). Os times mexicanos têm seu valor mas nenhum deles tem expressão maior que a do GRÊMIO independente da Libertadores que eles jogaram por pouco tempo mesmo. Acho que vimos dois Pachucas diferentes contra o Wydad. Eu vi um Pachuca que mal conseguia trocar dois passes e que só não perdeu pela ingenuidade dos africanos. O gol que o Pachuca fez foi a única coisa que fizeram naquele jogo. Já contra o GRÊMIO pelo menos o Grohe teve que fazer uma defesa e teve uma cabeçada que passou perto além de eles conseguirem trocar mais passes. Foi uma partida bem melhor em relação a estréia mas valeu a nossa camiseta no final além da competência do Renatão. Quanto ao Honda que estás destacando ele até pode figurar no plantel em 2018 mas não creio que seja titular. Mesmo se o Arthur sair ainda temos o Maicon. Já estou na expectativa pra amanhã kkkkkk

        VAMO GRÊMIO !!!!

      • Ezio 15 de dezembro de 2017 - 09:00 Responder

        Esqueci de citar no comentário anterior. O Arthur está valendo 50 milhões…

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