Nosso novo tutor

0 Postado por - 15 de novembro de 2011 - Artigos

Odono já provou que não é presidente de nada. É pinguim de geladeira. Depois de falhar monstruosamente no primeiro semestre, o pensamento mágico desse demagogo levou de volta ao Grêmio alguém que nunca mais deveria pisar no Olímpico novamente: Paulo Pelaipe. Seu segundo movimento dentro do universo inventado e mágico que resolve tudo com experiências do passado, que é a cabeça dele, foi trazer o seu amuleto: Celso Juarez Roth. Mas não adianta. Com um time quase todo da gestão anterior (e aqui não estou defendendo ela) e contratações que, quase todas, não deram certo, não sobrou mais nada ao nosso ditador do que chamar alguém que realmente entende de mercado e jogadores: Jorge Machado.

O Machado (que só de citar o nome me dá calafrios, visto as novelas de renovação do Jardel e do Felipão há muitos anos atrás) faz hoje, no Grêmio, aquilo que Carlos Leite fazia quando voltamos da segundona: governa o tricolor. A negociação com o Kléber é a prova cabal disso. O empresário do Mário Fernandes já colocou no plantel mais dois jogadores (o Grolli e o Felipe Nunes). Carlos Eduardo, que saiu pela mão de Carlos Leite, está cotado para voltar pelas mãos do nosso novo primeiro ministro. Isso que eu tive preguiça de buscar outros jogadores no elenco. Não fiquem surpresos se o nome dele ficar cada vez mais frequente no noticiário gremista. TERCEIRIZAMOS O FUTEBOL.

Para aqueles felizes que associam o nome deste empresário aos anos dourados do tricolor, gostaria de lembrar que ele é empresário de, ninguém mais, ninguém menos, Celso Juarez Roth. E fazer uma pergunta: se ele dá as cartas por aqui, para que o Pelaipe? Fecho agora em mandar o nosso “executivo” para casa e deixar um profissional na área.

Já começamos o ano de 2012. E começamos errado.

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19 + comentários

  • Josué 16 de novembro de 2011 - 00:13 Responder

    Infelizmente é assim. Paciência, que os que pensem diferente tentem ganhar força, assumir o poder e mudar o que acham que está errado.

    Sendo isso certo ou errado, eu vou torcer pra que esses rolos todos dêem resultado, porque quero ver meu clube campeão. Espero que não tenha nenhum gremista por aí secando o Grêmio só pra poder dizer “eu avisei” depois…

  • Rafael 16 de novembro de 2011 - 00:51 Responder

    Pode estar o Jorge Machado, Carlos Leite ou até o Papa de empresário ajudando ali. Isso não importa. O que eu quero é um time forte, e ao que tudo indica vamos ter em 2012.

  • Gabriel 16 de novembro de 2011 - 08:52 Responder

    Acho louvável se cercar de empresários para o bem do Grêmio, mas tem que se definir o limite de atuação deles, se o cara quer ajudar deixa, o problema como foi dito é a atuação do Pelaipe e Odone, se o #ForaRoth funcionar e a direção tiver voz de ordem (não acredito que estou defendendo a direção), que o Grêmio seja campeão!!!

  • Cristiano 16 de novembro de 2011 - 08:56 Responder

    Desculpa Fagner, mas dessa vez eu discordo de ti, hoje infelizmente quem manda no futebol sao os empresários, o clube tem que arcar com esses corvos para poder montar um plantel de qualidade, prefiro jogadores que joguem bola de verdade e sejam do Machado, do que duzentos clementinos, viçosas e outros pertencendo ao Grêmio. Sei que nao é um bom exemplo, mas dá uma olhada nos macacos, começaram a ganhar titulos depois que mais da metade do time deles é do Sonda, o que importa é caneco no armário.

    Abraços,

  • Tito Portalet 16 de novembro de 2011 - 09:46 Responder

    Tem coisa que só se aprende com o tempo. Esse lance do poder dos empresários dentro dos times é recente e tem uma curva grande de aprendizado para o lado dos clubes. Acertar essa medida de aproximação sem comprometer a ética é difícil. O importante é não deixar os caras terem uma postura coronelista a ponto de colocarem qualquer tranqueira que eles agenciem dentro do clube. Nesses casos o rabo preso é o pior que pode acontecer.

  • Joca 16 de novembro de 2011 - 10:53 Responder

    Os empresários são os donos dos jogadores, logo é com eles que se tem de ter boas relações. Quando fomos rebaixados com o Obino, o mesmo havia fechado a porta para os empresários, o que resultou num time fraquíssimo. Tu preferiria que fosse assim, então?

    O Odone foi ACLAMADO no ano passado, como uma espécie de salvador da pátria. 1 ano ruim e vira o novo Obino?

    E também não entendo a raiva contra o Pelaipe. Preferes o AVM? Com o time naquela bagunça e beirando o rebaixamento? Quem tu querias então? O Rodrigo Caetano que não quer sair do Vasco?

  • Gustavo 16 de novembro de 2011 - 12:59 Responder

    “o pensamento mágico desse demagogo levou de volta ao Grêmio alguém que nunca mais deveria pisar no Olímpico novamente: Paulo Pelaipe.”

    Uma pessoa que fala uma besteira dessas não pode se considerar Gremista. Muito menos ter parcela na opinião pública.
    Nós deveríamos estar sem o Pelaipe… na série B! Odone teve um ano atípico. Está sendo justamente criticado por isso. Se montar um time vencedor e dar ingressos pra torcida, vão pedir uma estátua dele no final do ano que vem.

  • Fagner 16 de novembro de 2011 - 13:09 Responder

    Então tá, Gustavo. O Pelaipe que, de méritos, tem só investir na carreira política do Odone, não era o cara à frente do time na série B. Aquela administração pífia que teve que contratar 70 cabeças para não fazer mais que a obrigação foi levada pelo Renato Moreira. Depois da sua saída, em dezembro de 2006 (http://www.gremio.net/news/view.aspx?news_type_id=4&id=1287&language=0), o assessor Paulo Pelaipe pegou o time já montado (ah, não, esqueci, ele acrescentou na equipe o Tuta e o Amoroso) e saiu em 2008, depois de perder vergonhosamente para o Juventude, quando mo Odono vestiu as calças e preservou o técnico. Na sequencia o Krieger assumiu.

    O Odono teve um ano de Odono. Se tu quer se iludir com isso, então te ilude. Cada um fala a besteira que quiser.

    Saludos,
    Fagner

  • Fagner 16 de novembro de 2011 - 13:20 Responder

    Não, Joca, não prefiro o AVM (que eu chamava de AVC aqui). O que me deixa irritadíssimo com o Pelaipe é que a imprensa e os torcedores vivem dando méritos para ele de títulos que ele nunca conquistou. Conhece de futebol? Senão vejamos: em 2007, depois de assumir o futebol tricolor (era assessor), “reforçou” a equipe com Saja, Schiavi, Kelly, Diego Souza, Jucemar, Tuta, Amoroso e Gavillán (estes últimos já na segunda fase). Quantos deram certo, mesmo? 1 em 8 (vai lá, 2 se tu gostava mesmo do Saja) dá 12% de acerto (ou 25%). Até eu consigo esse grau de acerto.

    O Pelaipe é um engodo. Com ele é difícil irmos para algum lugar. E é por isso que eu tenho raiva dele.

    Saludos,
    Fagner

  • Fagner 16 de novembro de 2011 - 13:23 Responder

    Cristiano,

    para mim o Sonda é o prego do caixão deles. O Sonda veio depois de 2006. A venda do Nilmar, desse empresário, para o Villareal rendeu aos cofres chorolados a mesma coisa que rendeu para nós a venda do Paulão para a China. A diferença é a assessoria de marketing deles.

    Saludos,
    Fagner

  • Joca 16 de novembro de 2011 - 16:58 Responder

    Entendo o que tu quer dizer, Fagner. Não sou grande fã do Pelaipe, mas o mesmo tempo não o acho essa desgraça toda.

    Eu tinha uma vaga lembrança de que o Renato Moreira havia saído em 2005, logo após a conquista da Série B, valeu pelo link com a informação. Mas enfim, dos que tu citou, Diego Souza e Gavillan podem ser considerados como que deram certo (o gavillan até se lesionar, pelo menos). Também teve as contratações do Lúcio e do Teco (que seguiu o mesmo caminho do paraguaio). Foi ele também que trouxe o Jonas do Santos, não foi?

    E em 2008? Com as contratações do Victor, Réver e até mesmo do Roger chinelinho. Só o ataque que foi uma desgraça (uma marca do Grêmio desses últimos tempos, falando nisso).

    Também tivemos a revelação de uma boa safra de jogadores.

    Não acho que ele tenha feito um trabalho maravilhoso, e nem que ele tenha sido o único responsável pelas contratações (nem nas as que deram certo nem nas que deram errado). Mas ele tava lá, portanto ele merece parte do crédito, não?

  • Fausto 16 de novembro de 2011 - 17:26 Responder

    A questão é simples, o Grêmio tava atolado numa merda sem fim, porque a gestão do Kroeff foi uma piada e os homens de futebol dele também (Krieger e Meira), aí com o Odone veio o AVM e até parecia que seria melhor (difícil ser pior ou igual ao Meira), mas ele conseguiu o impossível e se igualou aos antecessores. Treinador a mesma coisa, depois da saída do Renato apostaram no Julinho que não conseguiu comandar o time e a maionese desandou de vez.
    Nesse contexto merdístico, a vinda do Pelaipe e do Roth foi uma benção, porque a gente tava indo a passos largos pro rebaixamento. O que eles fizeram de concreto foi da parte do Roth organizar o time (mesmo com as convicções burras dele) e da parte do Pelaipe trazer 3 caras que tavam dando sopa no mercado, dois porque eram medíocres e não acrescentaram nada aqui e um porque jogava no Fluminense que é um clube difícil de entender, e esse deu muito certo! Simples assim.
    Pra 2012 o certo era buscar alguém realmente bom de futebol pra diretoria e pra treinador. O resto é balela!
    Se o Pelaipe fosse um cara realmente bom, não tinha rodado por aí sem conseguir nada de concreto no futebol desde que saiu do Grêmio. Agora, ele pelo menos é do ramo, tem os telefones dos empresários, tem a manha de conduzir uma negociação … comparar um cara assim com o AVM é até covardia.
    E só pra relembrar e fazer justiça, as contratações do Victor e do Réver tem que ser depositadas na conta do Vagner Mancini, que tinha passado pelo Paulista e conhecia os jogadores de lá.
    Ou seja, pra mim o Odone usou a tática de por o bode na sala. Se ele assume no começo do ano, demite o Renato e traz o Roth e chama o Pelaipe pra diretoria ele ia ser linchado. Então ele sabota o Renato, põe um cara ruim pra treinar o time por uns tempos, uma ameba na diretoria e aí quando trouxe o Roth + o Pelaipe ficou a impressão de que era algo bom!

  • Mauro 16 de novembro de 2011 - 19:25 Responder

    “Pensamento mágico demagogo” define bem o raciocínio do autor.

  • Gustavo 16 de novembro de 2011 - 20:32 Responder

    Onde estava o Krieger, Kroeff e Koff em 2005? Esqueceste de muitos fatores nessa tua análise. Se bem me lembro, o Grêmio estava quebrado, jogado as traças, com um público não maior do que 10 mil torcedores e NINGUÉM queria assumir o seu comando.
    Te faço um favor.
    2004:
    09 de dezembro: Eleição no Conselho Deliberativo. 276 presentes e 2 votos nulos. Adalberto Preiss 147 votos, Paulo Odone 100 votos e Antônio Vicente Martins 27 votos.
    16 de dezembro: Eleição nos sócios. Paulo Odone 1.469 votos x Adalberto Preis 905.
    http://gremio1983.blogspot.com/2008/10/histrico-eleies.html
    Em 2007 Tuta e Amoroso foram os jogadores que aceitaram (aceitaram, não quiseram) jogar no Grêmio e mesmo assim chegamos a uma final de libertadores! E digo que não ganhamos a copa, pois pegamos um baita time de futebol na final. (Diferente de finais caseiras ou contra mexicanos).
    Não sou defensor de ninguém, a torcida tem que criticar quando achar que o deve. Agora falar que o Pelaipe não teve mérito nenhum em 05, 06 e 07 é uma atitude, no mínimo, ingrata. Não vou nem comentar da parcela do Pelaipe no vestiário.
    Mas tu estás certo. Cada um com a sua verdade.

  • Fagner 16 de novembro de 2011 - 22:01 Responder

    Joca, é isso aí. Mas para tirar três jogadores, quantos foram contratados? Isso é critério para dizer se um trabalho foi bem ou mal conduzido. Acabei de escrever um post sobre 2001, com o José Otávio Germano no futebol. Não gosto dele, mas contratou oito e acertou seis. Acertar três em quinze não é mérito algum. Assim, pode não ter sido uma desgraça, mas não é bom para achar que ele é a salvação da lavoura. Ele acerta muito pouco para 30 mil por mês. Ainda mais se ele usar o Machado (que não trabalha de graça) para melhorar seu percentual. Esse é o ponto.

    Saludos,
    Fagner

  • Fagner 17 de novembro de 2011 - 00:34 Responder

    Gustavo, não sei por que tanta revolta com o meu texto e a minha resposta. Como tu mesmo colocou, a contenda de 2004 foi entre Odone e Adalberto Preis. O Guerreiro tinha sido “aclamado” como o Odone foi agora porque tinha batido na trave no Brasileiro e Libertadores. Porém, ele tinha posto uma faixa no peito, coisa que o Odone não fez. Então, não me venha com papinho de que “ninguém queria”. O AVM era situação nessa eleição (ou seja, perderia de qualquer maneira) e haviam duas oposições. Três postulantes é bem diferente da eleição SIM x NÃO, como o Odone vive jogando na cara dos outros.

    Se tu vê o Boca como um baita time, bom tudo bem, quem sou eu para negar. Porém, jogar duas partidas com um só atacante depois de tomar 3×0 no primeiro jogo é imbecilidade. Se o Pelaipe tivesse culhão fazia o Mano “Funcionário Padrão” Menezes colocar o time inteiro no abafa. Não sairia dizendo que o “Boca é um Caxias com grife”. Que bom vice de futebol falaria uma bobagem dessas?

    Assim, pela “carreira solo” do Pelaipe, posso dizer sim, com todas as letras: o time de 2005 só “deu certo” (o Grêmio tinha que ter sido campeão com sobras, e não com um pesadelo no último jogo) porque ele não dava a última palavra. Quando teve que fazer, ou seja, APENAS EM 2007, fez merda (assim como fez por onde passou depois disso – que o digam os torcedores do Fortaleza). Para mim, ele provou da mesma forma que o Meira que era a peça fraca do futebol, como este último fez no trio Krieger-Meira-Kuelle. Isso não é ingratidão, é simplesmente não tapar o sol com uma peneira.

    Saludos,
    Fagner

  • @dgbaza 17 de novembro de 2011 - 16:52 Responder

    Fagner, assino embaixo tudo que tu disse!

  • diogo 19 de novembro de 2011 - 14:20 Responder

    tudo e verdade isso que tu escreveu mas, vamos fazer o que? sabemos quem manda no futebol isto não e novidade mas repito fazer oque?clubes em dividas que se não recorrer aos empresários abutres, segunda divisão e o caminho. os coloridos ganharão tudo assim infelizmente esse e o futebol brasileiro mas repito fazer que?e quem vai fazer?como vai fazer?

  • Fagner 19 de novembro de 2011 - 15:41 Responder

    Diogo, já que não temos dinheiro e o Jorge Machado é um cara muito eficiente (e como empresário cobra percentuais nos agenciamentos), podemos fazer uma coisa: mandar o Pelaipe embora e economizar 70 mil reais do salário dele.

    Saludos,
    Fagner

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