Grêmio Libertador

O ladrão bonzinho e o polícia corrupto

O juiz era o Héber. O jogo fora de casa. A postura era defensiva, buscando os contra-ataques, o que não é o forte do elenco. E, no final, se alguém merecia sair com a vitória, era o Grêmio. Todos os componentes para afirmar que, ao contrário do empate contra o Flamengo, Palmeiras e Ponte, foi um ótimo resultado. “Ah, mas perdemos a oportunidade de passar na frente deles”. Sim e não. Eles vão enfrentar o Flamengo – e aí tudo pode acontecer. Se por um lado o adversário é horrível, a arbitragem costuma ser muito amiga. Ainda mais em casa.

O sistema montado pelo Lixemburgo funcionou perfeitamente. Não deixamos eles jogarem. E, exatamente como suspeitava, fazendo isso, ficou difícil jogar lá na frente. Poucas chances de gol para nós, e poucas para eles. Mas a melhor foi nossa. Uma bola na trave de cada lado, um gol perdido de cada lado (Souza e Guilherme) e um gol sem goleiro “desperdiçado” (tava desequilibrado, mas se fosse um Jardel, fazia). Tivemos a bola do jogo, mas foi só uma e não nos acadelamos.

Assim, a conta acabou sendo positiva para nós. Mesmo em um jogo onde nós, os ladrões bonzinhos (porque somos ladrões, não importa o que façamos) levamos pau pra caramba. Os canalhas acertaram com a chuteira o peito do Kléber (nem falta foi), que levou amarelo depois por fazer cera (prometido desde o Olímpico, diga-se de passagem). E quebraram o Zé Roberto em outro lance, “sem falta”, que rasgou a meia da sua perna esquerda com a força do pensamento, provavelmente. E a choradeira foi grande. Para variar, o mimimi do Cuca depois do jogo foi ridículo. Todo o mundo foi contra – o Grêmio foi um time ruim, retrancado, o juiz foi malvado com eles, a torcida deles estava errada, o pai dele comia ele, a mãe batia…

A conta do Lixemburgo é de que nós teremos os cinco últimos jogos mais fáceis que os primeiros – o que explica o jogar para o empate contra o Flamengo e Palmeiras, além das cachaças dos 37 pontos. Vamos torcer para que ele tenha razão. De minha parte, vejo que só nós, dos três primeiros, vamos nos reforçar nos próximos jogos (Júlio César e Bertoglio devem voltar em breve).

Dados interessantes do jogo (dados do Footstats):

– O Kléber manteve a sua média de 6 faltas sofridas, só errou um passe e acertou 23;

– Pouquíssimas bolas foram roubadas no jogo; na grande maioria das vezes a jogada acabava na linha de fundo ou em faltas. O maior ladrão foi o Pico, com 4 roubadas;

– Chutamos onze bolas, mas só acertamos duas no gol;

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