O mais irritante ontem não foi o Grassi

0 Postado por - 9 de fevereiro de 2017 - Artigos

Nem o Grassi, nem os erros nos dribles do Fernandinho, nem a ausência do Jael no momento das bolas alcançarem a área adversária. Nenhuma dessas coisas conseguiu me tirar mais do sério do que ver o quilate do time titular do Flamengo e das suas opções no banco. E foi irritante, mas não por inveja. Simplesmente porque nunca o Grêmio vai conseguir ter uma folha de pagamento daquele tamanho. Pentacampeão da Copa do Brasil, bi-campeão Brasileiro, há três anos com o mesmo time base porque simplesmente não tem dinheiro nunca pra contratar.

Foto: Grêmio Oficial (divulgação via Gremio.net).

O maior dos problemas do Grêmio nem foram as dívidas do tempo da ISL. Não nesse caso. Sim, elas minam qualquer tentativa de contratações grandes porque o passivo da dívida é imenso. Mas o Flamengo era o time que tinha a maior dívida do futebol nacional até dias atrás (foi superado em 2015 pelo Botafogo). Sem se esquecer que passou o mesmo drama de todo o pilantramento da ISL. E se saneou. Dizem que com uma direção “pé-no-chão”, com “gastos realistas”. Também é algo irritante, pois, na prática, pagam 1mi por mês pro Guerrero, pro Diego, pro Ederson. Jogam dinheiro fora tanto ou mais do que o Grêmio. A culpa do “ressurgimento” do Flamengo é de ninguém menos que do próprio Grêmio.

Foi em 16 de março de 2011 que o destino de falência e série B do Flamengo começou a mudar. Irritada com a petulância do clube dos 13 em fazer um edital de concorrência pública para vender os direitos de transmissão para quem pagasse mais, a Rede Globo resolveu matar a entidade fazendo propostas individuais para cada clube que estava naquela época na primeira divisão. E, de maneira irritante, o primeiro a roer a corda foi o Grêmio. 1º de Março todo o Conselho de Administração da época aceitou, de maneira unânime, negociar o contrato individualmente com a rede de TV, fora do Clube dos 13. Aí é que se iniciou toda a merda que tava lá ontem, quase seis anos depois.

Assim, se tu também achou irritante o Flamengo ter 7  estrangeiros no elenco, sendo um o Darío Conca, e com o grave problema de cortar dois – porque são permitidos apenas cinco (MAS QUE LINDA ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE QUE VAI PAGAR PRA DOIS NÃO JOGAREM, NÃO É?) – saiba que quem te irritou não foi o Flamengo. Foi a burrice do Odone, do CA e do Conselho Deliberativo que aceitou essa merda. Muitos deles ainda membros hoje, com seus peitos estufados reclamando de pessoas prejudicando o clube por tuitadas na internet.

A nominata dos diretamente responsáveis por isso está aqui. Nem vou listar o CD, chega de dado irritante.

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9 + comentários

  • Vicente 9 de fevereiro de 2017 - 20:01 Responder

    “Toda a merda que estava lá ontem”? Que falta de respeito é essa? Como é que tu chamas de merda profissionais que estavam trabalhando seriamente? São limitados? Pode ser, mas não merecem nunca serem chamados de merda. Merda foi o que tu falaste. Vê se te retratas.

    • Fagner 9 de fevereiro de 2017 - 21:35 Responder

      Eu escrevi “se iniciou toda a merda que tava lá ontem”. Eu não escrevi que os jogadores eram uma merda. Aliás, nem dei a entender que estava me referindo aos jogadores porque SE INICIAR não é um verbo aplicável aos jogadores. Eu falava claramente de uma situação de merda: ter muito menos dinheiro do que o Flamengo. E eu vou morrer achando que é uma merda. Nada mais injusto do que essa maneira tosca da Globo distribuir a grana.

      Saludos,
      Fagner

  • Paolo 9 de fevereiro de 2017 - 21:35 Responder

    Até onde sei, teto de salário no Flamengo é 600. Dito recentemente, quando da suposta proposta do clube ao Geromel, que nunca existiu.
    Daí a afirmar que a Globo decidiu matar o Clube dos 13 acho que já é coisa daqueles que optam por culpar a mesma pelos males todos do país, pois é mais fácil.

  • Rafael 9 de fevereiro de 2017 - 23:21 Responder

    Texto de merda, e de caráter duvidoso, que negligencia toda a gastança feita pela gestão do Koff no ano em que ele voltou pra presidência. Gastou os TUBOS pra tentar cumprir a promessa de campanha de dar o título da LIBERTADORES de presente pra torcida…. Só se esqueceu de ter responsabilidade pra gastar o dinheiro e acabou entregando uma dívida monstruosa pro presidente Romildo…. Teu argumento é raso e tem um único objetivo: atacar o Odone e o CA que tem menos responsabilidade pela MERDA toda (como tu diz) do que o Koff que afundou o clube em dívidas.

    • Fagner 11 de fevereiro de 2017 - 12:51 Responder

      O Koff não teria afundado o clube em dívidas se o Grêmio recebesse os mesmos 170 milhões de reais que o Flamengo recebe por ano da Globo. Se o Grêmio recebesse metade eu já estaria feliz. Mas recebemos míseros 60 milhões (ou seja, quase TRÊS VEZES menos).

      Mas vai lá, fica à vontade pra falar em “argumento raso”. Não sei se isso é preguiça de pensar ou auto-defesa por ter participado dessa MERDA toda.

      http://trivela.uol.com.br/saiba-quanto-seu-time-recebera-de-dinheiro-das-cotas-de-tv-do-brasileirao-2016/#8

      Saludos,
      Fagner

  • Rafael 11 de fevereiro de 2017 - 22:20 Responder

    Teu texto além de ser raso e parcial, ignora totalmente o fato de que o contrato de 2011 DIMINUIU a diferença entre Flamengo/Corinthians para o Grêmio. O problema foi que ele criou uma diferença, que até então não existia, entre Flamengo/Corinthians e Vasco/Palmeiras/SPFC. Obviamente esses times ocuparam seu espaço na mídia pra reclamar. Só que os gênios daqui, como Hiltor, Reche e etc. repetiram isso pra dupla Grenal como se fosse verdade. E virou “verdade”, apesar do contrato ter diminuído a diferença do Grêmio para o Flamengo de 40 para 38% e do Vasco de 40 para 20%.

    • Fagner 13 de fevereiro de 2017 - 12:43 Responder

      O contrato diminuiu 2% na diferença em 2011.
      Em 2017 essa diferença é de 280%. Não errei, não. É DUZENTOS E OITENTA POR CENTO.
      De repente a culpa é minha, do Hiltor, do Reche. O contrato era perfeito.

      Saludos,
      Fagner

  • jair 21 de fevereiro de 2017 - 14:09 Responder

    Bom que apareceram os advogados do político, assim podemos conhecer os seus (parcos) argumentos.

    Excelente e corajosa análise, Fagner. E olha que já fiquei muito chateado com suas análises de jogos, mas nessa questão, fostes de dedo na ferida.

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