Grêmio Libertador

O otimismo da torcida

Sempre sou bastante otimista no que diz respeito ao Grêmio. Até o primeiro tempo da final da Libertadores de 2007, no Olímpico, tinha absoluta certeza de que era possível reverter o resultado ruim do jogo de ida. Mas lembro que naquela época, poucas pessoas concordavam comigo sobre esse jogo.

Os anos foram passando e parece que, depois de 2009, o gremista foi ficando um pouco menos otimista. Veja bem, não ser otimista não quer dizer que a pessoa não acredite. A gente escuta normalmente aquele “É, acho até que dá, mas com um gol de nuca, como em 2006”. Como se gol de nuca não valesse a mesma coisa ou fosse feio (em algumas situações, como em uma final de gauchão, pode ser uma das lembranças mais doces de um torcedor com o passar dos anos).

É  a impressão que eu tenho. Porém, nesses últimos dias, mesmo com um jogo feio e nervoso como foi o GREnal 405, vejo a torcida bastante otimista nas ruas e nas conversas sobre a final de domingo. O que mais escuto é que “no 11 contra 11, fomos melhores”. Acho que fomos bem mais desorganizados, mas, ainda sim, melhores, mesmo. Além disso, vi entrega de alguns jogadores que são peças-chave para o bem-estar e confiança do grupo. Dou certeza, que se eu fosse do time do Grêmio e visse um maluco correr, se jogar e se voluntariar tanto como o Marcelo Oliveira – na posição que for preciso em que ele atue -, eu iria me esforçar muito pra não deixar esse cara brigando sozinho.

Foto: Lucas Uebel/GRÊMIO FBPA

Outro cara que se doa por inteiro em GREnais é o Fellipe Bastos. Muitos questionam as qualidades dele, mas não há como negar que ele é um dos que mais entende o que significa um GREnal e faz de tudo pra tornar a vida do D`alessandro um inferno em campo. E consegue.

Sei que o Geromel não vai jogar, mas seria injusto não citar ele nessa leva de jogadores que se entregam. Os aplausos ao nosso zagueiro na saída de campo, logo após a expulsão, foram um recado a quem mais tem demonstrado comprometimento no time do Grêmio há um bom tempo. Geromel não se omite e parece que só melhora. Pode ficar meses parado que volta muito bem.

Por essa lógica, eu queria muito ver o Mamute em campo no domingo, pelo menos no segundo tempo. Acho que essa gurizada que cresceu vivendo rivalidade tem um jeito especial de ver o clássico. Assim como o Felipão que é da casa por outros motivos. Outro candidato a entrar no time é o Cebolla. Também acho uma peça interessante a ser observada, mas tiraria o Braian Rodríguez ao invés do Luan pra promover essa troca. E, seguindo a linha de motivações, tenho certeza que o Cebolla vai entrar querendo muito mostrar serviço depois da reação da torcida quando ele foi chamado pra entrar em campo no primeiro jogo da final.

Domingo é dia de acertar a pontaria e não desperdiçar as oportunidades de gol que criarmos. Esse foi o detalhe que nos tirou a vitória, ainda no primeiro tempo, no GREnal passado. Não sei dizer o time que vai entrar em campo e o Felipão me surpreende, às vezes, mas acredito que será um time com entrega proporcional ao nosso otimismo. Sendo assim, não espero nada menos que o título.

Pra cima deles, tricolor!

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