Grêmio Libertador

O passado nos condena

Já tem muita gente pensando em 2012. Falta uns dois atacantes, um meia e um zagueiro, garantem uns. Falta trocar de técnico, dar chances pro Miralles e um zagueiro, dizem outros. Eu quero colocar dois novos ingredientes nesta discussão. Em primeiro lugar, o time do Grêmio não tem mudado muito ultimamente. Dá para dizer que o time começa, desde 2006, com uma base de cinco jogadores do ano anterior (quando não mais, como nos últimos anos). Sempre pensamos que alguma posição não precisamos mudar. Acabo lembrando sempre do ano de 1994 e a reformulação para 1995. Como já escrevi em um post anterior, não seria a hora de reformular de verdade? Temos bons jogadores, mas eles acabam limitando nossas escolhas. Como podemos começar um novo 2012 pensando o futebol da mesma forma? Se quisermos começar novamente, acho bom que seja do zero.

E aí vem a segunda parte: como começar do zero com Odone-Pelaipe-Roth? Paulo Odone não vai demitir aquele que colocou 10 mil reais na campanha dele em 2006, o famoso #PorraPelaipe. O Odone gosta de técnico do modelo Funcionário Padrão, ou seja, aquele que obedece e é demissível (como era o Mano Menezes, o rei da retranca). Por falar nisso, o último time dele que quase conseguiu a Libertadores de 2007 era igual ao nosso de hoje, um 4-5-1 com três meias (Carlos Eduardo, Tcheco e Diego Souza) que não sabia jogar contra equipes retrancadas. Assim, pela lógica, o Pelaipe não vai mudar de treinador para um melhor que o Roth. Vai, no máximo, chamar outro funcionário padrão.

Pela lógica não temos nenhum motivo para esperar um bom 2012, já que o nosso passado nos condena. Porém, somos torcedores passionais. Vamos seguir torcendo para que a lógica vá para o inferno e que possamos ganhar algo importante no último ano do Casarão.

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