Grêmio Libertador

O trio final e a marcação

A grande novidade neste início de temporada é o nosso ataque. Felipão usa até agora um esquema com dois atacantes – que possuem características parecidas – e muda a cara do time. O ano do Grêmio começa no 4-4-2.

A tática muda a maneira como o time joga, é claro, e outra diferença importante estará na marcação, ponto forte da equipe no ano passado. Se no 4-2-3-1 (esquema da moda e utilizado em 2014) a marcação se dava num 4-1-4-1 ou no 4-5-1 com apenas Barcos a frente da linha da bola, no 4-4-2 ela terá outra formatação.

Felipão dá a entender que utilizará um losango no meio-campo, deixando apenas um volante fixo e dando liberdade para outros dois meio-campistas se somarem a Douglas na armação da equipe. Particularmente, acho essa formação a mais adequada quando se tem um 10, e lembro que Renato – quando contou com Douglas – também escalou o meio-campo em losango.

Foto: Flickr Grêmio Oficial

Com os quatro jogadores de defesa e mais os três do meio-campo, já vamos estar com oito atrás da linha da bola para marcar. Analisando o Grêmio do ano passado, faltam ainda dois para a marcação ficar igual: Douglas e mais um. Se na hora de atacar o mais natural é que Barcos saia da área para buscar jogo, a questão é saber se ele também voltará para preencher espaço, se Moreno o fará ou haverá um revezamento.

Quando falo em marcar, digo preencher espaço e deixar o time compacto, não a coisa doentia que alguns pregam de dar carrinho e outras coisas mais. Este trio final precisa apenas tirar o campo da equipe adversária e não deixar o time espaçado entre meio-campo e ataque.

A boa notícia é que no Gauchão – com exceção aos clássicos – não vamos encontrar grandes problemas defensivos e Felipão terá tempo para arrumar todos esses movimentos. Por outro lado, se na teoria nosso ataque está mais forte, ele também precisará ajudar na marcação. Claro que a primeira tarefa do trio ofensivo é balançar a rede, mas no futebol atual o sistema defensivo começa no ataque.

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