Os paquidermes (do grego pakchydermos, «de pele grossa») constituem uma ordem de mamíferos atualmente obsoleta. (Fonte: Wikipedia)
Paquidermes são engraçados.
São lentos e pesados.
Demoram muitos anos para aprender alguma coisa.
Alguns possuem tromba longa e orelhas grandes.
Um, especificamente, usa suas orelhas para espantar as moscas da merda que fala.
E só.
Não escuta. Não muda de ideia. Não evolui.
Talvez por isso mesmo os paquidermes estejam sempre correndo risco de extinção.
Estejam, como mostra a definição acima, obsoletos.
O nosso paquiderme tem uma dificuldade enorme de aprender, apesar da idade avançada e vasta experiência.
Ele não aprendeu, por exemplo, que não se pode julgar toda uma torcida pelo erro de uma pessoa. E muito menos deixar que essa uma pessoa prejudique toda uma torcida.
O Caso Aranha, acontecido há pouquíssimo tempo atrás, não ensinou nada ao paquiderme.
Pelo contrário: ele segue usando sua grande tromba para generalizar.
Ele julga a torcida. Rotula quem foi ao Bergamotão domingo (um dia de folga) de “vagabundo”.
Ele julga nossa diretoria, que pela primeira vez em muitos anos achou um abuso o que o MP-RS fez ao proibir a entrada da Banda da Geral nos jogos do Grêmio por algo acontecido fora do Brasil e resolveu tomar partido no assunto.
E olha, tenho certeza que o paquiderme conhece muito bem todos na diretoria do Grêmio.
O paquiderme sabe, ou deveria saber se fosse mais esperto, que a diretoria do Grêmio sempre foi a primeira a punir qualquer ato de violência, racismo, homofobia ou machismo da sua própria torcida.
O paquiderme sabe de tudo isso. Mas, como é um paquiderme, cala com a demora da diretoria colorada em identificar quem deveria prender.
O paquiderme tem uma visão ultrapassada. Gosta de piadas machistas, e é aplaudido por um séquito de moscas em um de seus programas de maior audiência.
O paquiderme, que aprende muito lentamente, não percebeu que outros de sua espécie pegaram o rumo para outras savanas justamente por esse tipo de comportamento.
O paquiderme quer acabar com a torcida nos estádios. Sem perceber, justamente porque aprende muito lentamente, que isso vai matar seu próprio ecossistema.
O engraçado é que especialistas dizem que os paquidermes têm boa memória. Mas este, em particular, esqueceu que a torcida mista foi uma grande conquista de todas as torcidas, azul e vermelha.
O paquiderme fala em impunidade. Mas esquece que é justamente o fim da impunidade que vai permitir que mais e mais torcedores de times opostos possam compartilhar um mesmo estádio.
E, se é a impunidade que tanto preocupa o nosso paquiderme, eu pergunto: Quem pune o paquiderme?
Na dúvida, faço o que eu posso: não escuto mais a Rádio Gaúcha até o paquiderme seguir seu rumo.
3 + comentários
Excelente post! Faz horas que penso isso do paquiderme em questão, e só vejo o comportamento dele piorar à medida em que se tornou o principal comentarista desta rádio e deste grupo de mídia. Aderi ao boicote também. Aliás, sugiro que os blogueiros gremistas se unam em uma campanha de boicote à rádio enquanto durar a carreira do paquiderme lá dentro. Certamente há outros veículos de boa qualidade para seguir, além da cada vez melhor rádio oficial do Grêmio.
Assino embaixo.
A qual deles voces se referem? (Não ouço rádio gaúcha há um bom tempo)