Se tem uma coisa que me espanta nas redes sociais é o sumiço da galera do “ultrapassado”. Lembram deles? O pessoal que desde os tempos de Palmeiras vem dizendo que o Felipão é ultrapassado. Aquela galera que dizia que o time do Palmeiras campeão da Copa do Brasil era um baita time (HAHAHAHAHAHAHAHAHA) e que eliminou a gente por que o Barcos era o cara (AHAHAHAHAHAHAHAHA). Naquela semifinal que eu queria estar com os treinadores trocados. Pessoalzinho do “pensamento mágico”, sabe? Esses. Tu sabe onde estão?
No Brasileiro, o time do Enderson venceu 5 jogos, empatou 4 e perdeu mais 3. Tivemos uma derrota com treinador interino. Depois, assumiu o Felipão e já estamos com 4 vitórias, nenhum empate e duas derrotas. Sendo que uma derrota foi na estreia em Grenal, com nem uma semana completa comandando o time. A outra num resultado super possível, contra o líder do campeonato, onde perdemos de maneira fortuita – que é o mesmo que o nosso treinador falou (e com razão) do nosso jogo contra o Flamengo. Aquele lance, especificamente, foi uma jogada de vitória individual de dois jogadores enquanto nós levávamos uma pressãozinha (porque pouco efetiva).
E essa tem sido a tônica dos últimos quatro jogos. Mesmo com desfalques. O miolo do meio de campo titular é, incontestavelmente, Riveros, Ramiro e Felipe Bastos. Nos últimos jogos sempre perdemos um deles. E mesmo assim as atuações tem se mantido. Felipão conseguiu fazer o time jogar com um só dos titulares – o que diminui e muito o aperto que dava quando estávamos desfalcados. E isso variando o esquema alguns milímetros: se temos os titulares, atuamos quase num 4-3-3 quando temos a bola. Com o Walace, fica bem claro o 4-1-4-1, mesmo que ele às vezes mude de posição e não seja o 1 quando precisa encostar as linhas. O time tem atuado com inteligência.
Ou seja: o time do Grêmio tem os mesmos jogadores que o Enderson tinha disponíveis. Mas está jogando uma bola mais convincente que o “Grêmio da Libertadores”, que tinha resultados sem jogar tanto assim e aceitando a marcação (San Lorenzo manda um abraço). Falta muito pra ser um Grêmio campeão? Falta, com certeza. Mas, agora, faltam peças. Faltam contratações de verdade, não aquilo de mandar vir dez pra usar dois. E isso só no ano que vem. Enquanto isso, teremos que nos virar com o “Felipão Ultrapassado”. Com os 66% de aproveitamento com ele, sem melhorar nada, Libertadores é possível (69 pontos no fim do ano). Se mantiver os 80% dos últimos cinco jogos, vamos a 76 pontos em dezembro. E aí… deixa chegar, pra ver.
