Grêmio Libertador

Pedro Rocha – Da pedra bruta ao diamante

(Foto: LUCAS UEBEL / Grêmio FBPA)

Quantas vezes fui à Arena e ouvia das arquibancadas certa indignação com os gols desperdiçados, tentativas de dribles ou até mesmo displicência do Pedro Rocha nos jogos. Eu mesmo xinguei o moleque, fazia parte dos descontentes. Mas o guri não seria uma pedra no sapato nem uma rocha no caminho (ui, essa foi ruim demais). Enfim, ele estava em campo, mesmo quando ouvia vaias, Pedro Rocha, continuava, jogo a jogo ele melhorava, e a cada gol marcado, ganhava um crédito da torcida.

Roger Machado, foi nosso garimpeiro que viu que essa pedra bruta poderia ser lapidada e se tornar valiosa. Renato chegou e não desistiu, continuava como um verdadeiro artesão eliminando os vícios do PR32 e fazendo o futebol do guri evoluir. Sua consagração foi com certeza o golaço na final da Copa do Brasil, o PR queria tanto ganhar aquela partida que numa chegada mais forte em um adversário, ganhou segundo amarelo e foi expulso do jogo da sua vida no Grêmio.

Pedro Rocha sai do Grêmio aos 22 anos, não deixando saudades, mas um gostinho de quero mais. Os últimos jogos do PR eram ou um gol ou um drible diferenciado, parece que quando a Pedra Bruta tinha sido finalmente lapidada, chegou a madame rica e levou a joia.

Para o Grêmio financeiramente é ótimo, R$ 40 milhões entram para os cofres do clube, fruto de um trabalho criterioso na construção de jogadores de base. Para o Pedro, também, tá com a vida ganha aos 22 anos de idade. Agora fica aquele gostinho de quero mais para nós torcedores. Temos a Libertadores pela frente e jogos de mata-mata, ter um jogador como PR é fundamental para abrir defesas fechadas, mas temos o Everton que vem nesse processo de lapidação e quem sabe não possa ser a oportunidade do nosso querido cebolinha.

Pedro Rocha, boa sorte em terras russas e obrigado pela sua dedicação e ímpeto de dobrar uma torcida chata e exigente como a torcida gremista. Vai garoto, e dalhe Grêmio.

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