Grêmio Libertador

Péssimo primeiro tempo: Grêmio perde em Brasília

Depois de quatro jogos de invencibilidade e sem levar gol algum, o Grêmio finalmente sucumbiu aos desfalques. E nem foi tanto pela quantidade. Do time que vinha jogando, perdemos apenas dois: Jaílson e Edílson. Porém, a ausência da parte sueca do time acabou dando um desequilíbrio grave. Todo o lado direito no primeiro tempo foi péssimo. Lá na frente com o Pedro Rocha, que só rende quando o time rende.  Ramiro, que vem em uma fase horrível no meio e Walace Oliveira, que é o Walace Oliveira.

Walace Oliveira foi o de sempre. Foto: Grêmio Oficial/Via Facebook

O resultado dessa capengueada do time foi um péssimo primeiro tempo. O Flamengo teve três chances de gol claras nesse tempo. Embora ganhando todas no lado do nosso 2, por incrível que pareça, não vieram desse lado. Foram aquele cruzamento errado do Pará que bateu  na trave, um chute de fora da área lindamente defendido pelo Grohe que voltou a salvar numa bola cara-a-cara com o Everton deles.

Porém, o gol veio num lance fortuito. Uma bola afastada pra marca do pênalti teve um arremate do Réver, que desviou na mão do Geromel. Ia em gol? Pra mim, só se ele fosse um H do Rugby, e por cima da barra horizontal. Mas a bola bateu na mão e ela estava afastada do corpo, dando uma vantagem sobre o atacante. Pênalti. Convertido por aquele velho jogador do Tottenham. A parte pior nem foi defensiva, portanto. O péssimo foram apenas dois chutes à gol – e nenhum NO gol.

Roger mexeu no intervalo, tirando um pouco dos desfalques. Colocou o Ramiro na lateral, onde contribui mais, e o Lincoln no lugar do péssimo Wallace Oliveira. A ideia era fazer o time ter a bola (já que não roubávamos) e tentar volume de jogo ofensivo. E foram 15 minutos de bom futebol do Grêmio. Principalmente porque a mobilidade da frente: nem Miller, nem Douglas, nem Pedro Rocha, nem Everton, nem Lincoln, ninguém guardava posição e a marcação pressão do Flamengo falhou. Pará ainda fez um gol pra eles ao tirar a bola onde o 23 estava sozinho contra o goleiro. Geromel, em seguida, quase marcou em chute rasteiro.

E tivemos, também, o nosso lance fortuito: cruzamento na área, Geromel escorou a bola desequilibrado e a bola sobra para um zagueiro do Flamengo. COM O BRAÇO ele arruma o domínio da bola para dar um bicão. A bola ia para o gol? Nunca. O braço estava colado no corpo? Sim. Mas em manchetes do vôlei, por exemplo, o braço também fica colado no corpo para defender ataques violentos. Muitas vezes, inclusive, para DAR DIREÇÃO para uma bola que é atirada mais próxima ao peito. Foi exatamente isso que fez o zagueiro, usou o braço (mesmo junto ao corpo) para dominar a bola. Teve uma vantagem sobre o atacante usando o braço. Foi pênalti igual ao nosso. O juiz não deu.

O time deles voltou pra trás, mas começamos a trocar mais peças. Assim que entrou o Henrique Almeida no lugar do Miller, a marcação deles encaixou. Como estávamos num 4-1-?-1-3 (onde o ? é o Lincoln, que não sabia onde ficar), o Flamengo se deu conta que havia espaço no meio. E aí começaram a valorizar a posse de bola e deixar pro Grêmio apenas a ligação direta, novamente. Nem Douglas, nem Lincoln chegavam para começar a jogada. E acabamos tomando um gol nesse espaço: erro do Everton, contra ataque puxado, bola mal afastada e cruzamento no segundo pau, onde ele deveria estar marcando e errou o tempo da bola. 2×0, gol do Diego, nanico.

Nem deu tempo para eles comemorarem e o Henrique Almeida fez um gol André Lima. Mas não tivemos mais força para atacar, nem organização. Voltamos a apresentar aquele futebol péssimo da primeira etapa. Perdemos e ficaremos fora do G-4, mesmo com um jogo a menos. Agora é lotar a Arena para ganhar do Galo e passar na frente deles novamente, mesmo com esse jogo a menos.

 

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