Grêmio Libertador

Por que não devemos jogar com os titulares

Pois é. Já enchi o saco de dizer por aí que não deveríamos usar o time titular no Ruralito DKW. Pra mim, o time tinha que ser comandado pelo Mabília e deveria ser formado pelo sub-20, como foi o caso do primeiro e do segundo jogo. De repente com alguém que não pudesse jogar, ou que precisasse de ritmo, para dar uma mão pros guris. Mas, aí, o comando dos reservas foi dado para o Roger nos dois últimos jogos. E os nossos reservas pouco se importaram, já que tinha LA pra pensar. Resultado: duas derrotas. “Ah, o Grêmio será rebaixado”, diziam os surrados jornalistas esportivos. Balela pura.

A maior prova de que não devíamos jogar com os titulares veio nessa quarta. Simplesmente não temos adversário à altura. Nem mesmo o SCI, porque este, além de se desfazer do grupo, tem um abobado da enchente no comando. Um cara tão bocoió que não me mete medo algum. O avatar do Jorginho na copa tá lá, remando, tentando ser avatar de um preparador físico. O resultado não vai ser diferente de um primeiro turno medíocre no brasileiro e, depois da sua demissão, alguma tentativa suicida de se recuperar. E há grandes chances de, dessa vez, não ter grana que pague paysandus suficientes.

A lavada foi construída completamente ao natural. Tentando emular a LDU, o Zequinha tentou colocar um volante nas canelas de cada meia nosso. Porém, esqueceu que o juiz não era de Libertadores e, na metade do primeiro tempo, já tinha amarelo em um – o que acabou deixando a coisa mais fácil. Além disso, os meias, que, mais uma vez, começaram invertidos, foram para os seus lados de origem (Zé na esquerda e Elano na direita) e deixaram o time muito leve. Somado a isso, a melhor partida do Pará com a tricolor que, embora não tenha sido ainda um bom lateral direito, participou muito, com um chute no primeiro tempo e mais assistências para gol. Jogando um jogo assim a cada três, não precisamos de outro lateral direito. Se escolher os jogos certos para isso, é 80% da faixa de campeão.

Willian José se mostrou, mais uma vez, um jogador que joga mais fora da área do que dentro, porém, sem o menor cacoete de segundo atacante. Ou seja, ele precisa de um Telê Santana para arrumar um lugar para ele ser efetivo. E aí não adianta o cara ter potencial: se o treinador não inventa uma posição pra ele, vai ser eterna promessa. Na mesma função, porém mais aberto, o Mamute se destacou bem mais, e ainda esteve na pequena área para conferir a bola do Pará. O Zé Roberto foi o cara do jogo, com duas buchas e o pênalti que levou, convertido pelo Elano. Porém, a nota que vai ficar, sem sombra de dúvidas, foi o gol do Bertoglio, que me dá esperanças de que um dos três meias rápidos do plantel (junto com o Deretti e o Rondinelly de queijo) vai dar certo nessa temporada e teremos alternativas para mudar o time durante o jogo. Além de ter sido um SENHOR ÚLTIMO GOL para o nosso Velho Casarão.

No mais, o terceiro jogo oficial dos titulares mostrou, principalmente, mais jogo, com os jogadores visivelmente correndo mais e cansando menos. Coloco o primeiro jogo dos grupos da LA como um bom parâmetro para ver o que evoluímos em relação ao ano passado.

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