Positivo, operante: Grêmio 5 x 0 Veranópolis

1 Postado por - 8 de abril de 2017 - Artigos

A gente mal tinha se ajeitado para ver o jogo, mas Miller Bolaños já estava no lugar certo, não se fazendo de rogado e aceitando mais um presente da defesa do Veranópolis. A vantagem que ele já tinha começado a construir no primeiro jogo se alargava e talvez alguém tenha pensado em deixar de assistir o jogo, afinal, é o Ruralito e tals, tudo resolvido, a terça-feira é logo ali.

Será uma pena que alguém tenha desistido de seguir os outros 89 minutos da partida. Com a escalação completa, o time até o momento ideal de Renato fez tudo o que se esperava dele no primeiro tempo contra uma equipe até organizadinha, mas limitada e já combalida pela derrota no jogo anterior.

E não fosse o Ruralito, o Veranópolis e a terça-feira logo ali, até daria pra empolgar com o gol de Luan (fazendo o que a gente sabe que faz) e, depois, o de Pedro Rocha (fazendo o que a gente sempre duvida que sabe fazer). Mas se alguém estiver a procura de uma razão correta para empolgar, vamos dizer que os dois gols nascem de um esquema que se consolida, com os três atacantes gremistas trocando de posição e assumindo a “falsa-novidade” de tempos em tempos. Esta é a melhor notícia desta quarta-de-final do Gauchão 2017.

Aí, voltamos para o segundo tempo, ainda sem querer empolgar e dizendo que ok, Ruralito, terça-feira é logo ali, melhor deixar Pedro Geromel descansar – afinal, todo deus tem dias de descanso. Tudo seguia como planejado e então Renato bota em campo O Centro-Avante.

Lucas Barrios no lugar de Luan era a deixa para quem não quer empolgar dizer “agora é que vamos ver se, trocando o esquema, o time vai funcionar”. O Veranópolis já fazendo apenas número em campo e a classificação definida não deixou ver se o time estava mesmo funcionando ou apenas sob o efeito da primeira lei de Newton. Mas é fato que, assim que Barrios pisou no gramado, bolas aéreas começaram a cruzar a grande área do VEC. Nenhuma delas surtiu efeito.

O que fez efeito foi Barrios mostrar que sabe jogar com a bola no pé e não precisa assumir a centro-avância clássica e meio batida: com dois dribles lentos o suficiente pra alguém pensar “vai perder” no primeiro deles, mas absolutamente precisos, entortou o zagueiro e chutou lindamente para o gol.

A goleada estabelecida, entra Gata Fernandez no lugar de Miller para deixar a escalação mais bonita, mas o jogo nem tanto assim. Bem verdade que cumpre a missão, mas ainda se mostra abaixo da qualidade técnica dos titulares.

Para fechar a conta, não foi preciso um gol contra (rá). Pênalti e a ordem de Renato para Edílson bater. Foguete, gol, semi-final e a terça-feira é logo ali.

Falou, valeu. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

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