Grêmio Libertador

Racistas Vermelhos

O racismo no futebol é nojento. Mas a hipocrisia é mais.

E a grenalização da peneira que tapa o sol deveria ser crime. Por isso eu to aqui, pacientemente, esperando os pedidos de desculpas daqueles hipócritas que me acusaram de ser racista.

E não, eu não to aqui justificando o ato racista daquela torcedora e daquela parte da torcida pelo ocorrido no caso Aranha. Não faço isso hoje, como não fiz isso na época. Mas to condenando todos que, agora, repetem minhas palavras para tentar explicar o que ocorreu quarta-feira, com Fabricio, no Beira-Rio.

 

 

No embaraçoso caso Aranha, não adiantou todos nós aqui no blog condenarmos o racismo de parte da torcida. Nem tentar debater que este problema é endêmico em todos os estádios brasileiros, e que o correto seria a união dos clubes, e não a condenação das cores azul, preto e branco.

Por meses, todos os gremistas sofreram com o preconceito, fomentado principalmente pelos “co-irmãos”.

Os mesmos co-irmãos que hoje tentam tapar o sol com a peneira.

Há racistas em todas as torcidas. Há racistas travestidos de juizes do STJD. O racismo é um câncer generalizado no comportamento moribundo de uma sociedade sem educação. Falamos isso na época e fomos ridicularizados. Da noite para o dia, gremistas eram a escória enquanto todos que vestiam a cor vermelha eram santos ilibados, seres de moral elevada e merecedores de canonização. Os donos da moral (hoje expondo suas cuecas).

Por outro lado, fomos ao Maracanã sendo hostilizados. Nossa marca perdeu valor de mercado. O STJD nos condenou à exclusão da Copa do Brasil, e só depois voltou atrás na penalização que obteve o mesmo resultado: perda de 3 pontos e a exclusão da Copa do Brasil. A Arena, pasmem, correu o risco de interdição.

Por isso eu to aqui querendo saber o que vai acontecer com o Internacional e com o Beira-Rio.

Não por maldade. Mas para saber que tudo o que sofremos não corre o risco de ser jogado fora.

Cortamos na carne, sofremos preconceito e empunhamos a bandeira do “servir de exemplo”. Justamente para evitar que casos de racismo pudessem voltar a acontecer nos nossos estádios.

O STJD, a FIFA, a CBF e a FGF não podem deixar tudo aquilo ser esquecido. Ou corremos o risco de voltar a ouvir a palavra “macaco” mais vezes nos jogos de futebol.

Por favor, assumam os erros, peçam desculpas, larguem a hipocrisia de lado.

É a nossa chance de evoluir como sociedade.

Lado a lado. Como tem que ser.

 

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