Grêmio Libertador

Respeitem esse Grêmio: 2×0 no Zamora lá.

Falaram muita coisa desse início de ano do Grêmio. Só não falaram que o primeiro jogo de verdade do ano seria apenas nesse dia nove de março. Respeitem esse Grêmio do Renato. É um time muito maduro, que sabe o que quer e joga pra valer quando é decisão. Foi esse o caso desse 2×0. Pelo que foi jogado, não havia outro resultado que não uma vitória. E foi uma baita vitória.

O adversário teve seus méritos. Até os 15 minutos pareceu que o Grêmio teria grandes dificuldades, que talvez a escalação não fosse a melhor. Bola de pé em pé, muita aproximação, pressão de três jogadores em quem tinha a bola. E um bom uso do lado esquerdo defensivo do Grêmio, que mais uma vez cedeu as melhores chances pro adversário. Depois o Grêmio ficou com a bola. Aquela coisa que sempre que o Grêmio faz dizem que é “do Roger”. Mas é o Grêmio do Renato. Aquele que lê bem a partida e sabe jogar com a bola quando é necessário.

A partir desse momento até o meio do segundo tempo só deu Grêmio. O Zamora até chegava e chutava mascado, conseguindo alguns escanteios. Na medida que a posse de bola aumentava as chances de gol também. Tanto que o Grêmio acabou o primeiro tempo com mais finalizações, mesmo levando um 4×1 no quesito naqueles primeiros 15 minutos. Mas o gol saiu nos descontos: aos 46 o Pedro Rocha apareceu com a bola, passou para o Miller, recebeu na frente e achou o Léo Moura que finalizou com estilo, como centroavante. 1×0 merecido.

Leo Moura já justificou a contratação. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

No segundo tempo o Grêmio voltou na mesma toada. E logo no início, roubada de bola da defesa, bola no Miller que acionou outra vez o Pedro Rocha. O nosso ponta fez um passe milimétrico pro Ramiro que foi derrubado na marca do pênalti. E foi marcado, como não é quando o jogo é da FGF contra certos times vermelhos de POA. Luan partiu pra  bola e esperou o goleiro cair para fazer o 2×0.

Aí o Grêmio começou a controlar o jogo. Se quase tomamos um gol em uma rateada monumental do Grohe, também quase marcamos outro com o Miller, que escorregou e chutou em cima do goleiro. Muitos escanteios e, mesmo com a tentativa de abafa, terminamos o jogo com mais posse de bola que o adversário. Ou seja, uma atuação nível Grêmio x Cruzeiro em Minas de 2016. E é isso que importa: se impor e ganhar, sem se acovardar, mesmo fora de casa. É o Grêmio do Renato. Respeitem esse Grêmio.

O craque do jogo foi o Ramirinho. Que baita jogador. Agora o próximo jogo é daqui a um mês, com tempo suficiente de deixar as novas contratações entrosadas com o nosso time base.

E menção honrosa ao CUSCO que invadiu o jogo, tornando essa partida digna de Libertadores.

O Cusco na Venezuela. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

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